Saúde

Transtorno de despersonalização: o que é e como tratar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 13/12/2022Última atualização: 13/12/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 13/12/2022Última atualização: 13/12/2022
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despersonalização (CID 10 – F48.1) é uma condição derivada do transtorno dissociativo caracterizado pela descontinuidade ou distorção da consciência sobre si mesmo. Os (as) pacientes podem sentir como se não fossem reais, se sentem distantes e têm uma certa estranheza sobre si mesmos e sobre seus sentimentos.

Esse tipo de perturbação é contínua e prolongada, pois seu aparecimento geralmente se deriva de transtorno de humor, ansiedade e personalidade. É comum que indivíduos que não tenham o transtorno dissociativo apresentem despersonalização em situações pontuais, como fadiga, privação de sono, privação sensorial e uso de drogas ilícitas.

Entende-se que todos os adultos já sofreram um episódio dessa condição pelo menos uma vez na vida. O que diferencia esses episódios para o transtorno, são os sintomas além da despersonalização. Com relação a prevalência, é variável na faixa de 0,8 a 2,8% na população mundial, e é proporcional entre gêneros.

Para saber mais sobre o transtorno de despersonalização, sintomas, como identificar uma crise e o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa o transtorno de despersonalização?
  2. Sintomas
  3. Como identificar uma crise de despersonalização?
  4. Quanto tempo dura uma crise de despersonalização?
  5. Diagnóstico
  6. Transtorno de despersonalização tem cura?
  7. Tratamento para o transtorno de despersonalização

O que causa o transtorno de despersonalização?

As principais causas do transtorno de despersonalização podem envolver fatores ambientais ou temperamentais, como citado abaixo:

Ambientais

Os fatores ambientais se referem a traumas, tais como: 

  • Abuso e negligência emocional;
  • Estressores, como o abuso físico ou sexual;
  • Testemunho de violência doméstica;
  • Figuras parentais com doença mental grave;
  • Morte de alguém próximo;
  • Depressão;
  • Ansiedade (particularmente, ataques de pânico);
  • Uso de drogas ilícitas.

Temperamentais

Os fatores temperamentais referem-se à orientação para evitar danos, defesas e até mesmo desconexão ou superconexão com alguns padrões de comportamentos aprendidos. Esses fatores incluem:

  • Defesas imaturas;
  • Negação da realidade ou má adaptação;
  • Inibição emocional;
  • Vergonha;
  • Negligência;
  • Privação;
  • Dependência;
  • Vulnerabilidade;
  • Incompetência.
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Sintomas

Os principais sintomas de despersonalização são: 

  • Experiências de irrealidade;
  • Observador ou se sentir distante dos próprios pensamentos;
  • Observador ou se sentir distante dos próprios sentimentos;
  • Observador ou se sentir distante do próprio corpo;
  • Observador ou se sentir distante de suas ações;
  • Sensação distorcida do tempo;
  • Sentir-se anestesiado emocionalmente ou fisicamente.

Leia mais: Transtorno Bipolar: quais os sintomas? Entenda o tratamento 

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Como identificar uma crise de despersonalização?

As crises de despersonalização são caracterizadas pela sensação de estar distante de si mesmo, com a sensação de “não ser ninguém” ou até mesmo de não ter identidade.

Esses (as) pacientes podem sentir como se desvinculassem de si mesmos, incluindo sentimentalmente, e a sensação de ter sentimentos e não conseguirem senti-los, que seus pensamentos não são seus ou então que sentem como se a cabeça estivesse “vazia”.

Além dessas sensações, a despersonalização inclui a sensação de que é um robô, que perdeu o controle da fala e dos movimentos, que pode ser caracterizado como experiência extracorpórea.

Ou seja, todos os sintomas incluem a sensação de irrealidade de si mesmo, seus pensamentos e emoções.

Quanto tempo dura uma crise de despersonalização?

Geralmente as crises podem durar horas, ou até mesmo dias, e estes sintomas podem prevalecer por mais de 12 meses.

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Diagnóstico

O diagnóstico poderá ser realizado por um médico psiquiatra. Porém, para que seja feito, esse profissional seguirá os 5 critérios estabelecidos pelo DSM-V, considerando todos os sintomas apresentados pelo paciente: 

  • Os episódios deverão ser recorrentes e persistentes;
  • Deverão ter experiências com alteração na percepção;
  • Sensação distorcidas do tempo;
  • Sentimento de irrealidade;
  • Sentimento de ausência;
  • Anestesia emocional;
  • Esses sintomas causam sofrimento clínico, prejuízo na vida social e profissional;
  • É importante que esses sintomas não sejam desencadeados por substâncias ilícitas;
  • Deverão ser descartadas outros transtornos mentais.

É importante frisar, que os episódios de despersonalização acontecem conjuntamente com desrealização. Os episódios de despersonalização únicos podem ter outras causas, como citado anteriormente.

Transtorno de despersonalização tem cura?

O transtorno de despersonalização não tem cura. O tratamento necessita ser seguido conforme direcionamento de um (a) psiquiatra e um (a) psicólogo (a), há o controle dos sintomas apresentados.

Tratamento para o transtorno de despersonalização

O tratamento para a despersonalização envolve acompanhamento psiquiátrico e terapêutico. Pois, assim o (a) paciente consegue estabilizar os sintomas apresentados.

Não existem medicamentos efetivos para tratar a despersonalização, os medicamentos a serem seguidos são para tratar demais sintomas apresentados por outras condições psiquiátricas, como transtornos de personalidade, humor e ansiosos.


O transtorno de personalização é caracterizado pela sensação de irrealidade sobre si mesmo, sobre seus pensamentos e sentimentos. Para manejo dos sintomas, é importante realizar acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!

Para mais conteúdos sobre saúde mental, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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