Diversas substâncias químicas têm ganhado destaque e se popularizado com as análises de cosméticos que tomaram conta da internet nos últimos anos. Entre os mais comuns está o ácido salicílico, uma substância geralmente encontrada em produtos anti-acne. Mas como ele age na pele? É a mesma coisa que aspirina?
Com diversas vantagens, como o baixo custo e ação anti-inflamatória, o ácido salicílico pode ser encontrado em sabonetes, cremes, produtos para peeling e até mesmo lenços demaquilantes. Continue lendo o artigo para saber mais sobre o uso tópico desse princípio ativo, como ele age na sua pele, contraindicações e mais!
Índice — Neste, artigo, você irá encontrar:
Em sua forma pura, o ácido salicílico é um pó branco e de odor neutro, mas essa não é sua apresentação mais comercializada. Geralmente, pode ser encontrado nos cosméticos em concentrações que variam de acordo com sua indicação.
Embora tenha um uso mais limitado se comparado a outras substâncias, este ácido é conhecido por seu efeito como agente queratolítico. Isso significa que ele consegue dissolver a pele morta, efeito do peeling (esfoliação química), permitindo uma melhor penetração e absorção de outros agentes cosméticos tópicos.
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Indicado para o tratamento de danos leves na pele, discromias (alterações na pigmentação da pele) e acne, o ácido salicílico tem outros efeitos além do queratolítico, que ajuda na remoção de manchas e cicatrizes superficiais.
Conhecido também por seu efeito comedolítico, pode reduzir a produção de sebo e os poros, tratando e evitando a formação de cravos. Essa ação é o que faz do ácido salicílico um elemento comum em produtos anti-acne.
Ao mesmo tempo que promove uma esfoliação, pesquisas demonstraram que a substância promove a regeneração celular e a recuperação da pele, potencializando o efeito das enzimas, principalmente aquelas encontradas nos cosméticos de uso tópico.
Esses três ácidos, apesar das diferenças químicas por serem substâncias distintas, têm em comum a eficácia no tratamento da acne. Diversos elementos são utilizados no peeling químico, mas algumas pesquisas apontam os ácidos glicólico, mandélico e salicílico como os mais eficazes no tratamento de peles acneicas.
Extraído da cana de açúcar, o ácido glicólico estimula a produção de colágeno, além de promover melhorias na textura da pele, diminuindo poros e inflamações cutâneas. Já o mandélico é considerado excelente nos tratamentos em que se faz necessário um maior controle da oleosidade.
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Cada produto tem seu próprio modo de uso: um gel de limpeza facial com ácido salicílico terá uma aplicação bastante diferente do produto desenvolvido para peeling, por exemplo.
Por isso, sempre leia atentamente as instruções do fabricante e, em caso de dúvidas, converse com um(a) dermatologista ou outro profissional especializado em procedimentos estéticos.
Dito isso, podemos falar sobre o uso esfoliante do ácido salicílico, que demanda mais cuidado para não causar lesões cutâneas.
A indicação é que o produto seja aplicado na pele, deixando agir por um período de 3 a no máximo 5 minutos. Embora o ácido consiga se autoneutralizar nesse período, recomenda-se remover o cosmético com o auxílio de água corrente.
É normal a sensação moderada de queimação após a aplicação, efeito que pode ser aliviado com o auxílio de um ventilador e que deve amenizar por volta de 1 minuto após a aplicação, quando o ácido começa a desenvolver uma leve ação anestésica. Em peles mais sensíveis, a sensação pode ser mais intensa e duradoura.
O efeito de descamação da pele, típico dos processos de peeling, deve ser notado de 2 a 3 dias após a aplicação, podendo durar uma semana.
Tome cuidado com os sintomas e, caso note que algo não está normal, procure um(a) dermatologista para avaliar a saúde da pele. Antes de utilizar pela primeira vez, lembre-se de fazer o teste em uma pequena área da pele.
O peeling com ácido salicílico pode causar os seguintes efeitos adversos:
Esses sintomas são considerados comuns e costumam desaparecer em pouco tempo. Contudo, o consumo de água auxilia na prevenção ou diminuição desses sintomas indesejáveis.
Depende. Alguns produtos podem ser incorporados à rotina de skincare, como sabonetes de uso diário para peles oleosas, por exemplo.
No entanto, cosméticos como o sérum para peeling devem ser utilizados de acordo com indicações de um(a) especialista ou do fabricante. Lembre-se que esse tipo de procedimento destrói as camadas mais externas da pele, de modo que o uso diário poderia causar danos dermatológicos a curto e longo prazo.
O uso de produtos com ácido salicílico é contraindicado para pessoas sensíveis à substância, assim como as alérgicas a ácido acetilsalicílico (popularmente conhecido como “aspirina”), principalmente devido aos riscos de salicilismo, que é a intoxicação com esses princípios ativos. O uso também é contraindicado para gestantes.
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O ácido salicílico é amplamente empregado em tratamentos dermatológicos pela sua dupla função esfoliante e de controle da oleosidade. Outros benefícios, como a ação anti-inflamatória, tornaram a substância comum em cosméticos voltados para o controle da acne.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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