Saúde

Ozonioterapia: para que é indicado e como funciona o tratamento?

Publicado em: 26/10/2023Última atualização: 26/10/2023
Publicado em: 26/10/2023Última atualização: 26/10/2023
Seringa com agulha para aplicação.A ozonioterapia pode ser útil em diversos tratamentos.
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O ozônio é um composto químico muito conhecido por estar presente na estratosfera do planeta terra. Ele é um gás composto por 3 moléculas de oxigênio, e nesse contexto, age limitando a passagem dos raios ultravioletas.

Ele também está presente em baixas concentrações na camada da atmosfera em que vivemos, e pode oferecer ação oxidante e bactericida.

Porém, se há um desequilíbrio químico, principalmente se entrar em contato com compostos poluentes ou se estiver em alta concentração, o ozônio pode ser altamente tóxico.

Com base em seus benefícios, surgiu a ozonioterapia. A técnica ainda está em estudo e sendo avaliada por médicos e pesquisadores, mas já divide a comunidade científica quanto a seu uso.

Neste artigo, você irá entender mais sobre que é essa terapia, quem pode usá-lá, como é o tratamento e quais são os riscos.

Índice

  1. O que é e para que serve a ozonioterapia?
  2. Qual é o efeito do ozônio no corpo humano?
  3. Como é feita a aplicação?
  4. Para quem é indicado a ozonioterapia?
  5. Quais são os riscos da aplicação de ozônio?
  6. Quais são as contraindicações?

O que é e para que serve a ozonioterapia?

A ozonioterapia se utiliza do ozônio medicinal para auxiliar no tratamento de condições diversas, como doenças e feridas.

O ozônio medicinal é gerado a partir de um processo químico e consiste na mistura do ozônio com o oxigênio puro. Suas concentrações variam de acordo com o tratamento e a necessidade de cada caso.

Há algum tempo, no Brasil, esse recurso é utilizado na área odontológica, como no tratamento de cáries e em cirurgias. A terapia também está presente em tratamentos estéticos para a pele.

Em 2018, o Conselho Federal de Medicina determinou que esse tipo de recurso não é permitido para tratamentos médicos, e pode ser realizado apenas para estudos científicos de cunho experimental.

Atualmente, no ano de 2023, busca-se ampliar o uso da ozonioterapia como tratamento complementar para outras condições.

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Qual é o efeito do ozônio no corpo humano?

O ozônio atua como um forte oxidante, provocando diversas reações bioquímicas no organismo. Por exemplo, ele ativa a ação do sistema imunológico, e pode gerar um aumento na produção de energia e no envio de oxigênio para as células.

Por conta disso, a substância apresenta funções benéficas no tratamento de patologias, com efeito anti-inflamatório, analgésico, antiviral, antifúngico, bactericida, entre outros.

Inclusive, testes realizados ao longo dos últimos anos indicam que a ozonioterapia é eficiente para promover o alívio da dor em diferentes condições, oferecendo maior qualidade de vida aos pacientes.

Além disso, o uso do ozônio pode auxiliar na circulação e oxigenação sanguínea. Estudos também apontam que ele pode contribuir para aumentar as proteínas, os glóbulos vermelhos e o oxigênio presentes no corpo.

Leia mais: O que são Analgésicos e Antitérmicos e para que servem?

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Como é feita a aplicação?

A ozonioterapia pode ser utilizada de diversas formas, a depender da necessidade e do método de tratamento escolhido. Assim, a forma de aplicação também pode ser muito variada.

Algumas das principais maneiras são:

  • De forma cutânea ou bucal: por contato direto com a solução em gás ou diluída em outros produtos;
  • Por injeção subcutânea: aplicação injetável diretamente na região desejada;
  • Por via retal: através de um cateter que injeta o gás no corpo;
  • Por auto-hemoterapia: quando o sangue é retirado do corpo para ser misturado com a substância, e depois é injetado novamente.
Profissional de saúde fazendo aplicação no rosto de paciente com agulha.
Para cada tipo de tratamento, pode ser necessário uma aplicação diferente, sendo ela definida pelo profissional de saúde que acompanha o paciente.

Para quem é indicado a ozonioterapia?

A ozonioterapia pode ser indicada para pacientes que portam condições variadas. Ela é útil em situações em que organismo reage à alterações no equilíbrio oxidativo.

Na prática, alguns exemplos do uso dessa terapia são:

  • Procedimentos odontológicos e estéticos;
  • Redução de dores em decorrência de doenças como a artrite;
  • Redução de dores musculoesqueléticas, principalmente a lombar;
  • Tratamento de infecções e inflamações;
  • Tratamento de feridas por fungos ou bactérias;
  • Auxílio na cicatrização de feridas causadas pela diabetes;
  • Complemento para o tratamento de alguns tipos de cânceres.

Vale destacar que nem todos esses usos estão liberados no Brasil, apesar da terapia com ozônio já ser usada para esses fins em diversos outros países.

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Quais são os riscos da aplicação de ozônio?

Ainda não se sabe totalmente quais os efeitos do ozônio no corpo humano, portanto, é difícil medir com certeza os possíveis riscos.

Mesmo com estudos ainda em andamento, já se sabe que a ozonioterapia pode provocar uma oxidação em excesso no organismo, gerando lesões e até a morte das células.

Um outro risco é a embolia, ou bloqueio de uma artéria, se a aplicação for intravenosa. O ozônio pode ainda provocar alguns efeitos colaterais, como:

  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de queimação nos olhos;
  • Rinite;
  • Irritações;
  • Dificuldade na respiração;
  • Problemas cardíacos e no sistema respiratório.

Sabe-se que a quantidade e a concentração da substância utilizada em cada tratamento é importante para manter a integridade da saúde do paciente.

A manipulação deve ser feita por meio de um gerador que possua certificação de uso. Esse instrumento permite o controle preciso do ozônio. Além disso, pode ser manuseado apenas por profissionais de saúde que possuem uma qualificação específica para esse tipo de terapia.

Quais são as contraindicações?

De acordo com a Associação Brasileira de Ozonioterapia, a principal contraindicação é para as pessoas portadoras do favismo.

Essa síndrome consiste na deficiência da enzima G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase), que protege as hemácias, que são as células sanguíneas que transportam oxigênio. Nesse contexto, o ozônio pode destruir essas células.

Outras contraindicações devem ser analisadas caso a caso, visto que a ozonioterapia varia de acordo com a condição de cada paciente.


Ainda há muito o que ser descoberto sobre a ozonioterapia, mas é fato que suas vantagens são notórias. Porém, é necessário entender quais são seus riscos e em quais situações esses riscos são maiores ou menores que os benefícios.

Em caso de dúvida, consulte sempre um especialista. Além disso, busque pela legislação em vigor e leve em conta as informações que constam nela e nos órgãos governamentais.

Para mais conteúdos como esse, navegue pelo portal do Minuto Saudável e fique atento aos novos artigos.


Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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