Saúde

Crioterapia: o que é, para que serve e como é feita?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 13/05/2024Última atualização: 13/05/2024
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 13/05/2024Última atualização: 13/05/2024
Close de cubos de gelo.A crioterapia, ou criocirurgia, é um método terapêutico que utiliza o frio para tratar várias condições dermatológicas, proporcionando alívio e melhora.
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Você já ouviu falar sobre a crioterapia? Talvez o termo não seja familiar, mas é um tratamento muito utilizado, principalmente no mundo do esporte, como naqueles banhos feitos com gelo.

Este método específico, ajuda na redução da dor e fadiga após o treino, bem como no das dores musculares tardias em comparação com o simples repouso.

No âmbito da fisioterapia, ela faz parte de um conjunto de técnicas e procedimentos que envolvem a aplicação de baixas temperaturas em áreas específicas ou no corpo como um todo.

Essa abordagem tem sido reconhecida por seus benefícios na redução da inflamação, controle da dor e relaxamento muscular.

Além disso, esse recurso pode ser aplicado também em tratamentos estéticos e em condições mais sérias.

Existem diversos métodos de aplicação terapêutica da crioterapia no corpo. Os mais comuns incluem o uso de bolsas ou compressas de gelo ou de gel, imersão do corpo em recipientes contendo água e gelo, utilização de sprays ou jatos de ar frio.

Essas técnicas são aplicadas de acordo com a necessidade da pessoa alvo e a recomendação do profissional de saúde responsável pelo tratamento. Se interessou pelo tema? Então não perca o texto a seguir!

Índice — Neste artigo você verá:

  1. O que é crioterapia?
  2. Para que serve a crioterapia?
  3. Qual é o efeito da crioterapia?
  4. Como é feita?
  5. Quanto custa?
  6. Quais os riscos da crioterapia?

O que é crioterapia?

A crioterapia, também conhecida como criocirurgia, é uma abordagem terapêutica que se baseia em usar o frio para tratar e aliviar diversas condições de pele.

Ele utiliza agentes criogênicos como o nitrogênio líquido, compressas geladas, gelo seco, spray químico e imersão em água com gelo. Todos com objetivo de congelar os tecidos afetados para sua destruição e eliminação.

Uma das principais vantagens da técnica é ser minimamente invasiva, o que a torna uma metodologia dermatológica de baixa complexidade. Ela é amplamente utilizada no tratamento de várias patologias, incluindo lesões musculares.

Quando um músculo sofre uma lesão, seja por altas temperaturas, trauma, doenças musculares, inflamações, isquemias ou alongamentos excessivos, ele tem uma certa capacidade de se recuperar.

E a crioterapia pode ajudar nesse processo de recuperação, pois seu resfriamento rápido da pele pode aliviar a dor e desencadear uma série de alterações imunológicas capazes de induzir o que chamamos de uma morte programada das células danificadas.

Normalmente os procedimentos são realizados em consultório e não requer cuidados prévios significativos antes de sua realização.

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Para que serve a crioterapia?

A técnica de crioterapia pode ser utilizada com múltiplos propósitos, visando principalmente minimizar as sequelas adversas associadas ao processo de lesão, tais como dor, edema, hemorragia e espasmo muscular. 

Seu papel é reduzir a área de lesão secundária, ajudando no tratamento de inflamações e dores no corpo. 

Por contribuir na vasoconstrição e diminuir o fluxo sanguíneo local, ela pode diminuir sintomas como inchaço e vermelhidão, além de reduzir a permeabilidade das células e o edema.

Recuperação muscular

Além de ajudar na minimização de sequelas citadas acima, o mecanismo estimula a proliferação de células musculares e a produção de colágeno, acelerando a reparação tecidual e permitindo um retorno mais rápido às atividades.

Problemas de pele

A crioterapia é aplicada em uma variedade de condições dermatológicas, incluindo: 

  • Manchas de sol ou melanoses;
  • Acne;
  • Queloides;
  • Verrugas virais;
  • Redução de cicatrizes hipertróficas;
  • Alopecia areata;
  • Ceratoses actínicas;
  • Lesões pré-malignas pele e prevenir o desenvolvimento de câncer.

Neste último tópico, é em casos em que a cirurgia é contraindicada, a crioterapia pode ser uma opção de cuidado adicional de alguns tipos de câncer de pele.

Na maior parte dos casos citados e dos que viram, a crioterapia é usada principalmente como tratamento e como um cuidado complementar. 

Redução da dor articulatória

A crioterapia pode ser utilizada para reduzir a dor articular causada por artrite, reumatismo e outras doenças.

Melhora da circulação

O frio intenso estimula a circulação sanguínea, melhorando a oxigenação dos tecidos e promovendo a sensação de bem-estar.

Leia mais: Cicatriz: tipos e como melhorar a aparência da pele cicatrizada.

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Qual é o efeito da crioterapia?

Os efeitos da crioterapia no corpo envolvem diversos sistemas responsáveis pelo controle da nossa temperatura corporal, como os mecanismos vasomotores e neurológicos. Esses efeitos fisiológicos são complexos e inter-relacionados, e o frio pode desencadear uma série de respostas no organismo. 

Entre os principais efeitos fisiológicos do frio estão a analgesia, redução do metabolismo local, alívio do espasmo muscular e a diminuição dos movimentos articulares. 

Durante muito tempo, acreditava-se que a aplicação do frio resultava em vasoconstrição seguida de vasodilatação. A resposta inicial de vasoconstrição era vista como uma medida para conservar a temperatura corporal. 

No entanto, havia confusão em relação à vasodilatação induzida pelo frio e sua real influência no copo. Hoje sabemos que a crioterapia não induz apenas vasoconstrição, mas pode também modular a resposta vascular de forma mais complexa. 

Além disso, a aplicação controlada do frio pode ter impactos positivos na redução da inflamação, na melhoria da circulação local e na promoção da recuperação de lesões musculoesqueléticas.

Como é feita?

Homem em uma banheira de gelo.
As táticas empregadas nos tratamentos de crioterapia envolve a aplicação de frio na área a ser tratada, utilizando uma variedade de métodos, desde pedras de gelo e bolsas térmicas até banhos de imersão em água gelada e dispositivos especializados, especialmente em tratamentos estéticos.

Uma das técnicas mais comuns envolve a exposição do paciente a temperaturas extremamente baixas, chegando a cerca de -190°C, por meio do uso de nitrogênio líquido. 

Esse agente criogênico é aplicado diretamente na pele, promovendo o congelamento das lesões e reduzindo a temperatura local, o que resulta na destruição do tecido lesionado.

A aplicação do nitrogênio líquido pode ser realizada de várias maneiras, como através de sprays, bandagens frias, cremes contendo substâncias como cânfora e mentol, ou mesmo por meio do congelamento de ponteiras encostadas na lesão. 

A profundidade do congelamento varia de acordo com a lesão a ser tratada, sendo necessário um tempo de congelamento mais prolongado, de 1 a 2 minutos, para lesões malignas, e apenas alguns segundos para lesões benignas.

O número de sessões necessárias e a duração do tratamento também dependem das características específicas da região a ser tratada, sendo recomendável uma avaliação individualizada por um dermatologista.

Além disso, é importante seguir as orientações do profissional quanto aos cuidados pós-tratamento, como utilizar sabonetes e produtos neutros durante a lavagem e aplicar protetor solar regularmente ao sair ao sol, reforçando a cada 4 horas.

Em alguns casos, a crioterapia pode envolver a imersão do corpo em água fria, com temperaturas variando entre 4°C e 14°C, por um período determinado, geralmente até 10 minutos.

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Quanto custa?

O custo da crioterapia varia de acordo com o número de sessões necessárias para o tratamento completo. De acordo com as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), o valor de um procedimento só pode ser determinado após uma consulta com o profissional. 

Durante essa consulta, o dermatologista deverá avaliar cada necessidade do paciente e poderá assim fornecer uma estimativa de custo com base no plano de tratamento recomendado.

O valor da consulta varia de acordo com a clínica e é importante pesquisar e comparar preços em diferentes clínicas antes de tomar uma decisão.

Alguns planos de saúde podem cobrir parte ou todo o custo da crioterapia. Verifique com o seu plano de saúde se ele oferece essa cobertura.

Quais os riscos da crioterapia?

Embora a crioterapia seja geralmente considerada um procedimento seguro, existem alguns riscos mínimos a serem considerados. A principal preocupação está relacionada à possibilidade de ocorrerem queimaduras ou manchas claras residuais na pele tratada.

O congelamento excessivo da pele pode causar queimaduras por frio, que se manifestam como dor, vermelhidão, inchaço e bolhas. Em casos graves, podem ocorrer cicatrizes.

Apesar de ser uma técnica bem estabelecida, é importante destacar que existem contraindicações específicas que devem ser consideradas antes de realizar o tratamento, como por exemplo: 

  • Hipersensibilidade ao frio ou alergia ao agente criogênico utilizado no procedimento, seja nitrogênio líquido ou dióxido de carbono líquido;
  • Doenças circulatórias, como diabetes ou doença arterial periférica;
  • Infecções ativas na pele;
  • Doenças neurológicas.

Para minimizar os riscos da crioterapia, é fundamental consultar um profissional qualificado, pois a crioterapia deve ser realizada por um médico dermatologista ou fisioterapeuta experiente.

Como em qualquer tratamento médico, é importante discutir quaisquer preocupações ou condições médicas pré-existentes com seu médico antes de iniciar a crioterapia, para garantir que seja apropriada para você e que os riscos sejam devidamente avaliados e gerenciados.

Leia mais: Queimaduras: graus, como tratar, pomadas, primeiros socorros 


A crioterapia, sem dúvida, é uma opção terapêutica valiosa para uma variedade de condições dermatológicas e musculoesqueléticas. Seus benefícios vão desde a redução da dor e inflamação até a eliminação de lesões cutâneas.

O tratamento é seguro quando conduzido de forma correta, sob a supervisão de um profissional da saúde experiente.

Para mais conteúdos relacionados a saúde e bem-estar, não perca os posts do Minuto Saudável!


Referências

  1. Crioterapia: Quando ela é indicada? — Dr. Daniel Stellin;
  2. O QUE É CRIOTERAPIA? — Dr. André Lauth;
  3. Criocirurgia — SBD;
  4. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CRIOTERAPIA — Universidade Católica Dom Bosco;
  5. Evidências atuais em crioterapia e suas aplicações clínicas — Brazilian Journal of Development.
Imagem do profissional Kayo Vinicius Ferreira Forte
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Este artigo foi escrito por:

Kayo Vinicius Ferreira Forte

Formação em Biomedicina. Leia mais artigos de Kayo
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