Neuroblastoma: o que causa, sintomas e tratamento

O que causa neuroblastoma?

De modo geral, as causas estão ligadas a mutações genéticas que, em alguns casos, são hereditárias. Em crianças que possuem alguma alteração genética, esta condição pode surgir na infância e pode apresentar mais de um tumor se formando nas suprarrenais, tecido nervoso, tórax, abdômen ou pelve.

Estágios da doença

Existem quatro estágios do neuroblastoma. A seguir, você confere algumas das principais características de cada uma:

Estágio 1

Neste estágio, o câncer está localizado em apenas uma área do corpo da criança, podendo ser completamente visualizado e removido durante a cirurgia.

Estágio 2

O estágio 2 se subdivide em dois tipos de câncer: 

• Tipo A: está localizado em uma área que pode ser completamente visualizada, mas não é totalmente removível durante a cirurgia;
•  
• Já o tipo B: está em uma única área, que pode ser completamente visualizada, mas pode ou não ser completamente removida durante a cirurgia. Além disso, há presença de células cancerígenas nos gânglios linfáticos.

Estágio 3

No estágio 3, a criança pode enfrentar uma das seguintes situações:

• O câncer não pode ser completamente removido cirurgicamente e se espalhou para ambos os lados do corpo;
• O câncer está localizado em apenas um lado do corpo, mas se espalhou para os gânglios linfáticos do outro lado;
• O câncer está localizado no meio do corpo e se espalhou pelo tecido ou pelos gânglios linfáticos de ambos os lados do corpo, além de não pode ser removido cirurgicamente.

Estágio 4

Este estágio se subdivide em 4 e 4s:

• No estágio 4, o câncer está espalhado por várias partes do corpo;
• No 4s, a criança tem menos de 12 meses e o câncer está espalhado pela pele, fígado e/ou medula;
• O câncer está em apenas uma área, podendo ser completamente visualizado, mas não removido por completo durante a cirurgia;
• Células cancerígenas podem ser encontradas nos gânglios linfáticos próximos do tumor.

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Sintomas

Os principais sintomas da condição são:

• Abdômen inchado;
• Sensação de estar cheio;
• Dores abdominais;
• A criança pode tossir;
• Dificuldade de respirar;
• Anemia;
• Cansaço;
• Fraqueza;
• Palidez;
• Hematomas;
• Manchas roxas;
• Infecções recorrentes;
• Nódulos aparecem;
• Dificuldade de controlar algumas partes do corpo.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio da coleta de tecidos e fluidos corporais. Além disso, é necessário exame físico, que busca a identificação de caroços e qualquer outro sinal que pareça diferente, e verificar o histórico de saúde do(a) paciente para entender se ele(a) teve outras doenças.

O exame neurológico busca entender o estado mental da pessoa, assim como a coordenação, equilíbrio, músculos, sentidos e reflexos.

São solicitadas amostras de urina para verificar a quantidade de ácido vanilmandélico e homovanílico, que podem ser sinais de neuroblastoma.

Também são solicitados exames de imagem como:

• Tomografia  computadorizada: faz uma série de imagens do corpo em diversos ângulos;
• Ressonância magnética: utiliza ondas de rádio para fazer imagens detalhadas do corpo;
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET Scan): procedimento que encontra células tumorais malignas no corpo, pois elas aparecem mais brilhantes após ser injetada uma pequena quantidade de glicose radioativa na veia;
• Ultrassom: reproduz em forma de imagem os ecos emitidos pelos órgãos.

Após esses exames, é necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Nesse procedimento, tecidos e células são removidos e analisados.

Neuroblastoma tem cura?

Depende. De modo geral, quando diagnosticado, é proposto um tratamento que vise combater as células cancerígenas. Portanto, a cura dependerá do estágio foi descoberto o câncer e da resposta do organismo do paciente.

Tratamento

Existem diversos tipos de tratamentos para os pacientes, e eles devem ser planejados por uma equipe de médicos especializados no tratamento desse tipo de câncer.

De modo geral, o tratamento é supervisionado por um oncologista pediátrico, que trabalha em conjunto com:

• Cirurgião pediátrico(a);
• Radiologista;
• Endocrinologista;
• Neurologista;
• Pediatra;
• Enfermeiros(as);
• Assistente social;
• Psicólogo(a).

O primeiro passo do tratamento é monitorar o paciente para observar os sinais ou sintomas que mudam.

Cirurgia

É recomendada para tratar quando o câncer não está espalhado por outras partes do corpo. Quando há presença nos gânglios linfáticos, eles são removidos.

Radioterapia

A radioterapia é um tratamento contra o câncer que usa radiação para matar as células cancerígenas ou impedi-las de crescer.

Terapia com iodo 131-MIBG

Esse iodo radioativo é administrado por meio da veia, entra na corrente sanguínea e vai diretamente para as células tumorais. Há acumulo do iodo nas células, matando a radiação.

Quimioterapia

Esse tratamento é utilizado para interromper o crescimento das células cancerígenas ou matá-las por meio do uso de fármacos.

Existem novos tipos de tratamento, sendo a imunoterapia um exemplo. Ela utiliza o sistema imunológico para combater o câncer, como na terapia com células CAR T.

Como prevenir?

Não há formas de prevenir a doença, visto que é um tumor e que, em muitos casos, o bebê já nasce com a doença.

Portanto, é preciso ficar atento, pois mesmo após o tratamento e a cura da doença, ela pode voltar a ocorrer tempos depois.

O neuroblastoma é um tipo de câncer que acomete bebês e crianças, e a maior parte dos casos se inicia no abdômen.

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Referências

• Neuroblastoma –- Problemas de Saúde Infantil — Manual MSD;
• Neuroblastoma Treatment (PDQ®) — National Cancer Institute
• at the National Institutes of Health;
• Neuroblastoma Treatment (PDQ®) — National Cancer Institute
• at the National Institutes of Health.