A psitacose, comumente conhecida como "febre do papagaio", é uma doença infecciosa transmitida de animais para humanos, conhecida como uma zoonose.
É causada pela bactéria Chlamydia psittaci, encontrada principalmente em aves, como papagaios, araras, periquitos e agapornis, mas também pode estar presente em outras aves, incluindo pombos, tentilhões, galinhas e perus.
Qualquer pessoa pode contrair a doença ao entrar em contato com a bactéria, mas há grupos de maior risco, como criadores de aves, trabalhadores do processamento de carne de aves, avicultores, veterinários e funcionários de lojas de animais.
Os sintomas variam de leves a graves e incluem febre, calafrios, dores musculares, dor de cabeça, tosse seca, dificuldade respiratória, fadiga, dor torácica e náuseas. Em casos mais graves, a infecção pode levar a complicações pulmonares e até mesmo à pneumonia.
Seu tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos, como a doxiciclina, para combater a infecção bacteriana. Em casos mais graves, pode ser necessária hospitalização para monitoramento e administração intravenosa de antibióticos.
Com a terapia adequada, a maioria dos pacientes se recupera completamente. No entanto, em casos mais graves ou em pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, a psitacose pode levar a complicações mais sérias e requerer cuidados intensivos.
Continue acompanhando o artigo para saber mais como funciona a transmissão, formas de tratamentos e muito mais!
Índice — Neste artigo você verá:
A psitacose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Chlamydia psittaci. Essa bactéria está presente principalmente em aves, tanto selvagens quanto domésticas, sendo mais comum em papagaios, araras, periquitos e agapornis. Pombos, tentilhões, galinhas e perus também podem ser portadores.
Sua principal forma de transmissão é através da inalação de poeira contendo fezes secas ou secreções respiratórias de aves infectadas. Isso pode acontecer ao:
Embora menos frequentes, outras formas de transmissão da psitacose também podem ocorrer:
Para se proteger contra a condição, é importante tomar algumas medidas preventivas:
Os sintomas da psitacose geralmente se manifestam entre 1 e 3 semanas após a infecção pela bactéria. A doença pode se apresentar de forma leve ou grave, variando de acordo com a idade e a saúde da pessoa afetada. Os principais sinais:
Alguns sinais adicionais, são:
Já perus, frangos e galinhas raramente são afetados. Se você perceber que o pássaro não está se sentindo bem e apresenta sintomas como:
É fundamental levá-lo num veterinário, onde poderá ser realizado exames para confirmar o diagnóstico, como a coleta de amostras de várias partes do corpo do pássaro com um cotonete.
Essas amostras são enviadas para um laboratório, onde os especialistas podem detectar a presença da bactéria através de testes como o PCR ou o Elisa. Além disso, o laboratório pode optar por realizar uma cultura bacteriana para identificar a presença da bactéria.
Outro método de diagnóstico que o veterinário pode utilizar é a colheita de sangue, que permite identificar a presença de células inflamatórias, indicando a presença da doença no pássaro.
Quanto mais cedo o pássaro for diagnosticado, melhor será o prognóstico da doença. No entanto, as aves doentes podem precisar de tratamentos prolongados para eliminar completamente a bactéria Chlamydia psittaci.
Para proteger seu pássaro dessa doença altamente contagiosa, é importante adotar medidas preventivas, como limpar e desinfetar regularmente a gaiola e todos os objetos com os quais o pássaro entra em contato, incluindo comedouros e bebedouros.
Além disso, ao introduzir uma nova ave na família, certifique-se de que ela não representa risco de infecção antes de colocá-la junto com outras aves.
Leia mais: Desidratação (em crianças, idosos): veja o que é e sintomas
O tratamento humano para a psitacose é conduzido por médicos clínicos gerais ou infectologistas e a medicação envolve o uso de antibióticos para erradicar a bactéria e prevenir complicações, como pneumonia ou endocardite.
A cura é possível e na maioria dos casos a febre dos papagaios é tratável com o tetraciclina ou doxiciclina. É essencial iniciar o tratamento precocemente para evitar complicações graves, como pneumonia ou outras infecções pulmonares.
Além disso, é importante tratar os animais afetados para interromper a transmissão da doença.
Os exames de sangue são o método mais confiável para confirmar o diagnóstico de psitacose, pois ajudam a detectar a presença de anticorpos específicos que indicam uma infecção recente por Chlamydia psittaci.
Após o início da antibioticoterapia, os sintomas geralmente começam a regredir em 24 a 48 horas. A melhora pode ser mais lenta em alguns casos, especialmente em pacientes com sistema imunológico debilitado ou doenças preexistentes.
Muitas vezes, os médicos suspeitam da infecção em pessoas com histórico de exposição a aves.
Por isso, é fundamental relatar ao profissional de saúde qualquer exposição a aves ou sintomas relacionados à doença, especialmente para aqueles que trabalham diretamente com aves.
Leia mais: O que são antibióticos, tipos e principais exemplos
Embora a psitacose seja considerada uma doença pouco comum, ela está presente em praticamente todos os países ao redor do mundo. No Brasil, o número de casos notificados é relativamente baixo, com uma média de menos de 50 casos por ano.
No entanto, de tempos em tempos, surgem relatos de surtos, nos quais dezenas de pessoas são contaminadas, como ocorreu em 2007 no Rio Grande do Sul, quando cerca de 50 pacientes foram infectados após o contato com aves contrabandeadas.
Apesar de sua raridade aparente, a verdadeira incidência da psitacose provavelmente é mais alta do que os números oficialmente reportados. Dois fatores sugerem uma possível subestimação.
Em primeiro lugar, muitos casos podem não ser diagnosticados devido à falta de reconhecimento dos sintomas ou à dificuldade em identificar a fonte da infecção.
Já em segundo lugar, a psitacose pode ser subnotificada devido à falta de sistemas eficazes de vigilância epidemiológica em certas regiões.
A conscientização sobre os riscos de transmissão da doença é essencial para evitar sua manifestação. Para isso, é importante testes em aves recém-chegadas, garantir o uso de EPIs pelos trabalhadores e seguir regulamentações sanitárias.
Outras medidas preventivas incluem evitar superlotação, não misturar aves de diferentes origens, proteger alimentos de aves selvagens e limpar locais contaminados de forma segura.
Acompanhe o site e as redes sociais do Minuto Saudável para mais informações sobre saúde, medicamentos, precauções preventivas e muito mais.
Kayo Vinicius Ferreira Forte
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.