A demência frontotemporal (DFT) é uma alteração progressiva e degenerativa do cérebro que acomete o lobo frontal e temporal (parte da frente e lateral). Essa condição envolve três síndromes, denominadas como demência do lobo frontal, afasia e demência semântica (perda da capacidade de compreender palavras).
Sua prevalência é de 8 a 17% em pacientes com menos de 70 anos, o que a torna a segunda doença degenerativa mais comum, ficando atrás apenas da doença de Alzheimer.
O curso da condição demanda que a família, cuidadores(as) e médicos(as) responsáveis proporcionem ao paciente conforto e bem-estar, pois se trata de uma doença que causa prejuízos irreversíveis.
Para saber mais sobre demência frontotemporal, o que causa, sintomas, diagnóstico e tratamento, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
Não há uma causa específica, mas alguns pacientes apresentam alteração na quantidade de células no cérebro, assim como excesso de uma proteína chama tau.
Acredita-se que essa proteína barra a comunicação entre as células, ocasionando a morte delas e, como consequência, há a diminuição no tamanho de algumas áreas do cérebro, preenchido por um líquido conforme o avanço da doença.
Ainda não há como afirmar se a doença é hereditária, ou seja, se passa de geração para geração. Contudo, cerca de 10 a 20% de pacientes com essa condição tiveram familiares acometidos por doenças similares.
Diferente da doença de Alzheimer, a demência frontotemporal não acomete a memória. Abaixo, você confere os sinais e sintomas desse tipo de demência:
Os(as) pacientes diagnosticados(as) com essa condição não apresentam apenas um sintoma. Com base nisso, foram desenvolvidos três subgrupos de classificação:
Leia mais: Demência: saiba quais os sintomas, tratamentos e como lidar
As principais diferenças entre a Doença de Alzheimer (DA) e a DFT são os primeiros sinais que o(a) paciente apresenta:
Doença de Alzheimer | Demência frontotemporal |
Perda da memória | Alteração na fala |
Dificuldade no raciocínio | Comportamento impulsivo |
Dificuldade na orientação espacial | Aumento da distração |
Ocorre no lobo parietal e temporal | Parkinsonismo |
Ocorre mais expressivamente no lobo frontal e temporal |
Contudo, para um diagnóstico mais preciso, é necessário realizar a tomografia por emissão de pósitrons para diferenciá-las.
Para iniciar o diagnóstico, o(a) médico(a) fará avaliação e considerará a história de saúde do paciente, sintomas apresentados e exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
Portanto, para fechar o diagnóstico, são considerados os seguintes passos:
Com os exames de imagem, é possível evidenciar quais são as partes do cérebro afetadas. Contudo, pode ocorrer de os exames de imagem não detectarem as alterações causadas por essa doença.
Diante desse processo, o(a) médico(a) poderá solicitar uma avaliação neuropsicológica, que se baseia na junção de história de vida do paciente com uma bateria de testes que determinam os déficits e habilidades preservadas. A partir disso, o(a) médico(a) e demais envolvidos estabelecem um plano de ação para o tratamento.
Não. De maneira geral, doenças demenciais e degenerativas não tem cura, pois são progressivas e irreversíveis, ou seja, se agravam com o tempo.
O tratamento para essa condição tem apenas o intuito de controle dos sintomas apresentados e fortalecimento das medidas de segurança que proporcionem qualidade de vida para o(a) paciente.
Para alguns sintomas, como delírios, são adotadas medicações antipsicóticas. Porém, a prescrição irá depender do caso e da gravidade dos sintomas.
A convivência com essa condição exige um ambiente onde o(a) paciente se sinta seguro(a) e, para isso, algumas medidas precisam ser adotadas, como boa iluminação do ambiente, para o(a) paciente consiga transitar entre dia e noite.
Além disso, adotar uma rotina de atividades é muito importante para a memória ser exercitada. O incentivo de atividades físicas e prazerosas auxiliam no cotidiano, mas com a progressão da condição, tais exercícios precisarão ser simplificados.
Portanto, tais medidas auxiliam na independência e autonomia dessas pessoas.
Conforme os sintomas se agravem, a família ou cuidador deverá direcionar o tratamento e adoção de atividades que deem conforto ao paciente ao invés de tentar prolongar a vida.
A demência frontotemporal é caracterizada por uma condição progressiva e irreversível, e seu principal sintoma é caracterizado por dificuldade na fala.
Se você ou alguém que você conhece apresenta algum desses sintomas, procure ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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