Se você é tutor(a) de um gatinho, provavelmente já deve ter ouvido sobre a Leucemia Viral Felina, também conhecida como FeLV. Caso você ainda não tenha, mas esteja pensando em adotar um, é importante se atentar sobre essa doença.
Infelizmente, a FeLV é a condição que mais causa mortes de felinos no Brasil, pois se trata de uma doença grave e contagiosa que acomete o sistema imune e que, quando identificada tarde demais ou não tratada, pode levar o animal ao óbito.
Contudo, felizmente, a FeLV pode ser prevenida e quando diagnosticada precocemente, o animal pode seguir com sua vida normalmente.
Portanto, como o diagnóstico precoce impacta diretamente no prognóstico, é muito importante reconhecer os sintomas da doença e procurar ajuda de um(a) veterinário(a) caso desconfie que o seu gatinho não está bem.
Continue acompanhando o artigo para saber mais sobre essa doença, seus principais sintomas, como ocorre a transmissão e como prevenir!
Índice - Neste artigo, você encontrará:
FeLV, do inglês Feline Leukemia Virus, é uma condição exclusiva dos felinos e que acomete o sistema imune, deixando o animal mais suscetível a outras doenças.
A condição pode ter sintomatologia parecida com a leucemia humana, mas diferente dela, a que acomete os felinos é transmissível entre eles.
Entre suas principais complicações estão linfomas, que também podem levar ao desenvolvimento de doenças degenerativas, como a anemia e a imunossupressão.
Como falamos anteriormente, trata-se de uma doença grave e considerada a doença a que mais causa óbito entre os gatos.
A Leucemia Viral Felina é causada pelo Vírus da Leucemia Felina, um retrovírus que infecta apenas felinos e que está presente em todo o mundo. Ao infectar o felino, esse retrovírus se aloja na sua medula óssea, fazendo com que células normais se transformem em células cancerígenas, impedindo assim a produção de hemácias e prejudicando, consequentemente, o sistema imune do pet.
Apesar da sua presença em todo mundo e sua capacidade alta de contágio, felizmente esse vírus não tem capacidade de se manter viável no meio ambiente e pode ser eliminado com facilidade por meio do uso de detergentes comuns.
A Leucemia Viral Felina pode ser contraída por qualquer felino, independente da sua idade, gênero ou estilo de vida. Porém, os seguintes grupos têm mais chances de desenvolver a doença:
O vírus da Leucemia Felina está presente em fluidos corporais de animais contaminados. Dessa forma, essa doença pode ser transmitida de um animal para ao outro por meio do contato com urina, saliva, fezes e secreções nasais ou oculares.
Além disso, as fêmeas também podem transmitir para os seus filhotes por via transplacentária, durante o parto ou através da amamentação. Outra forma menos comum de contrair a FeLV é por transfusões de sangue.
A Leucemia Viral Felina pode se manifestar de forma regressiva, progressiva, latente e abortiva. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada uma delas:
Também conhecida como viremia transitória, a forma regressiva da doença ocorre quando, apesar de o animal testar positivo para a FeLV, o sistema imune consegue combater a doença de forma natural.
Além disso, o organismo consegue produzir anticorpos contra o vírus, permitindo que o animal elimine a doença ainda na sua fase inicial e tenha uma vida normal, apesar de ser portador do vírus.
Por fim, nessa fase, o PCR consegue detectar a presença do vírus apesar do estado de saúde estar bom.
Na forma progressiva, também conhecida como viremia persistente, o organismo não consegue eliminar a doença naturalmente e ela evolui rapidamente, fazendo com que o animal manifeste sintomas graves. A chance de transmissão, nesse caso, é muito mais alta.
Na forma latente, o animal é portador do vírus, mas exames, como o ELISA, não conseguem detectar o vírus. Isso ocorre, pois, o vírus sai da corrente sanguínea e se aloja na medula óssea.
Nesse caso, o felino pode até apresentar alguns sintomas, mas é incapaz de transmitir a doença.
Na forma abortiva, além de ser competente a ponto de produzir anticorpos capazes de combater a doença, o sistema imune também consegue impedir que o vírus se multiplique.
A doença pode se manifestar de diferentes formas, podendo causar sintomas mais ou menos específicos ou até mesmo não apresentar nenhum, dificultando um pouco a realização do diagnóstico precoce. Isso acontece porque o(a) tutor(a) pode não relacionar os sintomas apresentados com a suspeita de FeLV, demorando para procurar ajuda.
Por isso, a seguir, você confere a lista dos sintomas mais comuns da condição:
Caso observe qualquer uma dessas alterações ou que o seu gatinho está constantemente doente, procure a ajuda de um(a) veterinário(a) da sua confiança para que o animal seja devidamente avaliado, diagnosticado e tratado.
Além disso, é importante lembrar que alguns animais podem viver anos sem apresentar sintomas, por isso, sempre que cogitar adotar um novo animal é importante testá-lo para FeLV, principalmente se você já tiver outros gatinhos.
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O diagnóstico da FeLV só pode ser feito por veterinários(as), pois apenas esses profissionais têm conhecimento suficiente para avaliar as queixas do(a) tutor(a), o estado de saúde do animal, se há a necessidade de realizar exames e de interpretar os resultados de forma correta.
Durante a consulta, o(a) veterinário(a) irá relacionar as queixas do(a) tutor(a) com o estado de saúde do animal, fazer perguntas relevantes para o diagnóstico e requerer exames que permitam a detecção do vírus, como é o caso do ELISA ou o PCR.
Lembrando que, dependendo da forma de manifestação, alguns exames podem acabar dando negativo. Portanto, diante do resultado do exame, o(a) profissional pode requerer a realização de outros exames complementares a fim de fechar o diagnóstico.
Além disso, caso você tenha mais de um gatinho e um deles teste positivo para FeLV, é importante testar os outros animais.
É importante ter em mente que a Leucemia Viral Felina ainda não tem cura, mas pode sim ser tratada, minimizando assim os impactos dessa doença na saúde do animal.
O tratamento depende muito dos sintomas apresentados e de quão avançada a doença está. Geralmente, ele é feito por meio do uso de medicamentos antivirais e imunomoduladores. Contudo, caso o animal esteja com um quadro mais avançado ou apresentando doenças secundárias, o(a) veterinário(a) pode prescrever antibióticos, antifúngicos e anti-inflamatórios.
É muito importante evitar a transmissão da doença, logo, evite que o seu gatinho que tem FeLV tenha contato direto ou compartilhe objetos com outros . Ou seja, o felino diagnosticado não deve sair de casa ou ter contato com os outros que moram com ele.
Por fim, é importante salientar que, apesar de haver tratamento e melhora, o vírus continua ativo no organismo. Por isso, mesmo que o animal consiga viver bem com o vírus, ele ainda precisa de acompanhamento médico e evitar o contato com outros gatinhos.
Infelizmente a Leucemia Viral Felina não tem cura. Porém, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, o animal pode conviver bem com o vírus e seguir com a sua vida.
Além do tratamento após a confirmação do diagnóstico da doença, é preciso ter alguns cuidados como:
Felizmente a Leucemia Viral Felina pode ser prevenida por meio da vacinação e de outros cuidados diários e muito simples.
Evitar que seu gatinho tenha acesso à rua e impedir o compartilhamento de objetos com pets desconhecidos são medidas super importantes.
Além disso, sempre que for introduzir um novo felino no seu lar, realize a testagem para se certificar de que ele não está com a doença e para evitar a transmissão para os outros pets da casa.
Outro ponto importante é oferecer uma alimentação balanceada, de qualidade e completa para que seu pet tenha sua imunidade preservada.
Manter brincadeiras, exercícios e a higiene do animal, dos seus objetos e do seu ambiente também são importantes.
Por fim, mas não menos importante, mantenha a vacinação, vermifugação e controle de ectoparasitas do seu animal em dia, além de deixar as consultas em dia.
Apesar de ser uma condição que debilita o animal, a FeLV pode ser prevenida por meio de ações muito simples. Portanto, não deixe de se atentar a elas e sempre busque ajuda veterinária quando seu bichano apresentar algum sintoma adverso.
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Esp. Kenny Cardoso
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