Na história, os curativos são hábitos antigos. Registros históricos apontam que a importância do cuidado com os ferimentos variam entre 800 a.C a 2.500 a.C. Os enfermeiros da época, que não tinha essa nomenclatura profissional, já utilizavam determinados materiais a fim de curar ferimentos e evitar complicações.
Com conhecimentos que vinham da junção de crenças religiosas e místicas advindas de sacerdotes, a utilização de óleos, argila e plantas, por exemplo, eram as ferramentas que, especialmente as mulheres, utilizavam no tratamento de pessoas com ferimentos.
Hoje, há uma infinidade de materiais de apoio para a cicatrização de feridas, e o curativo é um deles. Isso porque a técnica foi adaptada de várias formas para o tratamento de ferimentos de pequena e larga escala, podendo ser utilizada tanto um médico especialista em uma área hospitalar quanto por um leigo em casos mais simples.
A seguir, você confere mais sobre curativos, assim como aprende a utilizá-lo em algumas situações. Boa leitura!
Índice – Neste artigo, você irá encontrar:
A cicatrização é um processo natural de um ferimento. As feridas podem ser superficiais assim como mais graves, logo, necessitam de um auxílio para chegar no processo final de cicatrização.
Para isso, são utilizadas algumas ferramentas para dar à pele o suporte que ela necessita, e o curativo é um deles. Com ele, a ferida é protegida e, consequentemente, previne possíveis complicações, especialmente infecções.
Leia mais: Coceira: descubra quais as causas e por que feridas coçam
Como existem variados tipos de ferimentos, os curativos são adaptados a fim de suprir a necessidade de cada um. A seguir, você confere alguns dos principais tipos de curativos:
São aqueles que não há a necessidade de uso de gaze. Geralmente, são feridas sem infecção, o que permite que fiquem expostas e recebam tratamentos dessa forma.
São os curativos vedados com o uso de gaze e que são fixados nas laterais com o auxílio de esparadrapos.
Utiliza a gaze para fazer compressão em áreas de diferentes tamanhos, visando vedar incisões ou auxiliar no estancamento de hemorragia.
Seco ou úmido, este tipo de curativo é vedado com o auxílio de gazes ou ataduras.
São curativos fechados onde há o auxílio de tubos, drenos, cateteres ou bolsas de colostomia a fim de drenar algum tipo de fluidos provenientes de feridas.
São curativos onde se utilizam soluções antissépticas por meio de irrigações nos ferimentos, onde há infecções nas cavidades.
Depende. Como vimos anteriormente, nem são todos os ferimentos que demandam um curativo fechado ou mais específico. Independente disso, quem analisa qual tipo de curativo será utilizado é o(a) enfermeiro(a) ou médico(a) responsável pelo(a) paciente.
Apesar de existir curativos diferentes e específicos para cada região, em geral, a base deles é igual e envolvem limpeza e cuidado para que o ferimento cicatrize. A seguir, você observa alguns exemplos:
Primeiramente, lave as mãos com água e sabão a fim de evitar a contaminação na ferida. Em seguida, é necessário higienizar o ferimento com água e sabão líquido, de preferência neutro. Por fim, o indicado é que se aplique algum antisséptico para ajudar a cicatrização
Se o corte for pequeno, é possível utilizar um curativo adesivo ou gaze para cobri-lo. É importante evitar o uso de algodão, pois suas fibras podem grudar no machucado e abafar a região, contribuindo assim para a proliferação de microorganismos.
Para escara, a sugestão é fazer a limpeza da área da lesão com soro fisiológico 0,9%, de preferência a solução de forma irrigatória nas feridas. Geralmente, é recomendado o uso de curativos adesivos hidrocoloides. Em seguida, é preciso finalizar com gaze sem pressionar demais a área.
É importante lembrar que o curativo para escara precisa ser trocado sempre que estiver úmido.
O processo de curativo para queimaduras muda conforme o nível da lesão. Para queimaduras de 1° grau, ou seja, as mais leves e superficiais, a sugestão é higienizar o local da ferida com água fria e sabão neutro. A utilização de compressas geladas é útil, pois é benéfica para controlar a temperatura da lesão. Por fim, a aplicação de pomadas para queimaduras é fundamental para auxiliar no tratamento
Para queimaduras a partir do 2° grau, por serem mais graves, é recomendado que as mesmas sejam tratadas em um ambiente hospitalar, com o auxílio de um(a) enfermeiro(a) ou médico(a) para evitar complicações, como infecções graves.
Os curativos com pontos seguem os padrões anteriores. Dependendo do nível de aspecto da sutura, basta lavar a mesma com água e sabão ou soro fisiológico com o auxílio de uma gaze. Após a higienização, é importante secar bem o local, pois a umidade torna a cicatrização mais lenta.
Em seguida, é preciso esterilizar a ferida com o medicamento prescrito pelo(a) médico(a), que geralmente tem função antisséptica. Novamente, passe a gaze levemente sobre pontos da sutura, de dentro para fora, para não haver risco de puxar sujeira para a sutura.
Por fim, é sugerido que a ferida seja coberta por uma gaze, dessa vez, com o material bem justo ao ferimento.
O ferimento pode não ser grave, mas mesmo assim o(a) paciente pode não se sentir seguro para fazer um curativo básico, por isso, ajuda médica sempre é necessária.
Se uma lesão pequena não cicatrizar e não se notar melhora, ela pode desencadear infecções. Portanto, caso não conheça os procedimentos básicos, busque ajuda em uma unidade de saúde mais próxima para obter suporte médico.
Essencial para tratamento de ferimentos, o curativo tem uma longa história como agente de cura. Hoje, sua presença está nas variadas formas de aplicação, além da possibilidade de ser manuseado fora dos ambientes hospitalares.
Para se manter informado sobre saúde, siga acompanhando o portal e redes sociais do Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.