A discalculia (CID F81.2) corresponde a um padrão na falha do processamento de informações numéricas, aprendizagem aritmética e realização de cálculos.
A condição, identificada e estudada a partir de 1974 por Ladislav Kosc, é atualmente caracterizada como um transtorno específico de aprendizagem no Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-V).
Esse transtorno acomete cerca de 5 a 15% das crianças durante o processo educacional. Já nos adultos não há pesquisas que indiquem precisamente o percentual, contudo, os achados até então se aproximam de 4%.
Para saber mais sobre discalculia, causas, tipos, sintomas e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
As causas da discalculia podem ser subdivididas conforme as condições desencadeadoras, como fatores ambientais, genéticos e fisiológicos e os modificadores do curso. Acompanhe um pouco mais sobre cada um logo abaixo:
Crianças com histórico de prematuridade, com baixo peso que sofreram com a exposição precoce à nicotina têm o risco de desenvolverem transtornos de aprendizagem.
A genética é impactante para o desenvolvimento de transtornos específicos de aprendizagem, como na leitura, matemática e escrita. O risco é aumentado entre 5 a 10 vezes maior ao ter parentes de primeiro grau com dificuldades de aprendizagem.
É notória a possibilidade que um gene herdado de um parente de primeiro grau com dificuldade de aprendizagem, se manifeste em diversas condições de aprendizagem específicas na criança.
Problemas de atenção, como o TDAH, diagnosticados durante o período pré-escolar, poderão ser agentes desencadeadores de transtornos específicos de aprendizagem, não se limitando somente à discalculia.
Além disso, crianças que tenham diagnóstico de transtorno de atenção com hiperatividade, poderão ter piora na saúde mental. Portanto, com base nisso, é importante que haja acompanhamento profissional para ambas as condições.
Por fim, é importante frisar que a discalculia não é causada por lesões cerebrais.
É subdividida conforme a dificuldade apresentada pelo(a) aluno(a) na aprendizagem da matemática, e há especificadores de gravidade dessa condição, definidas pelo(a) médico(a). Sendo elas:
A criança tem dificuldade em nomear a quantidade, números, termos e símbolos matemáticos.
Possui dificuldade em nomear símbolos matemáticos, sejam números, sinais ou equações.
Tem dificuldade com a escrita dos símbolos, como adição, subtração e outros tipos de símbolos que lhe sejam apresentados, até mesmo numerais.
Se refere à dificuldade na realização mental de contas e compreensão dos conceitos empregados a ela ou outras expressões matemáticas.
É caracterizada pela dificuldade de executar operações e cálculos.
Há a dificuldade no processo de enumeração, comparação, manipulação de objetos reais ou em imagens.
Os principais sinais e sintomas expressos por uma criança com discalculia são:
Atenção!
A identificação desses sintomas não descarta a avaliação de um profissional capacitado.
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O diagnóstico se inicia com a percepção da família e da escola diante da dificuldade expressa pela criança.
O(a) neurologista infantil fará a avaliação dos sintomas apresentados, poderá solicitar exames de imagem, audição, visão, de saúde em geral e uma avaliação neurocognitiva para serem descartadas outras condições que dificultaria o processo de aprendizagem.
Com base nisso, uma avaliação realizada por um neuropsicólogo influenciará nesse processo diagnóstico por meio de uma bateria de testes e escalas, onde será feito o levantamento das potencialidades e déficits apresentados pela criança. Feito isso, o(a) profissional irá elaborar um laudo para o(a) médico(a) neurologista para então se chegar ao diagnóstico.
A discalculia não tem cura. Porém, existe a possibilidade de adoção de métodos de aprendizagem que ajudem a desenvolver a aquisição dos domínios matemáticos.
Os tratamentos para essa condição são multiprofissionais, envolvem desde neurologistas, psicólogos, pedagogos e psicopedagogos.
A partir disso, serão adotadas atividades e rotina de estudos que aproximam a criança do entendimento da matemática por recursos lúdicos, como desenhos, histórias, músicas e, até mesmo, objetos que façam com que a criança aprenda o significado dos números e consiga desenvolver operações matemáticas.
Em casos que a criança tenha outras condições, como TDAH, o(a) médico(a) neurologista poderá prescrever medicações para controle de sintomas que dificultam a aprendizagem.
Outro fator que influencia no tratamento é a proximidade entre médicos(as), psicólogos(as) e psicopedagogos(as) com a escola, pois, criar uma rotina fora da escola e não ser aplicada dentro torna o trabalho incompleto e ineficaz para serem obtidos bons resultados.
A discalculia é caracterizada pela dificuldade no processo de aprendizagem de aritmética, operações numéricas, entendimento conceitual e realização de cálculos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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