O espectro eletromagnético é uma escala que reúne todos os tipos de ondas de radiação eletromagnética. Ele é dividido em 7 grupos principais: ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raio x e raios gama.
Dentro do grupo da luz visível, existem ainda algumas subdivisões, sendo cada uma delas com um intervalo de frequência diferente. Por isso, cada uma tem uma cor, totalizando 7: vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, azul e violeta.
É sobre a luz azul que vamos falar neste artigo. Ela está presente em nosso dia a dia de várias maneiras, sendo importante para o organismo. Mas ela ainda divide opiniões quanto à sua segurança e os riscos que pode causar.
Continue a leitura para entender melhor!
Índice — Neste artigo você verá:
A luz azul é uma das luzes presentes no espectro de luz visível. Ela é emitida por fonte natural, neste caso o sol, ou artificial, como as telas de celulares, computadores e as lâmpadas LED.
Ela tem uma função importante no organismo, que é contribuir para o ritmo circadiano. Esse ritmo é também chamado de relógio biológico, e diz respeito ao padrão de funcionamento do corpo em um período de 24 horas, incluindo o sono, as atividades hormonais, cerebrais, entre outras.
Um dos principais fatores que mantêm esse ciclo regulado é a exposição do corpo à luz e à escuridão, sendo a luz azul uma parte fundamental nesse processo.
Embora seja necessária para a saúde e a manutenção do equilíbrio do organismo, a luz azul também vem sendo considerada uma forma de radiação que apresenta diversos perigos.
Como atualmente a exposição a telas e outras fontes artificiais é algo muito comum, pesquisadores vêm se atentando aos efeitos que essa luz pode ou não causar.
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Apesar da sua importância, ela pode oferecer alguns riscos à saúde se a exposição for em excesso. Então, muito vem sendo debatido acerca de seus riscos e influência negativa no organismo.
O sinal de alerta é intensificado ao considerar que as pessoas estão cada vez mais expostas à ela, especialmente à artificial, já que os aparelhos que contêm a luz azul são parte da rotina.
Mas, embora o contato seja comum por conta desses dispositivos, a quantidade emitida por eles é muito pequena, se comparada à que vem por conta dos raios solares. A irradiação pelo celular, por exemplo, é cerca de 20 mil vezes mais baixa que a que ocorre pelo sol.
Então, sim, é certo que a luz azul em excesso pode fazer mal, e falaremos um pouco mais nos próximos tópicos.
Porém, alguns pesquisadores afirmam que a quantidade emitida pelas telas ou lâmpadas é irrelevante para o corpo nesse sentido. Outros já dizem que, mesmo em quantidades pequenas, ela pode trazer efeitos negativos.
O que se sabe com certeza que a exposição às telas atrapalha no ritmo circadiano, gerando uma perturbação ao sono e ao estado de vigília.
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Pesquisas apontam que o contato com a luz azul gera o risco de surgirem problemas oculares.
Em excesso, ela pode não ser filtrada o suficiente e acaba alcançando a retina, especialmente se forem ondas com a frequência mais próxima às das ultravioletas – o próximo grupo dentro do espectro eletromagnético, já parte das luzes não visíveis.
Assim, em casos graves, pode haver lesões nos olhos, inflamações e doenças como catarata e degeneração macular.
Entretanto, como já foi citado anteriormente, existe uma diferença na quantidade de luz recebida ao se expor ao sol e às telas. As pesquisas ainda abrem espaço para discussão, mas a princípio, o contato com luz azul emitida pelas telas não pode causar esse tipo de consequência nos olhos.
Apesar de existir no mercado óculos que prometem filtrar essa luz e dar mais conforto e segurança aos olhos, isso é bastante contestado, pois muitos profissionais afirmam que o produto não faz nenhuma diferença.
Na exposição ao sol, onde a emissão dos raios é maior, pode ser importante se proteger com um óculos apropriado. Além da luz azul, é necessário se prevenir também com os raios UV.
Ainda que se comprove que as telas não afetam a saúde ocular por conta da luz azul, elas podem ser prejudiciais de outras maneiras. Sintomas como olhos secos, visão turva temporária e a chamada fadiga ocular são sinais comuns do excesso de exposição e merecem atenção, mesmo que sejam manifestações temporárias.
Estudos apontam que o contato da luz visível na pele, tanto a luz azul quanto a violeta, podem trazer prejuízos parecidos com os causados pelos raios ultravioletas.
Quando se fala em proteção solar, o foco é nos raios UVA e UVB. Porém, a luz azul que alcança a pele por meio da radiação solar também é capaz de adentrar a derme e gerar danos celulares.
O uso do protetor solar pode auxiliar na proteção, porém, muitos deles atuam somente contra os raios ultravioletas, deixando de lado a influência das luzes não visíveis.
Com isso, o contato pode estimular o aparecimento de manchas e favorecer linhas finas de expressão, por exemplo.
Na hora de escolher o protetor, é importante observar sua capacidade de ação. Os que possuem cores podem ter um efeito melhor contra a luz azul, assim como os que são físicos e não químicos.
Pensando na luz azul emitida por celulares, telas e mesmo por algumas lâmpadas, ainda não há consenso se elas afetam a pele realmente. Alguns profissionais afirmam que elas são relevantes, mesmo sendo artificiais, e é necessário utilizar protetores solares sempre, mesmo em casa.
Outros, ainda, contestam essa informação ao dizer que esse contato é pequeno e não causa efeitos no corpo por isso.
Na prática, a luz azul pode gerar efeitos diferentes, como o envelhecimento da derme e o aparecimento de marchas. O quanto dela é prejudicial e como deve ser, de fato, a proteção, ainda são pontos que estão sendo estudados.
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A luz azul é mais presente em nosso dia a dia do que pensamos. Porém, ainda que seja crucial para a saúde e o bem-estar, seu excesso não é indicado.
Enquanto alguns pontos ainda são incertos, é importante que cada pessoa entenda suas necessidades individuais e conte com a orientação de um profissional, que poderá dizer se e quando é necessário adotar medidas para reduzir o contato com esse tipo de luz.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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