Muitos trabalhos requerem uma série de movimentos repetitivos, os quais podem afetar diretamente nossos músculos, ligamentos, nervos e tendões, predispondo a uma série de lesões, como tendinites, bursites e síndromes de compressões nervosas.
Os sintomas associados a essas condições incluem desde dor intensa até a perda do movimento. Com um diagnóstico geralmente clínico, com base nos sinais.
No Brasil, as lesões por movimentos repetitivos são extremamente comuns, sendo registrados mais de 2 milhões de casos por ano. Esses danos estão fortemente associados ao ambiente de trabalho.
Alguns exemplos incluem trabalhos que envolvem digitação constante, trabalhos em linhas de montagem, operação de leitores de código de barras em supermercados e inúmeros outros.
Em muitos casos, é recomendado o repouso, juntamente com o uso de talas para imobilizar a região afetada, além da prescrição de alguns medicamentos pelo médico.
Continue o artigo para entender mais sobre cada tipo de lesão, formas de tratamento e outras informações importantes. Não deixe de conferir!
Índice — Neste artigo você verá:
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é caracterizada por uma inflamação, desgaste ou danos nos tecidos, como tendões, ligamentos e músculos. Além de ser uma condição que ocorre devido à realização constante e repetitiva, também é possível relacionar a:
Por exemplo, a digitação intensa é uma das causas mais comuns dessas danificações, especialmente entre aqueles que trabalham em escritórios ou áreas relacionadas à tecnologia.
Além disso, outros aspectos do ambiente de trabalho, como ergonomia inadequada, ritmo acelerado de produção e falta de pausas para descanso, também podem aumentar o risco de desenvolver a condição.
Existem diversas condições que podem surgir como resultado de movimentos repetitivos, as quais têm o potencial de impactar consideravelmente a saúde, o nosso bem-estar e rotina. Entre essas lesões, destacam-se:
É uma inflamação da sinóvia, a membrana que reveste as articulações e é responsável por lubrifica-las. Pode ocorrer em várias articulações, incluindo joelhos, mãos, punhos, cotovelos, quadril, ombros, tornozelos e pés.
Caracterizada pela inflamação dos tendões, a tendinite pode ocorrer em várias partes do corpo, principalmente nos joelhos, mãos, punhos, cotovelos e pés. Essa condição é frequentemente causada por movimentos repetitivos que sobrecarregam os tendões.
A bursite é a inflamação das bursas, que são pequenas bolsas cheias de líquido encontradas nas articulações. Causa dor, inchaço e rigidez nos membros, principalmente ombros, cotovelos, quadris e joelhos.
Trata-se da inflamação da bainha do tendão, onde o músculo se conecta ao osso. É mais comum em mãos, pulsos e pés e pode causar dor, inchaço e dificuldade de movimento.
É a compressão do nervo mediano no punho, que pode ser causada por movimentos repetitivos ou por má postura. Provoca dor, dormência, formigamento e fraqueza no polegar, indicador, dedo médio e metade do dedo anelar.
É uma inflamação do tendão flexor de um dedo, que causa travamento do dedo em flexão. Provoca dor, inchaço e dificuldade em flexionar e estender o dedo afetado.
Comumente associada a atividades que envolvem movimentos das mãos e punhos, como digitação ou uso de ferramentas manuais, e pode resultar em dormência, formigamento e fraqueza nas mãos e nos dedos.
Condição que causa dor na região cervical que se irradia para os membros superiores, devido à compressão nervosa na região cervical. Má postura é uma causa comum dessa compressão, resultando em dor, dormência, fraqueza e inchaço no pescoço, ombro e braço.
Leia mais: O que causa e como tratar a Síndrome do túnel do carpo?
Mas LER também inclui uma variedade de sintomas, as mais comuns incluem:
O tratamento para LER é multifacetado e tem como objetivo aliviar os sintomas, recuperar os tecidos lesionados e prevenir que aconteçam novamente.
Na grande maioria dos casos pode ser necessário modificar as atividades que desencadeiam ou exacerbar a lesão por esforço repetitivo. Isso pode envolver ajustes na ergonomia, mudanças nos padrões de movimento ou a introdução de pausas regulares para descanso.
Entre as abordagens terapêuticas comuns estão os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, frequentemente prescritos para reduzir a inflamação e aliviar a dor. Analgésicos também podem ser utilizados para controlar a dor, especialmente durante as fases agudas.
Em partes dos casos, a fisioterapia pode ser necessária. Os profissionais utilizam uma variedade de técnicas, como:
Além de poderem indicar o uso de órteses ou talas pode ajudar a imobilizar o membro para reduzir o estresse sobre os tecidos lesionados e facilitando o processo de cicatrização.
Essas estratégias e dispositivos ajudam a restaurar a função, corrigir a postura, melhorar a amplitude e prevenir movimentos prejudiciais.
Outra metodologia é a crioterapia, também conhecida como terapia do gelo, é uma técnica terapêutica que utiliza o frio para reduzir a dor e a inflamação. Essa técnica tem sido utilizada para tratar diversas condições, desde lesões esportivas até dores crônicas.
Quando o gelo é aplicado na pele, ocorre uma vasoconstrição, ou seja, uma redução do fluxo sanguíneo na região. Isso diminui a quantidade de sangue e de células inflamatórias que chegam ao local da lesão, o que ajuda a reduzir a dor e o inchaço.
Em casos mais graves de lesão, como no síndrome do túnel do carpo, pode ser necessário recorrer a intervenções mais invasivas, como cirurgia. Geralmente com objetivo de aliviar a compressão dos nervos e restaurar a função do local.
Leia mais: Fisioterapia (respiratória, esportiva e mais): como funciona?
Pela LER ser uma condição que afeta os movimentos e surge da realização de movimentos repetitivos e contínuos por longos períodos, sem o devido descanso. Algumas dicas que podem ser tomadas para prevenção envolvem:
A interferência das LER pode afetar a rotina, levando a dificuldades funcionais e até mesmo a distúrbios emocionais decorrentes da frustração e incapacidade de realizar tarefas comuns.
Um diagnóstico é essencialmente clínico e envolve várias etapas. O médico realiza uma avaliação que inclui a investigação do histórico ocupacional para estabelecer a relação entre a lesão e suas atividades.
A análise contribui para identificar quais os movimentos repetitivos que estão contribuindo para os sintomas. Em casos mais graves, pode ser necessário o afastamento temporário das atividades para permitir uma recuperação completa.
Essa pausa, geralmente voltada ao trabalho e tem como objetivo reduzir a sobrecarga nos tecidos lesionados, facilita o processo de cicatrização e prevenir complicações.
Além da avaliação clínica, exames complementares como estudos de condução nervosa e ressonância magnética podem ser necessários para confirmar o diagnóstico. Essas abordagens são fundamentais para orientar um tratamento ideal.
Continue explorando o Portal Minuto Saudável para encontrar mais informações sobre temas relacionados à saúde, beleza e bem-estar.
Kayo Vinicius Ferreira Forte
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.