Primeiramente, nem todos os tipos de HPV causam câncer. A maioria das infecções por HPV é transitória e se resolve espontaneamente sem causar danos graves. A infecção persistente pelos tipos de alto risco é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de cânceres, como o câncer do colo do útero, câncer anal, câncer de pênis, entre outros.
O papilomavírus humano (HPV) pode causar câncer devido à sua capacidade de inserir seu material genético nas células do hospedeiro. Inicialmente, os vírus HPV infectam as células da camada profunda. Seu genoma pode permanecer na forma circular (epissomal) dentro do núcleo da célula ou sofrer uma ruptura na região de E2 e se integrar ao DNA celular.
Essa integração pode levar a alterações genéticas nas células hospedeiras, resultando em um descontrole no ciclo de crescimento e divisão celular, que pode levar ao desenvolvimento de câncer.
O câncer de colo do útero é um dos tipos mais comuns de câncer causados pelo HPV. Esse câncer se caracteriza pelo crescimento anormal das células no colo do útero, a parte inferior do útero que entra em contato com a vagina.
Após a infecção pelo HPV, se o sistema imunológico não consegue combater o vírus, pode ocorrer o desenvolvimento dessas células anormais. Se não diagnosticadas e tratadas rapidamente, essas células podem evoluir de uma lesão pré-câncer para um câncer, o que pode levar anos e apresentar sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor.
Extremamente preocupante para a saúde pública na América Latina e no Caribe, pois, apesar de ser uma doença altamente evitável, se trata da principal causa de morte entre mulheres na região. Em 2018, foram diagnosticadas mais de 72 mil mulheres com câncer de colo do útero e, infelizmente, mais de 34 mil mortes.
Os tipos de HPV que têm maior probabilidade de causar câncer são os considerados de alto risco ou oncogênicos. Dentre os subtipos considerados de alto risco, os mais comuns são os tipos 16 e 18.
O que pode levar a um possível desenvolvimento de câncer, é o fato desses subtipos do HPV ter a capacidade de causar alterações no material genético das células hospedeiras, resultando em um descontrole no ciclo de crescimento e divisão celular.
Mulheres que possuem determinados fatores de risco podem enfrentar um aumento no perigo de contrair o HPV (Papilomavírus Humano) e de desenvolver complicações, tais como lesões precursoras e câncer do colo do útero. Esses fatores de risco incluem:
Todavia, nenhum desses fatores de risco garantem que a infecção pelo HPV aconteça, mas podem aumentar a vulnerabilidade das mulheres a adquirir a infecção e a desenvolver complicações relacionadas ao vírus.
Leia mais: HPV: vacina reduziu 89% das taxas de câncer de colo de útero
Não necessariamente. Nem todas as pessoas que têm o vírus do HPV (Papilomavírus Humano) desenvolvem câncer. A maioria das infecções por HPV não leva ao câncer e, em muitos casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus sem causar danos significativos.
A maioria das infecções é transitória e o sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus sem causar problemas. No entanto, alguns tipos de HPV têm maior potencial para causar câncer em determinadas áreas do corpo, como o colo do útero, ânus, pênis, vulva, vagina e orofaringe. Estes são chamados de "tipos oncogênicos" ou "de alto risco".
Leia mais: Por que devo vacinar meu filho contra o HPV?
A prevenção mais eficaz contra o possível câncer de colo do útero é a detecção precoce. Realizar consultas com profissionais de saúde possibilita a realização de exames de rastreamento, como o Papanicolau, que auxiliam na identificação de alterações celulares.
Além disso, a utilização de vacinas contra o HPV também contribui para prevenir complicações relacionadas ao vírus.
Uma importante iniciativa para incentivar a prevenção do câncer do colo do útero é o Março Lilás. Colaborar com essa campanha permite que mais mulheres sejam informadas sobre os cuidados necessários para proteger sua saúde e reduzir os riscos de desenvolver doenças graves.
Leia mais: Março Lilás: mês de prevenção ao câncer de colo do útero
A adoção de práticas sexuais seguras, realização de exames preventivos e vacinação são medidas cruciais para reduzir o impacto do HPV na saúde e para prevenir o câncer relacionado a esse vírus. É fundamental compartilhar essas informações para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde feminina.
Para continuar aprendendo sobre autocuidado, saúde e bem-estar, recomendo acessar o site e as redes sociais do Minuto Saudável, que podem fornecer informações relacionadas à saúde.
Kayo Vinicius Ferreira Forte
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.