Provavelmente você já ouviu falar do iodo, mas sabia que ele é um elemento essencial para o corpo humano que, muito possivelmente, faz parte da sua ingestão diária.
Este nutriente é encontrado em quantidades variáveis nos alimentos e na água potável, sendo mais abundantemente presente em fontes como sal marinho, peixes de água salgada e frutos do mar.
O iodo desempenha um papel importantíssimo no funcionamento do organismo, participando ativamente na formação de hormônios e diversas outras atividades vitais.
Trata-se de um elemento químico representado pelo símbolo I, com número atômico 53 e massa atômica de 126,9 u, apresentando-se em estado sólido à temperatura ambiente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo não ingerem quantidades diárias suficientes do elemento para manter a saúde, principalmente na tireoide.
Para adultos, a recomendação geralmente é a ingestão mínima de 150mcg de iodo por dia. No entanto, durante a gestação e a amamentação, esse requisito diário aumenta, situando-se em torno de 250mcg.
Continue lendo o texto para entender mais sobre o tema!
Índice:
O iodo é um oligoelemento, também conhecido como microminerais, essenciais para o funcionamento do organismo, é obtido exclusivamente por meio da alimentação, uma vez que, assim como outros minerais, não é sintetizado pelo corpo humano.
Sua absorção ocorre predominantemente no trato gastrointestinal, principalmente no estômago e intestino delgado. Uma vez na corrente sanguínea, o iodo tem como destino principal a tireoide.
Posteriormente, é excretado pelos rins por meio da urina, além do leite materno, suor e as fezes.
A função essencial do iodo é na síntese dos hormônios produzidos pela tireoide (T4 e T3), que é uma glândula vital localizada na base frontal do pescoço.
Estes hormônios são fundamentais por conta dois aspectos: crescimento físico e neurológico, e a manutenção do fluxo normal de energia, especialmente no que concerne à regulação térmica do corpo.
Seu impacto também se estende a órgãos vitais como o coração, fígado, rins, ovários, entre outros, demonstrando a sua relevância para o funcionamento harmonioso de diversos sistemas do organismo.
Os hormônios tireoidianos influenciam diretamente no desenvolvimento físico, influenciando o crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso central. Além da regulação do metabolismo, influenciando a produção e o consumo de energia pelo corpo.
Assim como o coração, que depende da regulação hormonal para manter um ritmo cardíaco saudável. Da mesma forma, fígado e rins, envolvidos em processos metabólicos e de filtragem, são influenciados pelos hormônios tireoidianos.
Em mulheres, os ovários também estão sob a influência, atuando na regulação do ciclo menstrual e na fertilidade.
Os distúrbios por deficiência de iodo (DDI) é uma condição natural que ocorre em diversas regiões ao redor do mundo.
Suas causas podem variar desde o consumo de alimentos provenientes de solos empobrecidos em iodo, a utilização de sal não iodado na dieta e a baixa ingestão de alimentos naturalmente ricos nesse mineral.
Os sintomas da deficiência de iodo podem variar de acordo com a gravidade da deficiência. Sintomas leves incluem fadiga, ganho de peso, lentidão mental e problemas de concentração.
Já os sinais de sintomas graves podem incluir retardo mental, deficiência auditiva, problemas de crescimento e desenvolvimento e problemas de tireoide.
A privação de iodo pode acarretar graves consequências, especialmente em crianças em desenvolvimento. Algumas das consequências são:
O tratamento para a deficiência de iodo envolve a implementação de suplementação alimentar, buscando restabelecer os níveis adequados desse mineral no organismo.
Em casos de sintomas relacionados ao hipotireoidismo e baixa produção de hormônios da tireoide, a suplementação temporária desses hormônios também pode ser uma medida adotada para equilibrar o funcionamento do organismo.
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Os principais benefícios do iodo para a saúde incluem:
Além desses benefícios, o iodo também pode ajudar a:
As necessidades diárias do ingrediente variam de acordo com a idade e o sexo. Para adultos, a recomendação diária é de 150 microgramas. Para mulheres grávidas e lactantes, a recomendação é de 250 microgramas.
Em relação a outros grupos alimentares, como cereais, frutas e legumes, a presença do elemento depende da quantidade desse oligoelemento nos solos.
O teor de iodo nesses alimentos é influenciado, em grande medida, por práticas de produção, como o uso de desinfetantes iodados na indústria alimentar e o emprego de fertilizantes ricos em iodo na agricultura.
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O consumo excessivo de iodo é relativamente raro, geralmente associado ao uso de suplementos para tratar deficiências prolongadas desse oligoelemento.
Em algumas situações, acontece de pessoas ingerirem quantidades excessivas de iodo devido ao consumo elevado de frutos do mar e à utilização de água rica nesse mineral.
Normalmente, o excesso de iodo não afeta significativamente a função tireoidiana, mas em alguns casos, pode desencadear hiperatividade da tireóide, resultando na produção excessiva de hormônios tireoidianos, um quadro conhecido como hipertireoidismo.
Isso é particularmente observado em pessoas que anteriormente consumiam quantidades reduzidas de iodo.
Entretanto, em situações menos frequentes, o consumo excessivo de iodo pode levar à redução da produção de hormônios tireoidianos, resultando em hipotireoidismo e consequente aumento da tireóide, manifestando-se como um bócio.
Além disso, o iodo pode causar irritação no trato digestivo, manifestando-se em desconfortos gastrointestinais, e em alguns casos, pode resultar em uma erupção cutânea.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) endossa o uso de sal iodado como a principal estratégia global para prevenir a deficiência de iodo. O sal comum, por natureza, não contém iodo, sendo enriquecido com esse micronutriente por meio de adição.
O sal iodado como tempero nas refeições é uma prática recomendável, pois permite a ingestão adequada desse micronutriente, principalmente em mulheres em fase de pré conceção, grávidas e lactantes.
É importante lembrar que o uso de sal não implica em incentivar o aumento indiscriminado do consumo, mas sim de forma moderada, já que o sal iodado é seguro e não provoca efeitos adversos.
Recomenda-se a substituição do sal comum pelo iodado, respeitando as quantidades diárias recomendadas, as quais não devem exceder 5 g por dia.
Outro ponto é, sempre recomendável procurar um profissional, como um endocrinologista, que pode realizar exames para verificar os níveis de iodo no organismo e fornecer orientações personalizadas com base nas necessidades individuais.
Além de poder oferecer recomendações sobre a suplementação de iodo, caso seja necessária, ou aconselhar sobre a ingestão equilibrada de alimentos ricos nesse mineral.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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