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O que é Fotofobia, causas, sintomas, tratamento, tem cura?

Publicado em: 02/02/2018Última atualização: 22/10/2020
Publicado em: 02/02/2018Última atualização: 22/10/2020
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O que é a fotofobia?

A fotofobia é a sensibilidade ou intolerância à luz, podendo ser provocada pela luz natural ou artificial. Não é uma doença, mas sim um sintoma. Proporciona um grande desconforto nos olhos de quem sofre com essa condição.

Ela ocorre quando as células fotossensíveis da retina não suportam o excesso de luz, o que resulta no surgimento de outros sintomas.

Todas as pessoas apresentam certa sensibilidade à claridade, pois existem diferentes graus de fotofobia. No entanto, para as pessoas acometidas por outras patologias, o desconforto deste sintoma é mais intenso.

Além disso, é comum que a  fotofobia apareça como sintoma de doenças oftalmológicas como a catarata, conjuntivite, glaucoma, uveíte, olhos secos, entre outras.

Essa aversão à luz pode ser mais comum em algumas pessoas do que em outras, como é para quem tem os olhos claros (azuis ou verdes). Elas possuem maior sensibilidade a claridade devido a menor pigmentação.

Um dos fatores determinantes da intensidade da fotofobia é o tamanho da pupila. Quando maior a pupila, maior a chance de ter o sintoma.

Existem formas de prevenção e, em alguns casos, quando se trata a doença subjacente, a fotofobia desaparece.

Índice - neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é a fotofobia?
  2. Tipos
  3. Causas
  4. Grupos de risco
  5. Sintomas
  6. Como é feito o diagnóstico da fotofobia?
  7. A fotofobia tem cura?
  8. Qual o tratamento?
  9. Medicamentos para a fotofobia
  10. Convivendo
  11. Complicações/ Prognóstico
  12. Prevenção
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Tipos

A fotofobia pode ser dividida em dois tipos principais: fotofobia crônica e fotofobia aguda.

Fotofobia crônica

A fotofobia crônica atinge o paciente por um tempo prolongado. Pode acontecer devido a outras doenças ou ser uma condição natural, como quando afeta pessoas de olhos claros. Pode ser amenizada, mas não curada.

Fotofobia aguda

Esse sintoma, quando se apresenta de forma aguda, significa que o paciente apresenta outra patologia. A fotofobia, nesse caso, pode desaparecer quando a raiz do problema é tratada.

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Causas

A fotofobia tem como causa diversos fatores. Pode estar relacionado a outras patologias, a uma questão genética (como o albinismo e pessoas com olhos claros) e ao uso de alguns medicamentos, por exemplo.

Conheça as principais razões para que essa sensibilidade à luz aconteça:

Enxaqueca

A enxaqueca é uma doença crônica que tem como principal sintoma a dor de cabeça. Pacientes que sofrem com essa doença sentem dores pulsantes, que, normalmente, afeta apenas um lado da cabeça.

Essa é uma doença com início, mas que não “acaba”. Ela surge em crises, podendo aumentar ao longo do tempo. Para algumas pessoas, os sintomas são leves; para outras, podem ser intensos.

A fotofobia pode acontecer quando o paciente não está em crises, mas é durante esses períodos que ela é mais forte. É comum que pessoas que sofrem com a enxaqueca prefiram se manter em locais mais escuros, por ser mais confortável.

Além disso, é possível que, ao longo do tempo, prefiram diminuir a frequência assistindo televisão, passando muito tempo lendo e até sentir desconforto olhando para objetos brilhantes.

Astigmatismo

Um dos problemas oftalmológicos que maior apresenta a fotofobia como sintoma é o astigmatismo. Este é um erro refrativo bem comum.

A pessoa que tem astigmatismo encontra dificuldade para enxergar de perto e de longe, pois uma má formação na retina impede que o olho tenha um foco uniforme sobre a retina.

Dessa forma, a pessoa visualiza imagens borradas e distorcidas. O astigmatismo é tratado com o uso de óculos ou lentes de contato.

Leia mais: Quais são os sintomas de Astigmatismo?

Gripes

Pessoas em quadros de gripe podem desenvolver uma sensibilidade maior à luz. O vírus da gripe provoca, entre outros sintomas, o comprometimento dos olhos, deixando-os mais sensíveis à claridade.

Traumas e lesões

A fotofobia pode acontecer em apenas um dos olhos. Isso ocorre, na maioria das vezes, em casos em que o paciente sofreu uma lesão na íris, a parte colorida dos olhos.

Esses traumas podem ocorrer por diversos motivos, como acidentes e lesões faciais. É uma das causas da fotofobia por comprometer a visão, deixando os olhos mais sensíveis.

Lentes de contato

O uso excessivo de lentes de contato, ou o uso de lentes danificadas, são uma das causas que provocam a fotofobia.

Quando o paciente apresenta sensibilidade à luz dentro dessa condição, é importante consultar a opinião de um oftalmologista para entender o porquê disto estar ocorrendo.

Para consultar a possibilidade de trocar as lentes por óculos ou para trocar as lentes danificadas, é necessário passar por essa consulta com o profissional desta área, para não acontecer complicações.

Olhos secos

É quando os nossos olhos não recebem uma lubrificação adequada, devido a falta de lágrimas em quantidade e qualidade suficiente. Esse problema pode afetar um ou os dois olhos.

O olho pode apresentar esse aspecto mesmo quando não existe a presença de nenhum problema ocular. Fatores externos como o sol, a poluição, ar condicionado, vento e qualquer situação que permita que o ar se torne mais seco contribuem para que isso aconteça.

Além disso, permanecer por muito tempo em frente de aparelhos eletrônicos também provoca essa secura nos olhos. Esta condição está relacionada com a quantidade de vezes que piscamos os olhos.

Quando piscamos, é uma forma do nosso olho de se manter protegida e lubrificado. Quando deixamos de fazer isso com a frequência adequada, nossos olhos ficam expostos demais e podem ficar secos.

Utilizar lentes de contato por muito tempo também pode influenciar nessa problema. A fotofobia é um dos sintomas que podem aparecer, devido ao desconforto e fragilidade que a condição dos olhos apresentam.

Inflamações

Essa sensibilidade extrema à luz pode ser resposta a uma inflamação que ocorreu no globo ocular, dentro ou fora dele. Na maioria das vezes, este é um sintoma de outra doença ocular. As principais patologias associadas são:

Catarata

A catarata é uma doença que afeta o cristalino, uma lente transparente natural dos nossos olhos. Ela provoca a redução da nitidez das imagens, de forma progressiva. Isso porque a doença provoca a opacidade do cristalino.

Como uma barreira, essa opacidade impede que as imagens cheguem com clareza até a retina, pois o cristalino apresenta esse aspecto nublado.

É comum pessoas acima de 60 anos apresentam certo grau de catarata. A fotofobia pode ser um dos sintomas relacionados à doença, mas que é solucionado com a cirurgia.

Blefarite

A blefarite é uma inflamação que ocorre na parte externa das pálpebras. Tem como sintomas o surgimento de vermelhidão, ardor, lacrimejamento, acúmulo de secreção nos cílios e a sensibilidade à luz.

Essa inflamação é causada por ácaros, podendo ser provocada também por bactérias e problemas dermatológicos, como rosácea. Apesar de ter cura e tratamento, é comum que a blefarite retorne após algum tempo.

Glaucoma

O glaucoma é o aumento da pressão interna do olho provocada pelo acúmulo do líquido que preenche parte de nossos olhos, conhecido como humor aquoso. Esse líquido é produzido constantemente pelo nosso corpo e é fundamental para o funcionamento do nervo óptico.

O nervo óptico é como se fosse um cabo responsável pela condução de informações recebidas pelo olho até o cérebro. É uma espécie de mensageiro das imagens que o olho captura, que as leva para o cérebro interpretar.

Dessa forma, quando esse líquido não consegue sair ou sua produção é muito intensa, acaba provocando essa pressão e o glaucoma acontece.

Essa não é uma doença rara. Existem estimativas de que 67 milhões de pessoas no mundo sofrem com o glaucoma. É dentro dos sintomas iniciais que a fotofobia acomete os pacientes.

Ceratite

A ceratite é uma inflamação que ocorre na córnea, camada transparente e protetora dos olhos. Ela é provocada por uma infecção, podendo ser de origem viral, bacteriana, por amebas e fungos.

A falta de higiene também é uma condição que permite o surgimento dessa doença, principalmente quanto a manipulação e armazenamento de lentes de contato. Em alguns casos, a ceratite está relacionada a baixa imunidade do paciente.

Essa inflamação, sendo assim, provoca uma fragilidade das estruturas oculares e a fotofobia surge como uma consequência desse quadro.

Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação mais comum no verão e muito característica por deixar os olhos avermelhados. Ela provoca a inflamação da conjuntiva, a membrana mucosa que reveste parte interna das pálpebras, e também na esclera, parte branca do olho.

Quando inflamadas, os vasos sanguíneos da esclera apresentam esse aspecto vermelho. Normalmente, a conjuntivite dura entre 1 e 2 semanas, sem deixar sequelas.

É comum que toda a estrutura ocular fique mais frágil, devido a infecção, o que torna o paciente mais sensível a luz. Recomenda-se, nestes casos, evitar ao máximo a claridade e usar óculos com lentes fotossensíveis.

Uveite

A uveíte é a inflamação que ocorre na úvea, a camada média do globo ocular constituída pela íris, coróide e corpo ciliar. Pode afetar um ou os dois olhos. Quando afeta os dois olhos, é chamada de uveíte bilateral.

O coróide e o corpo ciliar ficam entre a retina e a esclera (parte branca do olho) e são responsáveis pelo fluxo do sangue às camadas mais profundas da retina.

A fotofobia é um dos principais sintomas deste inflamação, contudo, apresenta dor ocular e ao redor dos olhos juntamente a sensibilidade a luz.

Essa inflamação pode ser grave e até provocar cegueira. Ela é classificada em três tipos, de acordo com o tempo de evolução: aguda, subaguda e crônica.

Calázio

O calázio é uma doença que provoca cistos no corpo. Não é contagiosa e nem maligna. Geralmente, esses nódulos apresentam tamanho entre 2 e 8 mm.

Pode se desenvolver próximo da pálpebra inferior ou superior, podendo afetar um ou os dois olhos. É uma doença comum e desaparece de forma espontânea.

Essa doença não apresenta grandes riscos, mas deve ser tratada adequadamente. Quando esses cistos surgem próximos ao olho e o seu tamanho é considerável, podem afetar a visão, provocando sintomas como a fotofobia, visão turva e diminuição da fenda palpebral.

Esclerite

A esclerite é uma inflamação que ocorre na esclera (parte branca do olho) e é considerada uma doença ocular grave, apesar de rara.

Essa doença ocorre em cerca de 0,1% dos casos de emergência em oftalmologia, sendo a mais grave inflamação que ocorre na esclera.

É mais frequente em mulheres com idade entre 30 e 50 anos. A esclerite tem dois tipos de classificação: esclerite anterior (difusa, nodular e necrosante) e esclerite posterior.

Além da fotofobia, pode apresentar como sintomas ardência, dores e vermelhidão nos olhos.

Episclerite

A episclerite é uma doença ocular comum e benigna. Ela causa a inflamação da episclera, a camada de tecido que reveste a esclera, da córnea até o nervo ótico.

Provoca sintomas como a fotofobia, olhos vermelhos, dores oculares e ardência. Essa doença pode acontecer em qualquer idade, afetando homens e mulheres.

A causa dessa inflamação é desconhecida, na maioria dos casos. Contudo, existem indícios de que esteja relacionada a doenças sistêmicas como a artrite, doença de Crohn, poliartrite nodosa, etc.

Além de traumas, contatos com produtos químicos e objetivos no olho, pode ser provocada também pelos vírus da herpes (zoster e simples) e por doenças como sífilis, hepatite B, brucelose, entre outras. Em casos raros, a episclerite pode ter como causa a presença de fungos e parasitas.

Uso de drogas

O uso de drogas pode causar a fotofobia ou deixar os sintomas mais intensos, pois provocam a dilatação da pupila (midríase). Quando isso acontece, uma maior quantidade de luz “entra” no olho, o que pode deixá-lo mais sensível.

Algumas das drogas que desencadeiam essa condição são a cocaína, anfetaminas, escopolamina, atropina, tropicamida, etc.

Medicamentos

Da mesma forma que as drogas, alguns medicamentos também provocam dilatação da pupila, como os analgésicos, anticonvulsivantes e anti-histamínicos e colírios específicos para isso. Para que o médico encontre essa causa durante o diagnóstico, é necessário consultar o uso de algum destes medicamentos pelo paciente.

Grupos de risco

A fotofobia é um sintoma comum e pode afetar todas as pessoas de alguma forma. Isso porque a luz em excesso provoca um desconforto natural em nossos olhos. No entanto, para algumas pessoas esse incômodo é muito maior, pois estão suscetíveis a essa condição. Conheça quais são os grupos mais afetados:

Crianças

As crianças necessitam de um cuidado maior quando falamos da fotofobia. É normal que as crianças pequenas não sejam capazes de entender ou reconhecer que estão com este sintoma.

A fotofobia em recém-nascidos, por exemplo, pode indicar que o bebê seja portador de glaucoma congênito, uma doença rara e hereditária. Por ser uma doença grave, deve ser tratada imediatamente, já que pode provocar a cegueira.

Dessa forma, torna-se essencial tentar perceber nos pequenos se há sinal dessa sensibilidade a luz, pois em alguns casos, esse sintoma é o único sinal de que existe algo errado. É assim com a artrite reumatoide juvenil, que tem a fotofobia como principal indício.

Também é comum que as crianças estejam mais sensíveis à pequenos acidentes, como em brincadeiras, em casa ou na escola. Esses traumas, ainda que leves, podem provocar lesões oculares e a fotofobia pode surgir como sintoma.

Sendo assim, os responsáveis devem prestar um cuidado especial e tentar perceber se há algo de anormal no comportamento, se a criança está com dores nos olhos, dores de cabeça e se aparenta estar desconfortável na presença de claridade.

É  importante também, como forma preventiva, incentivar que as crianças se expressem  e relatem o que estão sentindo. Assim, é possível procurar um especialista para entender a causa e iniciar um tratamento adequado.

Albinos

As pessoas albinas estão mais sensíveis a fotofobia por terem uma quantidade menor de pigmento na íris, que ajuda a proteger os nossos olhos da claridade. Isto é: olhos claros, maior sensibilidade.

A maioria das pessoas com albinismo apresentam algum comprometimento na visão, isso porque apresentam uma deficiência de melanina, proteína fundamental para os nossos olhos e nervo óticos.

É comum terem olhos azuis ou castanhos muito claros, meio translúcidos. Ter a retina e a íris mais transparentes permite que os vasos sanguíneos localizados na parte de trás do globo ocular fiquem mais visíveis.

Esse fato pode dar a impressão de que os olhos das pessoas albinas são rosados ou vermelhos, mas é apenas uma consequência de terem os olhos menos pigmentados.

Portanto, pessoas com essa condição genética devem tomar cuidados mais rigorosos com o sol e lugares com claridade extrema.

Pessoas de olhos claros

Assim como é para as pessoas com albinismo, pessoas com olhos claros também sofrem mais com a claridade, pelo mesmo motivo.

A falta de pigmentação na íris torna essas pessoas naturalmente mais sensíveis a luz e por isso sentem mais desconforto do que pessoas com olhos escuros.

Pessoas de olhos claros devem adotar algumas práticas para o dia a dia, para terem os sintomas da fotofobia mais suavizados. O uso de óculos de sol com proteção ultravioleta (UV) é uma medida eficaz para isso.

Tamanho da pupila

Até mesmo as pessoas que não pertencem aos grupos de risco podem sofrer algum dia com esse sintoma. Um dos fatores que pode levar ao aparecimento da fotofobia é o tamanho da pupila.

Quanto maior a pupila, maiores as chances de sofrer desconforto com a claridade, pois esta é parte dos nossos olhos responsável pela passagem de luz do meio externo para os órgãos sensoriais da retina.

A fotofobia, quando acontece em pessoas com olhos saudáveis, raramente vem acompanhada de sintomas como vermelhidão e produção excessiva de lágrimas.

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Sintomas

A fotofobia é um grande desconforto que o paciente sente em relação a luz. Pode ocorrer por uma condição natural (olhos claros) ou por alguma doença relacionada.

Essa sensibilidade pode ser leve ou mais intensa, dependendo da patologia que a provocou.

É normal que ao lado dessa sensibilidade à claridade, surjam outros sintomas. São eles:

  • Vermelhidão nos olhos;
  • Lacrimejamento;
  • Visão embaçada;
  • Ardor nos olhos;
  • Dor nos olhos;
  • Inchaço ocular;
  • Dores de cabeça.

O esforço realizado pelo paciente que sofre com a fotofobia, para conseguir manter os olhos abertos, é um dos fatores que influencia no desenvolvimento dessas dores de cabeça e na região dos olhos.

Como é feito o diagnóstico da fotofobia?

O diagnóstico da fotofobia é realizado por meio do relato dos sintomas feito pelo paciente e, quando necessário, um exame físico, que inclui o exame de vista com o oftalmologista.

Dependendo da patologia subjacente, é possível que o paciente tenha de se consultar também com um clínico geral ou um neurologista.

Para que o diagnóstico seja realizado adequadamente, o médico deverá questionar alguns hábitos e comportamentos do paciente. Alguns fatores a serem observados são:

  • Uso de lentes de contato;
  • Uso de sabonetes, cosméticos ou qualquer produto químico próximo aos olhos;
  • Possibilidade de um médico ter dilatado as pupilas do paciente recentemente;
  • Exposição ao vento, sol, poeira e outros produtos que possam irritar os olhos;
  • Intensidade das dores e frequência (quando houver);
  • A necessidade de permanecer sempre com óculos escuros ou em ambientes muito fechados;
  • Quais fatores contribuem para melhorar ou piorar a sensibilidade;
  • Uso de medicamentos;
  • Ferimento nos olhos.

A fotofobia tem cura?

A fotofobia é um sintoma que não tem cura em todos os casos. Quando o problema que causou essa sensibilidade pode ser tratado, a possibilidade da fotofobia desaparecer é maior.

Sendo assim, o tratamento e uma possível cura desse sintoma, varia de paciente para paciente, pois as causas da fotofobia são amplas.

Entretanto, quando o paciente apresenta esse sintoma como uma condição natural e não por uma patologia, como pessoas de olhos claros e albinas, o que se é feito é um tratamento para amenizar esse desconforto e algumas mudanças de hábitos.

Há também de se considerar os fatores ambientais. Pessoas que passam boa parte do tempo em locais escuros e não ficam expostos a iluminação natural, é comum que apresentem maior sensibilidade. Esse é um comportamento que pode potencializar essa aversão a luz.

O ideal, nesses casos, é que se faça um processo de adaptação, pouco a pouco, para que se possa permanecer na claridade sem sentir dores e um grande desconforto.

Qual o tratamento?

O tratamento da fotofobia deve ser realizado de acordo com o diagnóstico. Cada causa requer um tratamento diferente. No entanto, existem algumas formas de tratar e amenizar os sintomas dessa doença que se aplicam aos casos mais comuns. Conheça:

Uso de óculos de sol

Para pessoas que sofrem com a fotofobia, quanto menor a exposição dos olhos à luz, melhor. Utilizar óculos de sol impede a entrada direta da luz nos olhos e, por isso, alivia o desconforto causado em pacientes com esta doença. Contudo, é necessário buscar lentes de qualidade e específicos para este caso.

Lentes fotossensíveis

As lentes fotossensíveis são mais recomendadas para quem sofre com sensibilidade à luz. Todas as pessoas devem utilizar óculos de sol com lentes de qualidade e que permitam o bloqueio dos raios UV.

Para quem tem fotofobia, as fotossensíveis são interessantes pois se adaptam a claridade do ambiente, escurecendo e clareando automáticamente. É uma boa alternativa para quem tem algum problema de visão, como miopia e astigmatismo, e não quer ficar trocando de óculos de sol para óculos de grau.

Lentes fotocromáticas FL-41

São lentes utilizadas em óculos escuros, que bloqueiam o azul e o vermelho. Isso contribui para diminuir a sensibilidade a claridade e o uso vale também para dias nublados.

Lentes de contato

As lentes de contato funcionam como causa, em alguns casos, e como tratamento em outros. Contudo, só em casos extremos o uso é necessário.

No tratamento, é recomendado o uso de lentes de contato estéticas (coloridas). Elas auxiliam na redução da quantidade de luz que entra nos olhos. Pode ser uma alternativa para pessoas com olhos claros, para aliviar os sintomas da fotofobia.

No entanto, o uso dessas lentes deve ser feito sob aconselhamento de um oftalmologista e com os cuidados necessários.

Colírios e pomadas

Em casos em que a fotofobia foi provocada por uma doença ocular, é possível que o tratamento seja realizado com o uso de colírios e pomadas, como no caso de olhos secos, que requer o uso de colírios lubrificantes.

Medicamentos

Alguns medicamentos podem causar a fotofobia. Quando isso ocorre, o paciente deve recorrer ao médico e, possivelmente, deverá suspender o uso ou substituir por outro remédio.

É comum, após localizar o determinado medicamento que está provocando essa sensibilidade e suspender o uso, que o sintoma se estabilize ou desapareça.

Medicamentos para a fotofobia

A fotofobia deve ser tratada de acordo com a causa. Dessa forma, cada patologia requer o uso (ou não) de medicamentos conforme a sua necessidade.

Não existem medicamentos específicos para bloquear a sensibilidade a luz, somente medidas externas que auxiliam no processo de redução do desconforto.

Convivendo / Prognóstico

Por não ser uma doença, mas sim um sintoma, a fotofobia é uma condição que pode ser revertida ou amenizada.

As pessoas que sentem esse horror a luz, podem levar uma vida confortável quando optam por mudanças de hábitos. O primeiro passo é proteger os olhos com óculos escuros ou ainda, utilizar bonés e chapéus que impeçam a luz - e raios ultravioleta - de atingir diretamente os olhos.

Complicações

A fotofobia pode provocar algumas complicações. O sintoma em si já proporciona grande desconforto na vida de quem sofre com essa sensibilidade, mas pode ser mais grave para algumas pessoas. Veja como:

Cegueira diurna

A fotofobia, nos casos mais graves, pode provocar a cegueira diurna, também conhecido como hemeralopia.

As pessoas que sofrem com a fotofobia podem desenvolver essa cegueira durante o dia, devido ao excesso de claridade.

É considerada uma complicação grave, que impede que o paciente realize as atividades do seu dia a dia normalmente. Deve ser tratada com o médico oftalmologista.

Dificuldade para dirigir

Estar no trânsito exige que o motorista esteja atento a todos os sinais, automóveis e pessoas que transitam nas ruas. Significa ter uma atenção redobrada, pela sua segurança e pela segurança dos demais.

Para algumas pessoas que sofrem com a fotofobia, dirigir pode ser complicado. Além da claridade do sol, reflexos vindos de outros automóveis podem provocar dores, ardências e até mesmo impedir a visão.

Nesse caso, torna-se uma complicação, pois compromete o paciente com essa sensibilidade à luz a realizar uma tarefa cotidiano sem sofrer desconfortos ou riscos.

Dentro desse quadro, o paciente deve recorrer aos tratamentos e fazer uso do óculos de sol enquanto dirige durante o dia.

Prevenção

Algumas medidas simples podem ser tomadas para prevenir a fotofobia, já que todas as pessoas estão sujeitas a ter certo grau de sensibilidade. Veja quais são:

Lubrificar os olhos

É importante manter os olhos bem lubrificados, para prevenir a fotofobia e possíveis complicações. Para isso, pode ser necessário o uso de colírios ou até mesmo apenas piscar numa frequência adequada.

Uso de óculos escuros

Este é a principal forma de tratamento e prevenção da fotofobia. O uso de óculos escuros com lentes adequadas é indispensável para qualquer pessoa. No entanto, deve se ter uma preocupação quanto à qualidade das lentes. Certifique-se de que protegem os olhos dos raios UV.

Uso moderado de aparelhos eletrônicos

Passar muito tempo utilizando computadores, celulares e assistindo televisão pode deixar nossos olhos mais sensíveis à luz. Um dos motivos para isso é por não piscarmos tanto quanto deveríamos quando estamos com a atenção presa nessas atividades.

Uma forma preventiva é realizar pausas de 1 minuto a cada 1 hora e meia. Durante esse pequeno intervalo, busque olhar para um ponto distante e relaxar a musculatura ocular.

Além de ser uma forma de frear o surgimento da fotofobia, reduz possíveis dores de cabeça e o cansaço visual.

Essa é uma prática saudável principalmente para quem passa a maior parte do dia em frente esses aparelhos, seja por trabalho, estudo ou entretenimento. Ao fazer a pausa e escolher um ponto para fixar os olhos, não se deve forçar a vista.

Bebidas alcoólicas

O consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode aumentar a sensibilidade à luz. Por isso, evitá-lo é uma forma de prevenir a fotofobia.

Acessórios

Utilizar acessórios como bonés e chapéus de abas largas, junto aos óculos de sol, pode ajudar a proteger e reduzir o desconforto da claridade, principalmente nas estações mais quentes do ano.

Luz natural

Deixar entrar luz natural nos ambientes interiores é uma boa forma de prevenir a fotofobia, para que não se tenha desconforto nessa passagem de luz de um ambiente escuro para a claridade natural externa. É como no choque térmico, mas neste caso, com a luminosidade.

Alimentação

Alguns alimentos colaboram com a prevenção, diminuindo a fotofobia. São os alimentos que contém betacaroteno, vitaminas B6, C, E e licopeno. Algumas dicas são:

  • Betacaroteno: acerola, manga, melão, melancia, brócolis, maracujá, goiaba;
  • Vitamina B6: bife de fígado, banana, salmão cozido, frango cozido, batata; ameixa, camarão;
  • Vitamina C: pimentão cru, suco de laranja, morango, kiwi, tomate, brócolis, manga;
  • Licopeno: tomate, aspargos, pimentão vermelho, melancia, mamão, repolho roxo, cenoura.

A fotofobia é um sintoma comum e provocado por várias patologias e algumas pessoas estão mais sensíveis a esta condição. Em alguns casos não há cura, mas pode ser estabilizado com o uso de óculos de sol e com o tratamento da causa subjacente.

Compartilhe esse texto e espalhe informações sobre as formas de amenizar esse sintoma desconfortável e doloroso, em alguns casos.

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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