A giardíase canina, também conhecida popularmente como giárdia canina, é uma das doenças gastrointestinais mais comuns e uma das principais causas de diarreia em cachorros.
Como a maioria das doenças que afetam o trato gastrointestinal, a giardíase tem como sinais mais frequentes o vômito e a diarreia. Porém, quando não tratada a tempo e da forma correta, a condição pode evoluir para um quadro de desidratação, perda de peso e causar, até mesmo, o óbito.
Além de impactar significativamente na saúde dos cães, a giárdia canina é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para os humanos
Se você quiser saber mais sobre o que causa a doença, seus principais sintomas e como preveni-la, continue acompanhando o artigo!
Neste artigo, você encontrará:
A giardíase canina é uma infecção parasitária, ou seja, uma doença causada por um parasita. Quando dentro do animal, o parasita se aloja no intestino, provocando um processo inflamatório, infeccioso e, consequentemente, distúrbios gastrointestinais.
Todo esse processo de instalação e multiplicação no intestino pode afetar o animal de diferentes formas. Durante a infecção, o parasita lesiona células da parede intestinal e, apesar de alguns casos serem assintomáticos ou, até mesmo, com sintomatologia leve, essa lesão pode debilitar, causar sintomas graves e, até mesmo, levar o animal ao óbito.
A giardíase canina é causada por um parasita que ataca o sistema gastrointestinal dos cães.
A giardíase canina é causada por um protozoário, um tipo de parasita, chamado Giardia lamblia. Ele se encontra nos mais diversos ambientes e tem a capacidade de sobreviver por um longo período fora do hospedeiro, podendo contaminar o meio ambiente e a água.
Portanto, como os cães costumam acessar diversos ambientes, como a rua, eles acabam sendo considerados mais expostos e com maior chance de desenvolver essa parasitose.
Além disso, a Giardia lamblia tem a capacidade de parasitar mamíferos, anfíbios, aves e humanos, o que a torna uma doença zoonótica, ou seja, que pode ser transmitida de cães para os humanos e outros animais desses grupos.
A Giardia Lamblia entra no organismo do animal após ser ingerido na forma de cisto, que se instala no intestino e evolui para forma ativa, chamada de trofozoíto. Em seguida, o trofozoíto se multiplica e lesiona as células da parede intestinal, desencadeando sintomas gastrointestinais.
No final do seu ciclo, o parasita é expelido junto com as fezes do animal, contaminando assim o ambiente e a água que entram em contato com essas fezes e possibilitando que outros animais se contaminem.
Vale lembrar que o contato com esse parasita também pode se dar por meio da ingestão de água, alimentos e objetos contaminados. Por isso, é importante que façamos ingestão apenas de água potável e de alimentos devidamente higienizados, além de higienizar bem as mãos depois de ter contato com fezes ou objetos dos nossos cães.
A giárdia encontra maior facilidade de desenvolvimento em adultos imunossuprimidos e filhotes, por conta do sistema imune ainda imaturo, do que em cães adultos e imunocompetentes. Dessa forma, podemos ver que o cuidado com esses grupos deve ser ainda maior!
A presença dos protozoários causadores da doença no intestino e as lesões causadas por eles acabam afetando o processo de digestão e absorção de nutrientes, causando assim sintomas gastrointestinais como:
Se você identificou alguns dos sintomas listados acima no seu aumigo, busque ajuda veterinária o quanto antes! Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação.
Leia também: Giardíase felina: transmissão, sintomas e tratamento
Apesar do odor das fezes de animais com giardíase serem bem características, o diagnóstico só pode ser feito por um (a) veterinário (a). O (a) profissional, que é o (a) mais capacitado (a), irá avaliar o estado de saúde do animal, os relatos do (a) tutor (a) e pedir exames complementares.
Por se tratar de uma doença parasitológica, normalmente, o seu diagnóstico se dá por meio da realização de um exame parasitológico no qual as fezes do animal são analisadas laboratorialmente em busca de cistos do protozoário.
Contudo, por conta da doença apresentar diarreia intermitente, o diagnóstico por meio desse tipo de exame pode ser um pouco dificultado. Uma alternativa seria realizar três exames parasitológicos seriados com coleta de fezes em dias alternados.
Além do exame parasitológico, existem outros complementares disponíveis que podem ser usados no diagnóstico, como a sorologia, na qual analisa-se a presença ou não de anticorpos específicos para Giárdia.
Uma vez confirmado o diagnóstico da giardíase canina, o animal deve ser tratado o quanto antes para evitar a evolução do quadro.
O tratamento da giardíase canina possui várias vertentes, pois deve-se promover o tratamento dos sintomas causados pela doença, a eliminação do parasita e a prevenção da reinfecção.
Por isso, durante o processo, os (as) profissionais tendem a optar por recomendar medicamentos antiparasitários orais, para acabar com a infecção, banhos regulares, dieta especial em animais muito debilitados e tratamento sintomatológico.
Em casos mais graves, nos quais houve desidratação significativa, pode ser necessária a hospitalização do animal. Uma vez estável, é iniciado o tratamento antiparasitário.
Um outro aliado no tratamento da giardíase canina é a higiene, pois ela age como uma forma de evitar a reinfecção e a infecção de outros animais. Para isso, deve-se higienizar bem o ambiente no qual o animal mora, além de comedouros, bebedouros e dos objetos com que tem contato, como caminha e brinquedos.
Além de medicação, o tratamento requer banhos e higiene frequente.
Após confirmado o diagnóstico da giardíase canina, além dos cuidados com o animal doente, é preciso zelar pelos outros pets e pelas pessoas que convivem com o animal infectado, para que eles também não sejam infectados. Entre eles estão:
Apesar de ser uma doença comum em cães, felizmente a giardíase canina pode ser prevenida. Atualmente, existe disponível no mercado a vacina contra giardíase canina, que protege contra quadros mais graves da doença e reduz, significativamente, a chance do animal desenvolver a giardíase e de contaminar o ambiente.
Essa vacina pode ser aplicada em cães a partir da oitava semana de vida e em duas doses com intervalo de 3 a 4 semanas. Além disso, requer reforço anual e costuma ser facilmente encontrada em clínicas veterinárias.
Além da vacinação, existem outras ações que podem ser tomadas para reduzir as chances dos cães serem expostos a esses protozoários, como:
Apesar de a giardíase canina ser uma doença que pode levar o animal ao óbito caso seja negligenciada, quando diagnosticada e tratada corretamente o prognóstico é bom, ou seja, a cura pode ser alcançada após a realização do tratamento.
Por isso, é importante seguir corretamente as recomendações do (a) profissional e realizar o tratamento de forma correta!
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Esp. Kenny Cardoso
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