A hipersonia (CID10 - F511) é um distúrbio que tem como principal característica o excesso de sono ao longo do dia, mesmo após o (a) indivíduo (a) ter dormido a noite toda ou por mais de 10 horas.
A condição pode ser consequência de distúrbios respiratórios, condições clínicas, psiquiátricas, neurológicas ou pelo uso de alguns medicamentos.
Para saber mais sobre o distúrbio, como o que causa, tipos e como identificar, continue acompanhando o artigo!
Índice - Nesse artigo, você vai encontrar:
Entre as principais causas de hipersonia estão a rotina de sono do (a) paciente, privação de sono, condições comportamentais, assim como ocorre nos distúrbios do ritmo circadiano.
Além disso, condições clínicas, como é o caso da obstrução das vias aéreas durante o sono, movimentos durante a fase REM do sono e movimentos das pernas ou periódicos, também são algumas das principais causas.
Entre algumas condições e hábitos que predispõem o desenvolvimento da condição estão:
Os transtornos do sono são organizados de acordo com a Classificação Internacional de Transtornos de Sono (TS), e a hipersonia é classificada de acordo com sua origem, seja ela neurológica, clínica ou comportamental. A seguir, você confere mais informações sobre cada uma das classificações:
De acordo com estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo, a narcolepsia tem maior incidência entre pacientes com 18 a 25 anos. Sua origem pode ser genética ou desencadeada por condições ambientais, como o estresse, preocupações excessivas, privação de sono, perdas e conflitos.
Contudo, é preciso ressaltar que a condição pode apresentar apenas um único sintoma, que é o sono excessivo, ou então mais de um sintoma, como sonolência excessiva e cataplexia. A cataplexia se caracteriza pela ativação de diversos músculos, fazendo com que o (a) paciente demonstre emoções durante o sono e tenha crises de risos com frequência.
A Hipersonia Idiopática é uma doença crônica que atinge o sistema nervoso central (SNC) e que tende a se manifestar em indivíduos com idade próxima dos 25 anos. Entre as principais características desse tipo da doença estão períodos longos de sono, sonolência permanente e dificuldade para sentir sono.
A Síndrome de Apnéia e Hipopnéia do Sono (SAHOS), que tem origem clínica, tem a prevalência de 2% em mulheres e 4% em homens que estão acima do peso. Ela se caracteriza pela obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores, causando despertares noturnos.
A gravidade varia de acordo com a quantidade das obstruções por hora de sono e com o nível de sonolência. Já o diagnóstico leva em consideração critérios clínicos e polissonográficos (teste para qualidade do sono).
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)/Movimentos Periódicos dos Membros (MPM) tem origem clínica e é comum em pacientes com idade entre 30 e 60 anos. A incidência na faixa dos 30 anos é 5%, mas a partir dos 60 anos a incidência chega a 44%.
Entre seus principais sintomas estão queixas de insônia ou sonolência excessiva, movimento das pernas, contração dos músculos e movimentos estereotipados. Contudo, alguns pacientes podem ser assintomáticos.
Leia também: Dormir: veja distúrbios do sono e entenda como dormir melhor
Como vimos acima, os sintomas podem variar de acordo com o tipo de hipersonia. Entre os principais e mais recorrentes estão:
Caso tenha se identificado com algum dos sintomas citados acima, procure ajuda médica o quanto antes!
A hipersonia durante a gestação ocorre por causas hormonais, condições fisiológicas e ansiedade pelo parto. A qualidade e o tempo do sono são impactados pelos despertares noturnos, vontade de ir ao banheiro ou pela mudança fisiológica natural do corpo da mulher.
Portanto, nessa fase, recomenda-se que a gestante pratique exercícios físicos, pois eles diminuem o risco de diabetes gestacional, auxiliam na funcionalidade da placenta e diminuem desconfortos gastrointestinais, ansiedade, sonolência e fadiga. Vale lembrar que é extremamente importante consultar seu (a) médico (a) para saber quais atividades você pode ou não praticar durante esse período.
Para diagnosticar a hipersonia, é necessária uma avaliação clínica que leva em consideração os sintomas relatados pelo (a) paciente. Além disso, para confirmação do distúrbio, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames, como:
O tratamento para a hipersonia varia de acordo com os sintomas manifestados e em caso de doenças preexistentes, como é o caso das otorrinolaringológicas, gastroenterológicas, sobrepeso e obesidade.
De maneira geral, a higiene do sono é recomendada para o tratamento de todas as classificações de hipersonia, pois visa recuperar a quantidade e qualidade do sono. Contudo, o tratamento pode variar de acordo com a classificação do distúrbio e pode precisar de intervenção medicamentosa e suspensão total do consumo de bebidas alcoólicas e sedativos.
Além disso, a prática de exercícios físicos também ajuda no tratamento dos distúrbios, bem como em outras doenças clínicas que possam desencadear o distúrbio do sono.
Sim, a hipersonia tem cura! Contudo, o distúrbio requer diagnóstico clínico para que o tratamento seja assertivo e haja melhora na qualidade do sono.
A hipersonia é um distúrbio, portanto, merece atenção, pois impacta diretamente na qualidade de vida do (a) paciente. Se mesmo com a adoção de hábitos de higiene do sono os sintomas persistirem por mais de 3 meses, procure um (a) médico (a) o quanto antes!
Para mais informações sobre saúde e bem-estar, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!
Esp. Thayna Rose
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.