Saúde

Estresse pós-traumático: o que causa e quais os sintomas?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 29/11/2022Última atualização: 29/11/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 29/11/2022Última atualização: 29/11/2022
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estresse pós-traumático (CID F431), também conhecido como TEPT, é um transtorno do tipo ansioso que pode afetar pessoas que tiveram algum tipo de exposição a eventos traumáticos.

Esses eventos podem ter diferentes naturezas e, muitas vezes, interferem de maneira agressiva no dia a dia. Um exemplo de evento que pode causar o transtorno pós-traumático são as situações de quase morte ou presenciar acidentes de trânsito. 

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 2 milhões de pessoas só no Brasil. 

Além disso, o transtorno pode afetar pessoas de diferentes idades. Contudo, estudos apontam que as mulheres têm o dobro dos diagnósticos se comparadas aos homens.

Para mais informações sobre o estresse pós-traumático, sintomas e possíveis encaminhamentos psicológicos e psiquiátricos para o tratamento desses transtornos, continue acompanhando o artigo! 

Índice - Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa estresse pós-traumático?
  2. Sintomas de estresse pós-traumático
  3. Quanto tempo dura o estresse pós-traumático?
  4. Diagnóstico
  5. Tratamento para estresse pós-traumático
  6. Estresse pós-traumático tem cura?
  7. Lidando com o estresse pós-traumático

O que causa estresse pós-traumático?

As principais causas do estresse pós-traumático (TEPT) são aquelas que envolvem pessoas com vivência ou o testemunho de situações que ameacem a vida, e violência física. O evento pode acontecer apenas uma vez ou em série.

Entre algumas dessas vivências traumáticas estão sequestros, assaltos, agressões e abusos. Além disso, falecimentos e acidentes também podem impactar negativamente o (a) paciente.

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Sintomas de estresse pós-traumático

Após vivenciar algumas situações traumáticas, é comum que ocorram abalos emocionais nas quatro primeiras semanas. No entanto, a condição pode gerar sintomas prolongados em cerca de 5 a 10% das pessoas em meses ou, até mesmo, anos após o evento responsável pelo trauma. 

Entre os sintomas mais comuns da condição estão:

Lembranças repetitivas 

As lembranças repetitivas acontecem quando o (a) paciente relembra de forma involunta o episódio que resultou no trauma. Essas lembranças podem reaparecer em pesadelos, em momentos de flashback do dia do ocorrido ou a qualquer momento.

Reações Físicas

Durante os flashback involuntários, é possível que o (a) paciente manifeste sintomas como sudorese (suor excessivo), tremores e náuseas.

Afastamento 

Evitar lugares, situações ou se encontrar com pessoas são sinais claros de afastamento e de TEPT.

Amnésia

A amnésia, ou seja, a perda de memória, pode ocorrer em alguns (as) pacientes como uma forma de defesa psíquica.

Excitação intensa

Emoções aceleradas, que afetam o sono e a concentração, são comuns. A excitação também pode causar episódios de explosão, raiva, estado de alerta constante, reação de fuga e crises de pânico.

Emoções negativas sobre si mesmo

É possível que o (a) paciente sinta-se culpado (a) ou envergonhado (a) com o que ocorreu, se autodeprecie e acredite que não merece estar junto do convívio de outras pessoas.  

Portanto, esses sintomas acabam influenciando no dia dia e fazendo com que atividades simples, como trabalhar e ir ao mercado, se tornem grandes desafios. 

Leia tambémTranstorno de ansiedade: tem cura? Veja remédios e terapias

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Quanto tempo dura o estresse pós-traumático?

Os sintomas associados ao estresse pós-traumático podem durar de 1 a 6 meses em casos agudos, e de 6 meses até anos após o ocorrido em casos crônicos.  Além disso, a persistência desses sintomas pode perdurar até que ocorra uma intervenção médica, psicológica ou psiquiátrica. 

Diagnóstico

O diagnóstico de estresse pós-traumático deve ser realizado por um (a) médico (a) psicoterapeuta que aplica critérios específicos em pessoas que tiveram exposição direta ou não a eventos traumáticos. Alguns dos sintomas e avaliações devem ser colocados em consideração, como:

  • A ocorrência de evento traumático em 1 mês ou mais; 
  • Angústia que pode prejudicar as atividades da rotina;
  • Tem ao menos um dos sintomas nas categorias mencionadas na seção de sintomas (lembranças repetitivas, reações físicas, afastamento, excitação intenção e emoções negativas sobre si);
  • Origem dos sintomas, se são de origem farmacológica ou estão ligados a outros tipos de transtornos.

A avaliação do transtorno de estresse pós-traumático é complexo, o que reduz a frequência do diagnóstico. Fatores como ingestão de algumas substâncias, diagnóstico prévio de outros transtornos e dificuldade por parte do (a) paciente em mencionar o evento traumático influenciam e dificultam um diagnóstico mais preciso. 

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Tratamento para estresse pós-traumático

Após o diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático pelo (a) psiquiatra, o tratamento terá foco no controle do sentimento de medo e angústia. Além disso, (a) médico (a) fará sugestões de abordagem para o tratamento, sendo as mais comuns e que se complementam são a psicoterapia e a medicação. 

Portanto, o objetivo principal do tratamento é melhorar a comunicação e sociabilidade, ajudar no tratamento de doenças que podem ter evoluído após o estresse pós-traumático, como crises de pânico, ansiedade, fobia socialdepressão ou transtornos compulsivos, e também ajudar a ambientar as emoções para reduzir os efeitos negativos.

A seguir, você confere algumas das abordagens mais comuns no tratamento da condição:

Psicoterapia

A psicoterapia pode focar em diferentes abordagens. Uma das mais utilizadas para o estresse pós-traumático é a comportamental e a cognitivo-comportamental.

No tratamento, o foco é criar um ambiente confortável para que o (a) paciente de TEPT possa falar sobre o acontecido e, consequentemente, reduzir os sintomas. Além disso, a psicoterapia pode ajudar na criação de novas estratégias para a melhora do convívio com familiares, amigos e colegas. 

Farmacoterapia

Alguns medicamentos podem ser usados para a redução dos sintomas, como é o caso dos antidepressivos ou ansiolíticos. 

Vale lembrar que a automedicação pode trazer riscos à saúde e piorar o caso de estresse pós-traumático, portanto, nunca faça uso de medicamentos sem o conhecimento do (a) seu (a) médico (a). 

Também é importante ressaltar o risco de interromper o tratamento medicamentoso sem conversar com seu (a)  psiquiatra, pois isso pode causar grandes desequilíbrios emocionais no tratamento.

Leia também: Psicofármacos: o que são, quais são e como agem

Estresse pós-traumático tem cura?

O diagnóstico do estresse pós-traumático e de possíveis transtornos que podem acarretar é um primeiro passo para a jornada de cura da doença. Esse processo de tratamento terapêutico e/ou farmacológico, que deve ser feito em acompanhamento com profissionais da saúde, ajudam na redução gradativa dos sintomas.

Dessa forma os sintomas e situações que acarretam as crises vão diminuindo. Fazendo com que esse tempo tratamento com medicamento e sessões terapêuticas seja o processo de cura em si.

Lidando com o estresse pós-traumático

Com o diagnóstico e o processo de tratamento de transtorno de estresse pós-traumático, é possível criar alguns hábitos que ajudam a lidar com os sintomas. Confira algumas dicas a seguir de hábitos que podem ser incorporado a sua rotina:

  • Buscar um (a) especialista é indispensável para o tratamento do estresse pós-traumático, portanto, faça visitas regulares ao profissional que te transmita confiança e auxilie no processo;
  • Tenha tempo para praticar atividades relaxantes, como meditação, e foque na respiração durante alguns minutos para ajudar na concentração e perceber o seu estado de espírito;
  • Realize atividades físicas para gerar novas experiências, além de trazer sensações confortáveis. Uma forma de colocar em prática a superar desafios que trazem satisfação;
  • Caso se sinta confortável, conte aos amigos e familiares de confiança quais são os gatilhos que podem te afetar, assim é possível ficar mais próximo das pessoas que você gosta;
  • Tenha paciência com você mesmo! Os sintomas podem diminuir gradualmente, mas isso não quer dizer que o tratamento não está dando certo, e sim que eles não vão desaparecer imediatamente. 

Caso esteja desconfiado(a) de que está sofrendo estresse pós-traumático, busque ajuda de um (a) psiquiatra. Esse profissional vai te ajudar a descobrir o que está acontecendo e fará o diagnóstico e tratamento adequado para o seu caso.


O estresse pós-traumático é um transtorno ansioso que ocorre após a exposição a eventos traumáticos violentos. Portanto, é importante se informar sobre para indicar ou buscar a ajuda de um (a) psiquiatra especialista para fazer o diagnóstico e indicar tratamento. 

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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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