O Comer emocional (CE) é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos diante de emoções positivas ou negativas. Nesse sentido, o ato de comer alivia o estresse, oferece distração temporária e diminui as emoções negativas, como tédio, ansiedade, se sentir deprimido (a), triste ou tenso (a).
De acordo com alguns estudos, o comer emocional acomete mais mulheres de diferentes pesos corporais. Contudo, vale ressaltar que se chegou a essa conclusão pois há menor participação de homens nas pesquisas realizadas sobre o tema.
A condição, que é nociva à saúde física e psicológica, se tornou mais comum ao longo da pandemia de Covid-19, pois houve aumento da ingestão de alimentos de forma compulsiva em razão da angústia causada pelo confinamento.
Para saber mais sobre o comer emocional, suas causas e como lidar com a fome emocional, continue acompanhando o artigo!
Índice - nesse artigo, você vai encontrar:
O comer emocional pode ser desencadeado por vários motivos, entre eles emocionais, ligados à autoestima, cerebrais e também devido ao confinamento causado pela pandemia. A seguir, você confere um pouco mais sobre esses gatilhos:
Com o aumento das emoções negativas, a vontade de comer se torna um hábito compensatório. Portanto, a fuga desses sentimentos se torna o alimento.
A autoestima tem um papel importante no comer emocional, seja ela positiva ou negativa. Além disso, ela se baseia em estereótipos de corpo e alimentação ideal estabelecidos pela sociedade, que são os responsáveis pela ansiedade em muitas pessoas.
O ato de comer emocional está ligado aos impulsos, autocontrole e recompensa imediata. Quando ingerido alimentos gordurosos e/ou doces, por exemplo, há ativação de algumas regiões do cérebro responsáveis pelo prazer.
A alimentação é aprendida na primeira infância, ou seja, são compartilhadas experiências dentro do ambiente familiar, assim como estratégias de alimentação. Portanto, a relação de pais e filhos influenciam na alimentação e contribuem para a formação de um modelo.
A pandemia da Covid-19 trouxe diversas alterações na vida das pessoas, e o comportamento alimentar foi um deles. Ansiedade, fatores internos e externos, a ausência do convívio social, sobrecarga e a pressão foram estressores que culminaram na mudança do hábito alimentar durante o período de isolamento.
As diferenças entre fome física e emocional têm respostas em suas origens. A fome física é fisiológica e a busca por se alimentar está relacionada à nutrição, ou seja, o (a) indivíduo (a) fica saciado e para de comer e não apresenta sentimento de culpa após se alimentar.
Já a fome emocional está diretamente relacionada com as emoções, pois o alimento está ligado ao alívio de sofrimento, ansiedade e demais angústias. Portanto, o (a) indivíduo (a) não fica saciado e, consequentemente, desenvolve sentimento de culpa, vergonha e autodepreciação depois da refeição.
Leia mais: Anorexia (nervosa) é bulimia? Entenda o que é e o tratamento
O comer emocional não está ligado à fome física, então, os sintomas envolvem condições emocionais, como:
Se você se identificou com algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda psicológica e psiquiátrica!
O diagnóstico do comer emocional pode se associar à compulsão alimentar, transtorno alimentar que tem como características a necessidade de comer mesmo sem ter fome, geralmente em grandes quantidades de alimentos, seguidos de sentimento de culpa, vergonha e autodepreciação.
Além disso, a condição pode desencadear bulimia nervosa, quando o (a) paciente ingere uma grande quantidade de alimentos e, ao sentir culpa pelo que fez, se pune induzindo vômitos ou usando laxantes.
O tratamento para o comer emocional envolve acompanhamento psiquiátrico, pois é preciso avaliar questões emocionais de ansiedade. O acompanhamento psicológico também é importante, pois auxilia nas questões emocionais responsáveis por angústias, estresse e questões individuais que desencadeiam a fome emocional.
Por fim, mas não menos importante, também é recomendado fazer acompanhamento com um (a) nutricionista a fim de receber orientações sobre a adoção de uma alimentação saudável e balanceada que ajude no bem-estar psicológico e físico do (a) paciente.
Para lidar com a fome emocional, a adoção de novos hábitos alimentares e de vida são extremamente importantes. Começando pelas questões emocionais como citadas acima, é importante a adoção de técnicas de mindful eating (comer consciente).
A técnica ajuda a conscientizar os (as) pacientes sobre a quantidade de comida ingerida, qual a frequência, os horários, o modo como as pessoas comem e, até mesmo, como se sentem após comerem.
O comer emocional é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos em resposta a uma emoção negativa, situação de estresse ou de angústia.
Se você ou alguém que você conhece está passando por algo parecido, procure ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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