A nictofobia, também conhecida como medo do escuro, é considerada uma fobia específica (CID 10 - F40.248) que se caracteriza pelo medo excessivo, persistente e, muitas vezes, irracional em permanecer no escuro. Quando expostos ao escuro, pacientes com a condição têm crises de angústia ou até mesmo pânico, e a maioria pode reconhecer que o medo é desproporcional aos seus medos.
Cerca de 75% que apresentam uma fobia específica possuem também outras fobias relacionadas a objetos ou, até mesmo, situações. As mulheres são mais acometidas por essa fobia do que homens, cerca de 2:1.
Para saber mais sobre nictofobia, suas causas, quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
As causas podem estar relacionadas ao temperamento da pessoa, que age emocionalmente de forma negativa diante das adversidades vividas, assim como as enfrenta com medo extremo e, em alguns casos, pode agir de maneira evitativa por medo. Além de fobias, esses traços podem desencadear outros transtornos de ansiedade.
Alguns outros fatores podem desencadear a fobia, tais como:
Fatores genéticos herdados de parentes de primeiro grau podem ser preditores para o desenvolvimento de fobias ou aumentar o risco de desenvolver qualquer categoria de fobia.
Os principais sintomas de todas as fobias, assim como da nictofobia são:
É importante frisar que as crises de medo e ansiedade são desproporcionais ao perigo real que apresentam e, geralmente, esses sintomas têm duração mínima de 6 meses.
Os transtornos do sono podem ser causados por transtornos ansiosos, como a fobia, pois achados com a polissonografia demonstram que esses pacientes têm alterações no ciclo do sono, causados por despertares noturnos por medo ou sensação de perigo iminente, principalmente em ambientes escuros.
Com base nisso, os pacientes podem apresentar sonolência excessiva por não completar o ciclo do sono, pelo aumento dos movimentos corpóreos durante o sono, além de apresentarem insônia devido às dificuldades para relaxar ou adormecer, e até mesmo relutância para pegar no sono.
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Para realizar o diagnóstico, o (a) paciente poderá recorrer a um (a) psiquiatra. Geralmente, durante a consulta, poderão ser abordados os medos do escuro e os sintomas sentidos pelo (a) paciente. A partir dessa história clínica, poderá se chegar ao diagnóstico com base nos critérios estabelecidos pelo manual diagnóstico estatístico de transtornos mentais 5 (DSM-V).
O tratamento para a nictofobia é feito de acordo com os sintomas apresentados pelo (a) paciente. Poderão ser adotadas técnicas, como a dessensibilização sistemática, em que são realizadas exposições gradativas em conjunto com técnicas de relaxamento.
Além disso, dentro da psicoterapia, o (a) psicólogo poderá trabalhar os pensamentos que desencadeiam o medo e, com isso, poderão ser pensadas estratégias para lidar diretamente com a fobia.
Se o (a) paciente apresentar uma ou mais fobias, considerando o nível dos sintomas apresentados, será necessário o uso de medicamentos que auxiliem no controle das crises de ansiedade.
A nictofobia é caracterizada pelo medo e ansiedade excessivas apresentados por medo do escuro e pode interferir diretamente na vida do (a) paciente.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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