Cleptomania: o que causa, sinais e como tratar?

O que causa cleptomania?

Ainda não é possível afirmar a causa desse transtorno. Entretanto, estudos demonstram que alguns pacientes apresentam disfunção da serotonina na região frontal (parte da frente) do cérebro, responsável pelos comportamentos, atenção, planejamento e controle de impulsos.
Portanto, diante da disfunção nessa região do cérebro, o(a) paciente tem dificuldades em controlar os impulsos e elaborar atividades que demandam planejamento e atenção.

Além disso, há estudos que apontam que, em alguns pacientes, a região frontal do cérebro possui menor quantidade de substância branca, cuja função é transportar os sinais neurais para todo o cérebro. Portanto, essa questão também pode ser uma das responsáveis pela impulsividade em pessoas com essa condição.

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Sinais e sintomas

Pessoas com cleptomania apresentam os seguintes sinais e sintomas:

• Tentativa de resistir ao impulso de roubar;
• Falham em resistir e acabam roubando itens desnecessários ou sem valor monetário;
• Costumam ficar tensos antes de cometerem o roubo;
• Há consciência de que estão fazendo algo errado;
• Se sentem deprimidos ou culpados pelo que fizeram;
• Sentem gratificação ou alívio após roubar.

Se você se identificou com alguns desses sintomas, não deixe de buscar ajuda psicológica e psiquiátrica!

Como é feito o diagnóstico?

Existem duas formas de identificar a cleptomania. A primeira corresponde à identificação de familiares do comportamento de roubar pela criança, adolescente ou adulto. Na maioria das vezes, é a partir dessa identificação que se busca ajuda psicoterapêutica.

Geralmente, o diagnóstico é feito por um(a) psicólogo(a) fará avaliação e, no caso de crianças e adolescentes, é iniciada uma investigação com o apoio dos pais e depois com o(a) paciente. Esse processo é importante para entender o motivo pelo qual a criança sente a necessidade de roubar e identificar o gatilho que impulsiona o ato.

Outra forma de se chegar ao diagnóstico é quando há prisão por roubo em lojas, por exemplo. Ao realizar a avaliação psicológica da pessoa no sistema prisional, será identificado a presença de outros sintomas e classificações que enquadram o(a) infrator(a) no diagnóstico de cleptomania.

Tem cura?

Não há cura para essa condição. Contudo, é possível tratar a condição por meio de medicamentos, para alívio de sintomas, e de psicoterapia, para entendimento da condição, alívio emocional e controle do comportamento.

Tratamento para cleptomania

O tratamento se baseia na avaliação do(a) médico(a) psiquiatra e nas medicações que ele poderá prescrever para redução de sintomas. Contudo, ainda não existem medicamentos completamente eficazes no tratamento desse transtorno.

Em conjunto com os medicamentos, é recomendada a psicoterapia. Nas sessões, algumas técnicas poderão ser executadas, sendo elas:

Dessensibilização sistemática

Se baseia na exposição gradual do(a) paciente a uma situação que geraria vontade de roubar e, a partir disso, são elaboradas estratégias para a redução da tensão e do ato de roubar.

Terapia aversiva

É um modo de expor o(a) paciente a uma situação que desencadearia o comportamento de roubar e, diante disso, ele(a) é colocado em um desconforto. Dessa forma, possibilitando a conscientização do comportamento disruptivo, a pessoa consegue impor para si maneiras de controlá-lo.

A cleptomania é caracterizada como uma condição em que a pessoa furta itens desnecessários e sem valor monetário.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sintomas, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!

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Referências

• Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) — American Psychiatric Association, Artmed;
• Cleptomania: características clínicas e tratamento — Revista Brasileira de Psiquiatria.