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Giardíase canina: o que causa, sintomas e tratamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 07/11/2022Última atualização: 10/01/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 07/11/2022Última atualização: 10/01/2023
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giardíase canina, também conhecida popularmente como giárdia canina, é uma das doenças gastrointestinais mais comuns e uma das principais causas de diarreia em cachorros.

Como a maioria das doenças que afetam o trato gastrointestinal, a giardíase tem como sinais mais frequentes o vômito e a diarreia. Porém, quando não tratada a tempo e da forma correta, a condição pode evoluir para um quadro de desidratação, perda de peso e causar, até mesmo, o óbito.

Além de impactar significativamente na saúde dos cães, a giárdia canina é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para os humanos 

Se você quiser saber mais sobre o que causa a doença, seus principais sintomas e como preveni-la, continue acompanhando o artigo! 

Neste artigo, você encontrará:

  1. O que é giardíase canina?
  2. O que causa giardíase canina?
  3. Transmissão
  4. Grupos de risco
  5. Sintomas de giardíase canina
  6. Como é feito o diagnóstico?
  7. Como tratar a giardíase canina?
  8. Cuidados
  9. Como prevenir giardíase canina?

O que é giardíase canina?

A giardíase canina é uma infecção parasitária, ou seja, uma doença causada por um parasita. Quando dentro do animal, o parasita se aloja no intestino, provocando um processo inflamatório, infeccioso e, consequentemente, distúrbios gastrointestinais. 

Todo esse processo de instalação e multiplicação no intestino pode afetar o animal de diferentes formas. Durante a infecção, o parasita lesiona células da parede intestinal e, apesar de alguns casos serem assintomáticos ou, até mesmo, com sintomatologia leve, essa lesão pode debilitar, causar sintomas graves e, até mesmo, levar o animal ao óbito. 

 

A giardíase canina é causada por um parasita que ataca o sistema gastrointestinal dos cães.

 

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O que causa giardíase canina?

A giardíase canina é causada por um protozoário, um tipo de parasita, chamado Giardia lamblia. Ele se encontra nos mais diversos ambientes e tem a capacidade de sobreviver por um longo período fora do hospedeiro, podendo contaminar o meio ambiente e a água. 

Portanto, como os cães costumam acessar diversos ambientes, como a rua, eles acabam sendo considerados mais expostos e com maior chance de desenvolver essa parasitose. 

Além disso, a Giardia lamblia tem a capacidade de parasitar mamíferos, anfíbios, aves e humanos, o que a torna uma doença zoonótica, ou seja, que pode ser transmitida de cães para os humanos e outros animais desses grupos.

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Transmissão

Giardia Lamblia entra no organismo do animal após ser ingerido na forma de cisto, que se instala no intestino e evolui para forma ativa, chamada de trofozoíto. Em seguida, o trofozoíto se multiplica e lesiona as células da parede intestinal, desencadeando sintomas gastrointestinais. 

No final do seu ciclo, o parasita é expelido junto com as fezes do animal, contaminando assim o ambiente e a água que entram em contato com essas fezes e possibilitando que outros animais se contaminem.

Vale lembrar que o contato com esse parasita também pode se dar por meio da ingestão de águaalimentosobjetos contaminados. Por isso, é importante que façamos ingestão apenas de água potável e de alimentos devidamente higienizados, além de higienizar bem as mãos depois de ter contato com fezes ou objetos dos nossos cães.

Grupos de risco

A giárdia encontra maior facilidade de desenvolvimento em adultos imunossuprimidos e filhotes, por conta do sistema imune ainda imaturo, do que em cães adultos e imunocompetentes.  Dessa forma, podemos ver que o cuidado com esses grupos deve ser ainda maior!

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Sintomas de giardíase canina

A presença dos protozoários causadores da doença no intestino e as lesões causadas por eles acabam afetando o processo de digestão e absorção de nutrientes, causando assim sintomas gastrointestinais como:

  • Vômito;
  • Diarreia intermitente ou contínua;
  • Fezes fétidas;
  • Fezes líquidas ou pastosas;
  • Presença de sangue ou muco nas fezes;
  • Dor abdominal;
  • Náusea;
  • Flatulência;
  • Perda do apetite;
  • Apatia;
  • Fraqueza;
  • Perda de peso;
  • Desidratação (em casos mais graves).

Se você identificou alguns dos sintomas listados acima no seu aumigo, busque ajuda veterinária o quanto antes! Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação.

Leia tambémGiardíase felina: transmissão, sintomas e tratamento

Como é feito o diagnóstico?

Apesar do odor das fezes de animais com giardíase serem bem características, o diagnóstico só pode ser feito por um (a) veterinário (a). O (a) profissional, que é o (a) mais capacitado (a), irá avaliar o estado de saúde do animal, os relatos do (a) tutor (a) e pedir exames complementares.

Por se tratar de uma doença parasitológica, normalmente, o seu diagnóstico se dá por meio da realização de um exame parasitológico no qual as fezes do animal são analisadas laboratorialmente em busca de cistos do protozoário. 

Contudo, por conta da doença apresentar diarreia intermitente, o diagnóstico por meio desse tipo de exame pode ser um pouco dificultado. Uma alternativa seria realizar três exames parasitológicos seriados com coleta de fezes em dias alternados. 

Além do exame parasitológico, existem outros complementares disponíveis que podem ser usados no diagnóstico, como a sorologia, na qual analisa-se a presença ou não de anticorpos específicos para Giárdia. 

Como tratar a giardíase canina?

Uma vez confirmado o diagnóstico da giardíase canina, o animal deve ser tratado o quanto antes para evitar a evolução do quadro. 

O tratamento da giardíase canina possui várias vertentes, pois deve-se promover o tratamento dos sintomas causados pela doença, a eliminação do parasita e a prevenção da reinfecção.  

Por isso, durante o processo, os (as) profissionais tendem a optar por recomendar medicamentos antiparasitários orais, para acabar com a infecção, banhos regularesdieta especial em animais muito debilitados e tratamento sintomatológico

Em casos mais graves, nos quais houve desidratação significativa, pode ser necessária a hospitalização do animal. Uma vez estável, é iniciado o tratamento antiparasitário. 

Um outro aliado no tratamento da giardíase canina é a higiene, pois ela age como uma forma de evitar a reinfecção e a infecção de outros animais. Para isso, deve-se higienizar bem o ambiente no qual o animal mora, além de comedouros, bebedouros e dos objetos com que tem contato, como caminha e brinquedos.

 

Além de medicação, o tratamento requer banhos e higiene frequente.

 

Cuidados com os outros integrantes da família

Após confirmado o diagnóstico da giardíase canina, além dos cuidados com o animal doente, é preciso zelar pelos outros pets e pelas pessoas que convivem com o animal infectado, para que eles também não sejam infectados. Entre eles estão:

  • Testar todos os outros animais da casa, mesmo que não estejam apresentando sintomas, pois muitos podem ser assintomáticos, mantendo assim o ciclo de transmissão;
  • Manter os animais doentes separados dos animais saudáveis durante o tratamento;
  • Manter o ambiente no qual o animal habita e faz suas necessidades bem higienizado;
  • Higienizar as mãos após ter contato com as fezes ou objetos do seu animal;
  • Manter os objetos do seu animal contaminado sempre higienizados e separados;
  • Consumir e oferecer aos seus animais apenas alimentos devidamente higienizados;
  • Ingerir e oferecer aos pets somente água potável e de fonte segura;
  • Evitar que os animais saudáveis lambam a pelagem do animal infectado. 

Como prevenir a giardíase canina?

Apesar de ser uma doença comum em cães, felizmente a giardíase canina pode ser prevenida. Atualmente, existe disponível no mercado a vacina contra giardíase canina, que protege contra quadros mais graves da doença e reduz, significativamente, a chance do animal desenvolver a giardíase e de contaminar o ambiente. 

Essa vacina pode ser aplicada em cães a partir da oitava semana de vida e em duas doses com intervalo de 3 a 4 semanas. Além disso, requer reforço anual e costuma ser facilmente encontrada em clínicas veterinárias. 

Além da vacinação, existem outras ações que podem ser tomadas para reduzir as chances dos cães serem expostos a esses protozoários, como:

  • Evite contato com animais contaminados;
  • Manter o ambiente do pet sempre limpo;
  • Mantenha a saúde do seu animal em dia;
  • Ofereça uma alimentação balanceada e de qualidade;
  • Mantenha as consultas de rotina em dia;
  • Mantenha a vermifugação e a vacinação em dia;
  • Se atente ao comportamento do animal;
  • Durante os passeios, não permita que seu pet ingira fezes, compartilhe objetos com outros animais ou coloque objetos desconhecidos na boca;
  • Caso o seu animal tenha contato com vários outros, como animais que frequentam creches, busque a orientação do seu médico veterinário quanto a formas de proteger o seu animal;
  • Ao escolher petshops, creches ou hospedagens, certifique-se de que o local é de confiança e que realize a higienização correta do ambiente e objetos que entram em contato com os animais. 

Apesar de a giardíase canina ser uma doença que pode levar o animal ao óbito caso seja negligenciada, quando diagnosticada e tratada corretamente o prognóstico é bom, ou seja, a cura pode ser alcançada após a realização do tratamento. 

Por isso, é importante seguir corretamente as recomendações do (a) profissional e realizar o tratamento de forma correta!

Para mais informações sobre saúde pet, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável! 

Imagem do profissional Kenny Cardoso
Este artigo foi escrito por:

Esp. Kenny Cardoso

Médica veterinária pela Universidade Federal Fluminense com mestrado em Medicina Veterinária.Leia mais artigos de Esp. Kenny
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