A crença de um amor correspondido, mesmo em meio a tantas negações da existência dele, seguido de perseguições por longos períodos, com inúmeras chamadas telefônicas e declarações de amor públicas.
A eritomania, como é chamada essa condição, é estudada desde o século XVII, assim como outros transtornos denominados como amor patológico e furor uterinus, atualmente descritos como transtorno do desejo sexual hipoativo, amor insanus e melancolia erótica.
Gaetan Gatian de Clérambault foi o médico responsável por distinguir, em 1921, os tipos de erotomania, classificando-as como pura e primária.
Para saber mais sobre erotomania, o que causa, seus tipos e os sintomas, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você vai encontrar:
As principais causas da erotomania estão relacionadas a fatores psicológicos e neuropsicológicos, tais como baixa autoestima, solidão e ocupação de cargos de baixo prestígio.
Geralmente, essas pessoas acreditam que são pouco atraentes fisicamente, o que pode levar ao desenvolvimento de fantasias amorosas irreais e delirantes em relação a indivíduos inacessíveis, ou seja, influentes, famosas e ricas, por exemplo.
Essa condição tem maior prevalência em pessoas com transtornos de personalidade antissocial, narcisista, esquiva e paranoide. No caso de transtornos de personalidade antissocial, por exemplo, há maior propensão a comportamentos promíscuos, violentos e fantasias sexuais que, geralmente, incluem parafilias como necrofilia, voyeurismo e sadismo.
Além disso, estudos indicam que a baixa flexibilidade cognitiva, verbal e visual também são fortes fatores que influenciam no desenvolvimento da condição.
O médico psiquiatra Clérambault classificou os tipos de erotomania como pura e secundária. Atualmente, a classificação mais utilizada é erotomania primária e erotomania secundária. A seguir, você confere as principais diferenças entre ambas:
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De maneira geral, os sintomas podem se apresentar da seguinte maneira:
Por outro lado, a secundária pode estar vinculada a transtornos mentais e ter outros sintomas envolvidos. Portanto, é necessário confirmar se há diagnóstico ou sintomas das seguintes condições:
Para diagnosticar essa condição, é necessário realizar acompanhamento psiquiátrico a fim de explorar o histórico mental e de vida do(a) paciente.
A partir disso, o(a) médico(a) fará o levantamento dos sintomas manifestados com base no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais para dar o diagnóstico e prescrever o tratamento da condição.
Com o intuito de diminuir o estresse ao qual os(as) pacientes ficam submetidos(as), o(a) psiquiatra poderá prescrever antipsicóticos típicos, que ajudarão na redução dos sintomas delirantes e medicamento neuroléptico.
Muitas vezes, também é recomendado o uso de medicações em conjunto com a hospitalização temporária do(a) paciente, pois apresenta resultados efetivos.
Além disso, em alguns casos, pode ser recomendado a eletroconvulsoterapia, principalmente quando nenhum outro tratamento é efetivo na redução de sintomas.
Por fim, a psicoterapia não se mostrou efetiva quando adotada como única forma de tratamento. Portanto, é importante ela seja conduzida juntamente com tratamento medicamentoso para haver melhora dos sintomas
A erotomania é caracterizada pela cresça de um amor correspondido, seguido de perseguições e ameaças. Já foi denominada como amor patológico.
Se você ou alguém que você conhece apresenta um ou mais sintomas, procure ajuda psiquiátrica!
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Esp. Thayna Rose
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