Desde o início da disseminação do novo Coronavírus no Brasil, diversas pessoas foram às farmácias para criar um estoque de álcool em gel e máscaras de proteção.
No começo da pandemia, autoridades de saúde como a Organização Mundial de Saúde (OMS) eram contrárias ao uso de máscaras por pessoas não infectadas.
Porém, esse cenário mudou e, nas últimas semanas, foi decretado em alguns municípios do Brasil a obrigatoriedade de uso de máscaras por todas as pessoas em locais públicos.
Além disso, o Ministério da Saúde tem feito um alerta à população, para que utilizem máscaras caseiras como medida de prevenção ao novo Coronavírus.
Em meio a essas notícias, muitas pessoas ficaram em dúvida sobre a real eficácia das máscaras de proteção, uma vez que anteriormente seu uso não estava sendo incentivado pela OMS.
Continue lendo para saber mais sobre o assunto e como produzir uma máscara caseira!
O novo Coronavírus pode ser disseminado por meio de gotículas expelidas quando pessoas infectadas conversam, tossem ou espirram.
A máscara de proteção, seja caseira ou profissional, serve como uma barreira física, diminuindo a proliferação dessas gotículas.
Dessa forma, se a pessoa está infectada, ao expelir essas gotículas, em geral, elas ficarão presas à máscara.
Porém, o uso é importante não apenas para quem foi diagnosticado ou apresenta sintomas.
Muitas vezes, a pessoa está infectada e não apresenta sinais, sendo chamada de paciente assintomático(a). Caso a máscara de proteção não seja usada, pode transmitir o vírus mesmo sem saber.
Assim, o uso da máscara tem como objetivo não necessariamente impedir a recepção do vírus, mas sim de criar uma barreira de disseminação.
Por isso, é importante que o uso seja feito por todos(as), como medida de controle da transmissão.
Para exemplificar, quando duas pessoas estão próximas conversando, o risco de contaminação muda de acordo com quem está usando a máscara:
Apesar disso, vale ressaltar que a utilização da máscara não substitui outros cuidados de prevenção.
Seu uso só é eficaz quando é feito em conjunto com hábitos de higiene como lavar regularmente as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.
Com a disseminação da Covid-19, houve uma grande busca por máscaras de proteção em diversos estabelecimentos.
Isso provocou o esvaziamento do estoque do item em diversos comércios, causando um alerta para as autoridades de saúde.
Por isso, o Ministério da Saúde orientou que máscaras cirúrgicas descartáveis devem ser utilizadas apenas por profissionais de saúde e pessoas infectadas ou com suspeita de Coronavírus.
Além disso, incentivou que a população em geral faça uso de máscaras de tecido, produzidas em casa, que também são eficazes na proteção.
Essa é uma medida que tem como objetivo evitar a falta de máscaras para profissionais que estão na linha de frente no combate ao vírus.
Porém, existe de fato uma diferenciação na efetividade delas.
A máscara cirúrgica descartável tem um filtro de partículas, o que aumenta sua eficácia. Já a feita de pano, em geral, não tem esse mecanismo.
Testes realizados por pesquisadores chineses demonstraram que a eficácia das máscaras no bloqueio do vírus foi de:
Dessa forma, vale ressaltar que o tecido também auxilia na proteção contra o vírus, já que atua como uma barreira física entre as mucosas do rosto e gotículas exteriores.
Por isso, é importante seguir as recomendações dos órgãos de saúde e fazer o uso das máscaras de maneira adequada.
Existem diferentes maneiras de produzir uma máscara caseira. Apesar disso, o importante é que sejam seguidas recomendações como:
Vale ressaltar que caso as máscaras sejam feitas de tecido TNT, não devem ser reutilizadas, mas descartadas após cada uso. Se forem feitas de algodão, podem ser reutilizadas, desde que devidamente lavadas.
Uma das maneiras de fazer a máscara é seguindo os passos:
A máscara atua como uma barreira física ao vírus. Dessa forma, é extremamente importante que tenha no mínimo 2 camadas.
Pode ser utilizado qualquer tipo de tecido para a produção delas — desde que não causem danos ou alergias à pele.
Entretanto, são preferíveis os tecidos de algodão, evitando sintéticos como poliéster puro ou outros dessa classe.
Apesar do incentivo ao uso de máscaras, o Ministério da Saúde e a OMS alertam que seu manuseio deve ser feito de maneira correta, para que a eficácia esperada seja alcançada.
Tanto para máscaras de uso não profissional (de tecido) quanto de uso profissional, alguns cuidados devem ser tomados na colocação, retirada e descarte.
Alguns deles são:
Antes do manuseio para colocação da máscara, é importante que as mãos da pessoa estejam higienizadas com água e sabão ou álcool em gel 70%.
Vale sempre evitar o contato direto das mãos com a parte da frente da máscara, já que pode contaminá-la ou vice-versa.
É essencial que a máscara cubra toda a área da boca e do nariz e esteja rente ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
Para a colocação da máscara profissional cirúrgica, os passos são:
Já para a utilização da máscara caseira de tecido, os passos são semelhantes.
Para a colocação, é importante ter o mínimo de contato possível das mãos com a área de tecido. Dessa forma, vale segurar a máscara pelo elástico para a aplicação ao rosto.
Após o início do uso, caso tenha contato direto das mãos com a máscara, faça a higienização da pele com água e sabão ou álcool em gel 70% imediatamente.
Essa é uma proteção pois, durante o uso, a parte externa da máscara pode ser contaminada. Ao entrar em contato, há a possibilidade de transferência de germes para as mãos de quem a toca.
As máscaras compradas em farmácias, ou seja, cirúrgicas, não devem ser lavadas ou reutilizadas, mas sim, descartadas após cada uso.
Para descartar, é necessário primeiro retirar a máscara de maneira correta do rosto.
Os passos para retirada são:
No momento de remoção, é especialmente importante que não haja contato das mãos ou outras partes do corpo com a máscara utilizada.
Para o descarte correto, basta guardar a máscara em um saco de papel ou plástico e jogá-la em uma lixeira com tampa. É importante higienizar as mãos logo em seguida.
As máscaras de tecido podem ser reutilizadas, desde que higienizadas da maneira correta. Porém, após certo tempo de utilização, devem seguir o mesmo padrão para descarte.
De acordo com orientações passadas pelo Ministério da Saúde, as máscaras devem ser trocadas a cada 2 horas de uso, ou no momento em que estiverem úmidas ou molhadas.
É recomendado que cada pessoa tenha mais de uma máscara, para que seja realizada a troca.
Isso ocorre pois, quando a máscara está molhada, perde parte de seu potencial de proteção, logo, diminui sua eficácia.
Máscaras de tecido podem ser reutilizadas, desde que passem por uma lavagem adequada.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aconselha que ela seja lavada regularmente com água e sabão neutro e deixada de molho na água sanitária por um tempo entre 20 e 30 minutos.
Para deixar de molho, é recomendado fazer a diluição de 2 colheres de sopa de água sanitária em 1 litro de água.
Após o molho, é importante que o tecido seja enxaguado em água corrente, para que todos os resquícios do produto sejam removidos.
É recomendado deixá-la secar e, depois disso, passá-la com ferro quente.
As máscaras de tecido devem ser reutilizadas por, no máximo, 30 lavagens, sendo necessário inutilizá-las após isso.
Caso o tecido apresente danos antes desse tempo, é preciso substituir a máscara por uma nova.
Diversas ações têm sido feitas para a prevenção do novo Coronavírus e o uso de máscaras está entre elas.
Porém, é importante observar a maneira correta de manuseio do produto, para que promova a proteção esperada.
Além disso, apesar das máscaras serem aliadas no combate à pandemia, vale lembrar que seu uso não substitui o isolamento social ou cuidados de higienização das mãos!
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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