Gravidez

Medicamentos na gravidez: saiba quais precisam ser evitados

Publicado em: 19/07/2023Última atualização: 19/07/2023
Publicado em: 19/07/2023Última atualização: 19/07/2023
Gestante segurando algumas cápsulas.Gestantes devem seguir as orientações médicas quanto ao uso de medicamentos.
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Durante a gestação, o desenvolvimento do feto depende do que é recebido da mãe. Os nutrientes e oxigênio vindos da corrente sanguínea atravessam uma fina membrana na placenta, levando-os até o cordão umbilical diretamente ao feto.

Esse mesmo processo acontece com alguns medicamentos. Entretanto, alguns deles podem ser prejudiciais e influenciar negativamente na gravidez e no desenvolvimento do bebê.

Por conta disso, quando o assunto é remédio, as gestantes são consideradas pacientes de alto risco. Mesmo assim, pesquisas apontam que mais de 50% delas utilizam medicamentos em algum momento durante a gravidez.

No decorrer deste artigo, você entenderá mais porque muitos medicamentos são contraindicados na gravidez e os riscos da automedicação para as mamães e bebês!

Índice - Neste artigo, você encontrará:

  1. Por que alguns medicamentos são contraindicados na gravidez?
  2. Riscos da automedicação
  3. Medicamentos permitidos na gravidez
  4. Medicamentos contraindicados na gravidez
  5. Quando é preciso buscar ajuda médica?

Por que alguns medicamentos são contraindicados na gravidez?

Medicamentos ingeridos durante a gravidez podem chegar até o feto ou influenciar o organismo de alguma forma nas funções relacionadas à sua formação.

A idade fetal é um ponto importante a ser considerado, pois pode determinar o impacto do medicamento. Entenda:

20 primeiros dias após a fecundação

Nesse período, pode não haver nenhuma influência do fármaco no feto, ou então, no outro extremo, ele pode ser suficiente para causar um aborto. Nessa fase, raramente provoca anomalias no desenvolvimento embrionário;

Do 20º ao 56º dia

Nesse período, que é chamado de organogênese, os órgãos e sistemas do feto estão se formando. Por isso, é nesse estágio em que há a maior chance de surgirem anomalias pela influência de medicamentos, o que pode levar a má formação, ou até aborto espontâneo. Além disso, eles podem provocar falhas metabólicas que só irão se manifestar no futuro.

2º e 3º trimestre

Os fármacos dificilmente causam anomalias nesse período, porém, podem ainda afetar o crescimento do feto e o desenvolvimento dos órgãos.

Além dos fatores já citados, no contexto em que os medicamentos chegam diretamente ao feto, há outras formas em que eles também podem ser prejudiciais. Existe a chance dos ativos afetarem a placenta, reduzindo sua capacidade de transportar os nutrientes necessários para o pleno desenvolvimento do feto.

Mudanças na pressão arterial da gestante causada por alguns fármacos também podem diminuir a entrega de nutrientes e oxigênio, afetando a formação. Eles ainda podem causar contrações no útero que, em casos mais severos, podem lesionar o feto ou provocar um trabalho de parto prematuro.

A influência negativa de alguns medicamentos durante a gestação também pode depender da dose ingerida, da concentração, do quanto a placenta é capaz de bloquear a entrada de substâncias, do organismo da mãe e de vários outros fatores.

Até o ano de 2015, era utilizado um sistema definido pela FDA (Food and Drug Administration) para indicar os riscos dos medicamentos para gestantes. Eles eram classificados em A, B, C, D e X, sendo A os fármacos que não apresentavam riscos, e X os contraindicados.

Porém, esse sistema foi considerado ineficiente, e novas regras foram criadas. Agora, os fabricantes precisam indicar detalhadamente as informações coletadas nos estudos e quais são as possíveis ameaças, não apenas durante a gestação, mas também no parto, pós-parto e em pessoas com potencial reprodutivo.

Assim, é responsabilidade dos(as) profissionais que acompanham a paciente fazer a análise de cada fármaco e avaliar se ele pode ser indicado de acordo com o caso.

Leia mais: Gestante pode ser sedada no parto? 

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Riscos da automedicação

automedicação não é indicada em nenhum caso, mesmo se tratando de produtos com venda livre. Porém, nas gestantes, esse hábito pode ser ainda mais prejudicial, já que afeta também o feto.

Pessoas que não possuem conhecimentos médicos não são capazes de avaliar se a ingestão de um medicamento é arriscada ou não. É preciso analisar todos os aspectos possíveis relacionados à sua condição e ao fármaco.

Gestante com medicamentos e um copo de água nas mãos.
Portanto, apenas o(a) médico(a) que acompanha a gestante pode avaliar se as vantagens de utilizar um medicamento são maiores que seus potenciais riscos.
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Medicamentos permitidos na gravidez

Os medicamentos permitidos durante a gravidez são aqueles que apresentam baixo ou nenhum risco. Também podem ser liberados aqueles em que os benefícios justificam seus riscos.

Veja alguns exemplos de medicamentos permitidos às gestantes:

  • Ácido fólico;
  • Cromoglicato;
  • Clindamicina;
  • Amoxicilina;
  • Ampicilina;
  • Levotiroxina.

Ainda que o risco seja baixo, esses medicamentos não devem ser utilizados sem orientação médica, já que cada caso deve ser avaliado. É importante também que a dosagem indicada seja respeitada.

Leia mais: Polifarmácia (polimedicação): o que é e riscos para a saúde 

Medicamentos contraindicados na gravidez

Alguns dos medicamentos que não são indicados para uso durante a gestação são:

  • Medicamentos que causam teratogenicidade;
  • Atorvastatina;
  • Flurazepam;
  • Metotrexato;
  • Sinvastatina;
  • Oxitetraciclina;
  • Retinol;
  • Ribavirina;
  • Tetraciclina;
  • Varfarina.

Diversos outros fármacos podem fazer parte dessa lista. Eles devem ser analisados individualmente, de acordo com as necessidades, informações disponíveis e outros critérios médicos. Por isso, sempre verifique com seu(a) médico(a)!

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Quando é preciso buscar ajuda médica?

Entre em contato com seu(a) médico(a) sempre que estiver com algum sintoma inesperado, adverso e acreditar que precisa de algum medicamento.

Gestantes que precisam fazer algum tratamento medicamentoso contínuo podem necessitar de um acompanhamento extra ao longo da gestação, a depender da indicação médica.

Por isso, independente do caso, o pré-natal é fundamental para avaliar a saúde da mãe e do feto.


Novamente, reforçamos que a utilização de medicamentos durante a gravidez deve ser feita sempre sob orientação profissional, independentemente do fármaco em questão ou do período gestacional. A responsabilidade deve ser tanto da gestante quanto dos profissionais que a acompanham.

No caso de vacinas, também existem contraindicações, enquanto outras são necessárias para a gestante. É importante conversar com o(a) médico(a) para saber quais são elas e quando a vacinação deve acontecer.

É importante ressaltar que existem situações diversas e, em muitas delas, os medicamentos podem ser necessários. Por isso, é preciso manter as consultas e exames médicos em dia e seguir as orientações à risca.

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Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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