Os medicamentos genéricos são utilizados por milhares de pessoas diariamente. Entretanto, muitas pessoas não sabem exatamente qual a sua diferença com relação aos medicamentos de referência.
Muitas vezes são escolhidos por recomendação farmacêutica ou por questões financeiras.
Neste texto vamos explicar pra você exatamente o que são os genéricos. Você também vai entender no que eles diferem dos chamados medicamentos de referência e medicamentos similares. Além disso, vamos ver fatores como sua segurança, preço e vantagens.
Medicamento genérico é aquele que não tem nome comercial, mas que é vendido a partir de seu princípio ativo (fármaco). Esse precisa apresentar a mesma posologia, forma farmacêutica e deve ser administrado pela mesma via que o medicamento referência no país.
Ou seja, ele tem características iguais e deve produzir o mesmo efeito que medicamentos de marca (referência). Além disso, passa por testes rígidos para garantir sua qualidade e eficácia.
Para que o medicamento seja considerado intercambiável (equivalente ou seguro para troca) com o medicamento de referência, ele deve ser aprovado em testes de bioequivalência e biodisponibilidade apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A farmacêutica Francielle Mathias explica que os testes servem para “comparar medicamentos genéricos e similares aos medicamentos referência” e que “são usados para comprovar qualidade, eficácia e segurança desses produtos”.
Somente após ser considerado apto pelos testes, é que o medicamento passa a ter autorização para seu registro e comercialização.
Vimos que o genérico atua como uma alternativa para o medicamento de referência. Mas o que caracteriza um medicamento como tal?
Além disso, também existe o medicamento similar. Qual a sua diferença e característica?
Vamos ver a seguir:
Um medicamento é denominado como referência quando se trata de uma fórmula inovadora. Ou seja, um remédio novo registrado no país.
Também é comum chamá-lo de “medicamento de marca”, considerando que precisa possuir um nome comercial (marca) em sua embalagem para que seja disponibilizado à venda.
Assim como os genéricos, antes de obterem a autorização para registro e comercialização, os medicamentos de referência passam por uma série de testes rigorosos. Dessa forma, é possível comprovar sua eficácia, segurança e qualidade.
Devido ao tempo de pesquisa e o dinheiro investido, o laboratório desenvolvedor da fórmula ganha o direito de exclusividade de comercialização durante o período de patente. Esse período pode ter uma duração de 10 a 20 anos.
O desenvolvimento de um medicamento novo pode custar em torno de 2,6 bilhões de dólares. Esse é o principal motivo para que a patente expire somente após um longo período de tempo, já que a expectativa é que parte do dinheiro investido possa ter retorno a partir da venda exclusiva da fórmula.
Após a expiração, a fórmula pode ser utilizada por outros laboratórios, dando origem a novas opções (genéricas e/ou similares).
Além dos medicamentos de referência e os genéricos, temos os similares.
De acordo com a Lei Nº 13.235 de 2015, o medicamento similar pode ser caracterizado como aquele que possui os mesmos princípios ativos (fármacos), forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação farmacêutica e concentração que o medicamento referência.
Entretanto, a mesma Lei explica que ele pode diferir quanto “ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos”.
A farmacêutica Francielle Mathias explica que os veículos se tratam de ingredientes inativos terapeuticamente e que transportam a substância ativa. Normalmente, estão presentes na formulação de remédios líquidos (por exemplo, o xarope).
Igualmente ao produto de referência, o similar deve sempre possuir uma identificação por nome comercial ou marca.
Vale destacar que o similar também precisa comprovar sua eficácia, segurança e qualidade à ANVISA, passando por testes de biodisponibilidade e equivalência farmacêutica.
Sim. Os medicamentos genéricos são seguros devido aos rigorosos testes que são submetidos antes de seu registro e comercialização. Assim, emitida a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o genérico pode ser considerado intercambiável com o medicamento de referência, ou seja, pode substituí-lo conforme orientação médica.
Em geral, os medicamentos genéricos são mais baratos pois neles não estão inclusos custos relacionados à pesquisa para desenvolvimento de seu princípio ativo (fármaco). Além disso, como não possuem marca, não há gastos com propagandas, resultando no barateamento do produto.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aponta como vantagens dos genéricos:
Sim. Para um medicamento genérico obter autorização para registro e comercialização, precisa ser considerado intercambiável com o medicamento de referência. Ou seja, ser considerado seguro para substituição.
Assim, ao emitir a autorização para venda, a ANVISA garante ao público a aquisição de um medicamento com a mesma qualidade e eficácia que o de marca.
Vale destacar que a troca só deve ser feita após a validação e orientação de especialistas.
Em casos de dúvidas sobre esse assunto, o ideal é que você procure ajuda especializada. Profissionais da saúde são sempre fundamentais para auxiliar e fornecer informações confiáveis.
Além disso, consulte sempre médicos(as) de confiança, ou farmacêuticos(as), para garantir substituições seguras de medicamentos e realizar sempre o tratamento ideal para você.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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