O glioblastoma é uma forma altamente maligna de tumor primário que afeta o Sistema Nervoso Central, podendo atingir tanto o cérebro quanto a medula espinhal. Sua principal característica é sua alta invasividade, com um potencial significativo de infiltração nos tecidos cerebrais.
Este tipo de tumor é notório por sua rápida forma de crescimento e disseminação, frequentemente pressionando sobre as estruturas cerebrais conforme se desenvolve.
À medida que a doença avança, os sintomas podem se agravar, podendo levar o paciente a um estado de inconsciência e complicações graves se não for tratada prontamente.
Representando aproximadamente metade de todos os tumores primários cerebrais, o glioblastoma é uma condição que requer atendimento médico urgente.
No entanto, apesar dos desafios apresentados por essa doença, a pesquisa e o desenvolvimento de novas terapias estão em andamento na esperança de melhorar os resultados para os pacientes afetados pelo glioblastoma.
Acompanhe o artigo para entender melhor as causas, sintomas e muito mais sobre o tema!
Índice — Neste artigo você verá:
O glioblastoma é um tipo de tumor cerebral primário altamente maligno e frequentemente fatal. Em geral, os pacientes enfrentam um prognóstico extremamente difícil, com uma média de sobrevida inferior a dois anos após o diagnóstico. Afetando mais homens e sua incidência tende a aumentar com a idade.
Seu tratamento padrão para as pessoas recém-diagnosticadas geralmente começa com cirurgia para remover o tumor, seguida de radioterapia concomitante com a administração de temozolomida. Posteriormente no tratamento, podem receber temozolomida, um medicamento para tentar conter o crescimento do tumor.
O tumor geralmente se forma nos hemisférios cerebrais, que são as maiores partes do cérebro e responsáveis por funções como movimento, pensamento e percepção sensorial. Essa preferência pela localização pode ser devido à sua estrutura e atividade neuronal.
Além disso, o glioblastoma pode se espalhar para outras áreas do cérebro e até mesmo para a medula espinhal.
Isso pode ocorrer através de diferentes vias, como os vasos sanguíneos, tratos cerebrais que conectam diferentes regiões do cérebro, e a disseminação subpial, que é quando as células tumorais se infiltram na camada mais superficial do cérebro, chamada de pia-máter.
A origem do glioblastoma surge das células chamadas astrócitos, que são um tipo de célula encontrada no sistema nervoso central. Os astrócitos são fundamentais no fornecimento de suporte e nutrientes aos neurônios.
Portanto, quando essas células se transformam em células cancerígenas, isso interrompe o equilíbrio cerebral, resultando em um crescimento tumoral descontrolado. Essa perturbação no equilíbrio celular é uma característica fundamental do glioblastoma e contribui para sua gravidade e dificuldade de tratamento.
Muitas vezes crescendo e ocupando uma parte substancial do volume do tecido nervoso. Embora possam ocorrer em qualquer idade, o glioblastoma é mais comum em adultos entre 50 e 70 anos de idade.
Além de toda a sua gravidade, a doença possui sintomas variados, dependendo da sua localização dentro do cérebro. Por exemplo, se o tumor se desenvolver em uma região responsável pelo controle dos movimentos do braço, é provável que a força muscular nesse membro seja comprometida.
Da mesma forma, se o glioblastoma afetar uma área crítica para a linguagem, como o centro da fala, isso pode resultar em dificuldades na comunicação verbal.
Essa variedade de sinais muitas vezes é o que dificulta o diagnóstico, já que eles podem ser facilmente confundidos com outros problemas de saúde.
O tumor pode apresentar diferentes graus e variações, resultando em uma variedade de sintomas que exigem abordagens terapêuticas específicas para cada caso. As várias formas de glioblastoma podem ser diferenciadas:
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A exposição à radiação ionizante é considerada o fator de risco mais significativo. Pessoas que foram submetidas a tratamentos de radiação, como aqueles usados para tratar outros tipos de câncer ou para procedimentos médicos, têm um risco aumentado de desenvolver o glioblastoma.
Além disso, embora em menor escala, pode ser associado a:
Os sintomas associados ao glioblastoma podem variar dependendo do estágio da doença e da área do cérebro afetada pelo tumor. Conforme o tumor cresce e ocupa espaço dentro do cérebro, aumenta a pressão intracraniana, resultando em uma série de manifestações clínicas.
Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
Esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições neurológicas, como de um AVC, por exemplo, o que torna essencial um diagnóstico.
O tratamento voltado ao glioblastoma envolve diversos cuidados multidisciplinares e delicados, considerando a agressividade do tumor e sua localização. A principal estratégia terapêutica inclui a combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia, tanto para a remoção do tumor quanto para prevenir sua reincidência.
A cirurgia é frequentemente recomendada como a primeira linha de tratamento, embora exista uma rápida taxa de crescimento do glioblastoma e uma dificuldade de acesso em certas áreas do cérebro.
Já que a retirada parcial do tumor, muitas vezes, não é suficiente para impedir sua recorrência, exigindo intervenções complementares, como a quimioterapia, que pode ser administrada oralmente ou por meio de infusões intravenosas.
A radioterapia, por sua vez, utiliza radiação para destruir as células cancerígenas, reduzindo o tamanho do tumor e ajudando no alívio dos sintomas.
Dependendo do caso, são prescritos medicamentos para reduzir o edema cerebral, controlar crises convulsivas e fornecer cuidados clínicos de suporte paliativo. Tudo em busca de melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada pela doença.
Após a conclusão do tratamento inicial, o paciente continua sendo acompanhado de perto por uma equipe médica, realizando exames de imagem periódicos e consultas regulares. Esses exames podem incluir tomografia computadorizada e ressonância magnética.
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Atualmente não existe uma cura conhecida para a glioblastoma. A complexidade da doença está em sua agressividade e na dificuldade de acesso a certas áreas do cérebro onde o tumor está localizado.
Por esse motivo, em muitos casos, a cirurgia não é completa, deixando células tumorais remanescentes que podem continuar a se proliferar e causar o seu reaparecimento. Além disso, mesmo quando a cirurgia é bem-sucedida na remoção do tumor visível, as células cancerígenas podem permanecer nas proximidades, dificultando a erradicação completa da doença.
Os tratamentos de hoje ajudam a controlar o crescimento do tumor, aliviar os sintomas associados e proporcionar conforto ao paciente.
O glioblastoma multiforme (GBM) é uma das formas mais perigosas e agressivas de tumor cerebral. Seu crescimento é rápido e de natureza altamente invasiva.
Causando uma rápida infiltração no tecido cerebral tornando difícil a remoção completa do tumor, e os pacientes frequentemente necessitam de tratamentos agressivos para controlar a doença.
A expectativa de vida para pacientes com GBM é geralmente limitada, com uma média de sobrevida de 1 a 2 anos após o diagnóstico. No entanto, em casos raros, alguns pacientes conseguiram sobreviver por até 5 anos ou mais com a doença.
Pesquisas continuam sendo realizadas em busca de novas formas de tratamento e biomarcadores que possam ajudar a identificar pacientes que possam se beneficiar de cuidados específicos.
Enquanto isso, os cuidados para esse tipo de tumor continua sendo multidisciplinar e envolvendo uma equipe de profissionais de saúde para conseguir dar todo o apoio e cuidados aos pacientes e suas famílias.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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