A giardíase felina, também conhecida como giárdia em gatos, é uma doença parasitária muito comum que afeta o trato gastrointestinal dos felinos, causando sintomas como diarreia recorrente.
O parasita causador da giárdia pode sobreviver no meio ambiente, possibilitando que o gatinho, ao acessar um ambiente contaminado, carregue o parasita no seu pelo e contraia a doença por meio de lambidas nos pelos.
Sabemos que gatinhos são animais muito higiênicos e que tem o hábito de se limparem frequentemente por meio lambidas. Porém, o que muitos não sabem é que esse hábito higiênico pode aumentar as chances de doenças como a giardíase felina.
Para saber um pouco mais sobre a giardíase felina, o que causa, principais sintomas, tratamento e forma de prevenção, continue acompanhando o artigo!
Neste artigo, você irá conferir:
Trata-se de uma doença parasitária contagiosa que acomete o trato gastrointestinal de felinos e que, quando negligenciada, pode evoluir para um quadro grave podendo levar ao falecimento.
Quando dentro do animal, o parasita causador da giardíase felina se aloja no intestino, provocando um processo inflamatório, infecção e, como consequência, distúrbios gastrointestinais. Além disso, durante a infecção, o parasita lesiona células da parede intestinal, o que debilita animais com ou sem sintomas.
Animais de todas as faixas etárias e estados de saúde podem ser acometidos, mas filhotes durante o desmame e animais com a imunidade baixa, como gatos com leucemia felina e síndrome da imunodeficiência felina, tendem a sofrer mais. Em animais adultos e saudáveis, a doença costuma se apresentar de forma leve ou assintomática.
Apesar de ser uma doença comum e com bom prognóstico quando diagnosticada precocemente, a giardíase não deve ser negligenciada. Se não tratada corretamente e o quanto antes, o animal pode desenvolver um quadro de desidratação severa e falecer.
Infelizmente, como os sintomas mais significativos são muito comuns e podem ser relacionados a diversas causas, muitas vezes a giardíase felina acaba sendo negligenciada ou confundida com problemas mais simples, fazendo com que a doença avance para um quadro mais grave.
A giardíase felina é uma doença parasitária contagiosa que afeta gatos de todas as idades.
A giardíase felina é causada por um protozoário chamado Giardia intestinalis, um dos parasitas intestinais mais comuns em gatos. Esse parasita tem a capacidade de colonizar o intestino do animal e causar diversos sintomas.
O parasita entra no organismo após o animal ingeri-lo na forma de cisto, que se instala no intestino, evolui para forma ativa (trofozoíto) e se multiplica, lesionando as células da parede intestinal.
No final do seu ciclo, os cistos desse parasita são expelidos junto com as fezes do animal contaminando, contaminando assim o ambiente ou água que entra em contato com essas fezes.
Os cistos de Giardia intestinalis são estruturas muito resistentes, o que possibilita que esse parasita sobreviva por um longo período de tempo no ambiente e que outros animais se contaminem.
A forma de transmissão desse parasita é pela via oral-fecal, ou seja, quando um animal saudável ingere cistos que foram eliminados nas fezes de animais contaminados. Porém, como esse parasita tem a capacidade de sobreviver no ambiente, existem algumas possíveis situações nas quais os animais podem contrair a giardíase, como:
Gatinhos que têm acesso à rua, que passeiam ou que têm contato com gatos de fora têm maior risco de desenvolver a doença.
Sim, a giardíase felina é uma doença zoonótica, ou seja, pode ser transmitida de gatos para os humanos. Por isso, é preciso tomar cuidados extras ao cuidar de animais com giardíase, como higienizar muito bem as mãos após manipular fezes de animais, higienizar o ambiente após ter contato com o animal contaminado e antes de manipular alimentos ou levá-las à boca.
Conforme vimos anteriormente, após ser ingerido, o cisto que causa a giárdia se instala e se multiplica no intestino do animal. A presença desses protozoários no intestino e as lesões causadas por eles afetam o processo de digestão e absorção de nutrientes e, consequentemente, causam sintomas gastrointestinais como:
Como vimos essa doença pode afetar os animais de forma assintomática, leve ou grave dependendo do estado de saúde do animal. É preciso atenção até mesmo aos sintomas leves e procurar ajuda veterinária assim que identificar algo fora do comum.
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O diagnóstico da giardíase felina deve ser feito por um (a) veterinário (a) pois apenas o (a) profissional tem conhecimento para avaliar o estado de saúde do animal, investigar suspeitas e determinar tratamentos de forma precisa.
No caso de suspeita de giardíase felina, o (a) profissional analisará o histórico do animal, realizar perguntas pertinentes à suspeita clínica para o (a) tutor (a), avaliar o estado de saúde do animal e, caso julgue necessário, solicitar exames complementares.
Por se tratar de uma doença parasitológica, normalmente o diagnóstico se dá por meio da realização de um exame parasitológico, no qual as fezes do animal são analisadas laboratorialmente em busca de cistos do protozoário.
Contudo, por conta da diarreia intermitente, o diagnóstico pode ser um pouco dificultado, Como solução, o (a) profissional pode solicitar três exames parasitológicos seriados com coleta de fezes em dias alternados.
Além do exame parasitológico existem outros exames complementares disponíveis que podem ser usados no diagnóstico da giardíase, como a sorologia, na qual analisa-se a presença ou não de anticorpos específicos para Giárdia.
Além do diagnóstico da giardíase, é importante que gatos com giárdia sejam testados para com leucemia felina (FeLV) e síndrome da imunodeficiência felina (FIV), uma vez que essas doenças afetam diretamente o sistema imune do animal e os sintomas de giardíase são mais frequentes em animais com a imunidade debilitada.
Assim que os sintomas forem identificados pelo (a) tutor (a), é preciso buscar ajuda veterinária.
O tratamento da giardíase em si costuma ser bem simples e consiste na administração de um medicamento antiparasitário de uso oral. Porém, para se certificar de que a infecção será combatida, muitos (as) profissionais optam por realizar o tratamento em duas etapas, com um intervalo médio de 4 dias entre elas e realizando um exame parasitológico no final.
Além de tratar a giardíase, existe a necessidade de tratar os sintomas causados por ela e também evitar a reinfecção do animal. Para isso, o (a) profissional pode recomendar uma dieta especial e medicamentos antieméticos.
Em casos mais graves, no qual há desidratação significativa, pode ser necessária a hospitalização do animal. Nesse caso, ele deverá ser estabilizado antes de iniciar o tratamento antiparasitário.
Higienizar bem o ambiente no qual o animal vive, seus comedouros, bebedouros e objetos com que tem contato, como caminha e brinquedos, é essencial. Desinfetantes eficientes específicos e água quente são os mais indicados nesses casos.
Além disso, também é recomendado que o animal doente tome banhos frequentes para retirar possíveis cistos da sua pelagem. Portanto, consulte o (a) veterinário (a) para saber a frequência mais recomendada para seu pet.
Por fim, como gatinhos assintomáticos também eliminam cistos em casas com mais gatinhos, todos os animais devem ser testados e tratados para que o ambiente possa ficar livre do parasita ao final do tratamento.
Existem alguns cuidados específicos que devem ser tomados após o diagnóstico da giardíase felina para evitar que outros animais e, até mesmo, as pessoas da casa se infectem. Entre eles estão:
Apesar de ser um problema comum, felizmente a doença pode ser prevenida com vacina contra giardíase felina. Porém, é importante ressaltar que, apesar de proteger, a vacina não impede que o pet seja contaminado pela giárdia.
O papel da vacina, portanto, é reduzir, significativamente, a chance de o animal desenvolver a condição, além da possibilidade de haver quadro severo e de contaminar o ambiente, já que o animal vacinado costuma eliminar cistos por menos tempo do que animais não vacinados.
Essa vacina deve ser aplicada em duas doses a partir da sétima semana de vida, com intervalo de 3 a 4 semanas. Além disso, requer reforço anual e costuma ser facilmente encontrada em clínicas veterinárias.
Além da vacinação, existem outras ações que podemos tomar para reduzir as chances dos gatinhos serem expostos a esses protozoários, como:
Apesar de ser uma doença que pode causar o falecimento do pet, a giardíase felina tem prevenção!
Portanto, atente-se para os sintomas manifestados pelo seu gato e, caso note algo estranho, não deixe de buscar ajuda veterinária o quanto antes.
Para mais informações sobre saúde pet, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!
Esp. Kenny Cardoso
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