Saúde

Adenomiose: o que causa, sintomas e tratamentos

Publicado em: 08/07/2023Última atualização: 08/07/2023
Publicado em: 08/07/2023Última atualização: 08/07/2023
Modelo de útero onde é possível visualizar seu interior.A adenomiose é uma inflamação crônica que acomete a parede uterina.
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O útero é um órgão muito importante para o sistema reprodutor, sendo composto por 3 camadas. A primeira, na parte externa, é chamada de perimétrio. A segunda é o miométrio, formado por um tecido muscular. O endométrio é a última camada, e está localizado na parte interna da cavidade uterina.

O endométrio auxilia na implantação do óvulo quando a fertilização acontece. Quando não, parte dessa estrutura se descama e, junto com o sangue, é eliminado pela menstruação.

Entretanto, pode acontecer de surgir tecido endometrial no miométrio, gerando lesões, miomas e levando a uma inflamação crônica. Essa condição é chamada de adenomiose.

A doença pode afetar entre 20% e 35% das mulheres em idade reprodutiva, porém, é mais presente na faixa etária entre 40 e 50 anos. Também há maiores registros dela após gestações ou cirurgias no útero.

No decorrer dessa matéria, você irá entender mais sobre essa condição, é só continuar a leitura.

Índice - Neste artigo, você encontrará:

  1. O que causa a adenomiose?
  2. Tipos
  3. Sintomas de adenomiose
  4. Adenomiose e endometriose: qual a diferença?
  5. Diagnóstico
  6. Tem cura? Quais os tratamentos indicados?
  7. Adenomiose é ou pode virar câncer?
  8. Quem tem adenomiose pode engravidar?
  9. Prevenção

O que causa a adenomiose?

A adenomiose é causada pela entrada de partes do endométrio no miométrio. O primeiro se refere à camada mais interna da parede do útero, uma membrana que cresce no decorrer do ciclo menstrual e tem uma parte descamada e eliminada na menstruação.

A presença dele no miométrio, que é a parte muscular do útero, provoca cistos e pode causar um aumento no tamanho do órgão.

Não se sabe ainda qual é a causa exata dessa condição, mas é fato que ela pode trazer diversos incômodos à quem precisa conviver com ela.

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Tipos

A adenomiose pode ser classificada em dois tipos, focaldifusa. A seguir, você confere um pouquinho mais sobre cada uma delas:

  • Focal: ocorre quando o tecido endometrial causa miomas (tumores benignos) em apenas uma região do miométrio;
  • Difusa: a do tipo difusa é caracterizada pela presença de miomas espalhados por toda a parede uterina, podendo ser superficial ou profunda.
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Sintomas de adenomiose

A adenomiose pode ser uma doença silenciosa, ou seja, não manifestar sinais. Estudos indicam que pelo menos um terço das mulheres que possuem a patologia são assintomáticas, fato que muitas vezes impede que a condição seja detectada.

Quando os sintomas surgem, entretanto, geralmente eles se manifestam no aumento do fluxo sanguíneo durante a menstruação e cólicas mais intensas.

Além disso, os sintomas também podem ser confundidos com outras doenças relacionadas, como a endometriose, o que também pode dificultar um diagnóstico assertivo.

Mulher com dor na região do útero.
Outras manifestações da adenomiose podem ser dor pélvica crônica, inclusive durante a relação sexual, e dificuldade para engravidar.

Por fim, também é uma característica da doença o aumento do útero, mudanças na sua forma ou diferenças entre os tamanhos de cada um dos lados, podendo gerar um leve inchaço abdominal.

Contudo, a única maneira de detectar esses sinais é por meio de exames de imagem.

Leia mais: Frio ou friagem podem aumentar a cólica menstrual?

Adenomiose e endometriose: qual a diferença?

Adenomiose e endometriose são patologias semelhantes, já que ambas consistem na presença do tecido endometrial em locais onde ele não deveria estar.

Porém, uma das diferenças é que, enquanto na adenomiose essa estrutura surge no miométrio, que é a camada muscular da parede do útero, na endometriose esse tecido pode estar em diferentes regiões, como nos ovários, trompas ou até fora da estrutura uterina, alcançando outros órgãos.

Ainda não há pesquisas suficientes para entender a relação entre as doenças, pois, em muitos casos, ambas são diagnosticadas em uma mesma pessoa. Contudo, as razões pelas quais elas surgem e seus comportamentos são diferentes, por isso são patologias distintas.

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Diagnóstico

As formas mais indicadas para fazer o diagnóstico de adenomiose são os exames de ressonância magnética ou ultrassonografia transvaginal. Por meio deles, é possível visualizar o interior do útero e identificar os nódulos que caracterizam a doença.

Além deles, outros fatores podem ser determinantes para detectar a adenomiose, como aumento do útero, alteração no formato ou lados assimétricos.

Entretanto, por ser assintomática ou possuir sintomas que podem ser confundidos com outros distúrbios, a adenomiose pode não ser detectada, o que impede a realização de um tratamento adequado.

Tem cura? Quais os tratamentos indicados?

Os tratamentos para adenomiose podem ser medicamentosos ou cirúrgicos. Contudo, ainda não existe um fármaco específico para essa doença, mas pode ser indicado a utilização de outros que reduzem os sintomas ou que alteram a atividade hormonal, como os anticoncepcionais, que podem diminuir o avanço da condição.

O tratamento cirúrgico pode abranger operações que removem os nódulos no miométrio, mas ele deve ser feito após uma análise por parte da equipe médica para entender se o método é vantajoso para a paciente.

Para mulheres que não desejam mais serem férteis, pode ser recomendado a realização da histerectomia, que é a remoção do útero. Essa é a única forma de curar a adenomiose.

Adenomiose é ou pode virar câncer?

A adenomiose não possui nenhuma relação com câncer. Ela também não pode se tornar um tumor, pois essas são duas condições muito diferentes. Além disso, mesmo que possa afetar a qualidade de vida, a adenomiose é uma patologia benigna.

Quem tem adenomiose pode engravidar?

Mulheres que possuem adenomiose podem engravidar, entretanto, a condição pode dificultar esse processo.

Ainda não são claras as razões pelas quais a doença afeta a fertilidade, mas algumas teorias sugerem que ela pode comprometer a parede na cavidade uterina, causar respostas no organismo que dificultam a fertilização e a implantação do embrião, ou até reduzir a reserva ovariana.

Além disso, tratamentos hormonais que podem ser utilizados para a controlar a doença podem ter função anticoncepcional.

Prevenção

Por não existir uma razão pela qual a adenomiose surge, não há também uma forma de preveni-la. O importante é realizar um acompanhamento constante e os exames que possam ser solicitados por seu(a) médico(a).


Diante de algum sintoma ou alterações no ciclo menstrual, é fundamental buscar orientação médica. A adenomiose é uma doença benigna, mas seus sintomas podem causar diversos incômodos. Por isso, o diagnóstico e tratamento são necessários.

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Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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