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Câncer de mama em pets: o que causa, sintomas e como tratar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 09/11/2022Última atualização: 26/01/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 09/11/2022Última atualização: 26/01/2023
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câncer de mama em pets é muito similar ao câncer de mama em humanos, sendo uma neoplasia resultante do crescimento anormal de células do tecido mamário, que formam tumores malignos nas mamas. 

Assim como o câncer de mama em humanos, o em pets também pode desenvolver metástase, ou seja, as células cancerígenas podem se espalhar pelo organismo do animal, formando tumores em outros órgãos, como no pulmão e fígado.

A doença, que é considerada uma das principais causas de morte em pets, afeta principalmente animais não castrados, sendo as cadelas mais acometidas do que as gatas.

Estima-se que 1 em cada 2 tumores mamários diagnosticados em cadelas são malignos. Já no caso de gatas, cerca de 9 em cada 10 tumores mamários diagnosticados são malignos.

Precisamos lembrar também que, apesar de muito se falar sobre câncer de mama em fêmeas, os machos também podem ser acometidos por essa doença. Porém, mesmo que a incidência seja menor nos machos, a saúde desses animais não deve ser negligenciada.

Para saber um pouco mais sobre o câncer de mama em pets, quais são seus sintomas e como prevenir, continue acompanhando o artigo!

Neste artigo, você encontrará:

  1. O que causa câncer de mama em pets?
  2. Grupos de risco
  3. Sintomas de câncer de mama em pets
  4. Prognóstico
  5. Como é feito o diagnóstico?
  6. Câncer de mama em pets tem cura?
  7. Tratamento
  8. Como prevenir o câncer de mama em pets?

O que causa câncer de mama em pets?

O câncer de mama em cadelas e gatas pode ser causado por fatores naturais, como envelhecimento, e fatores externos, como exposição à carcinógenos ambientais. Além disso, o câncer de mama pode ser multifatorial, ou seja, causado por mais de um fator.

Entre as principais causas de câncer de mama em pets estão:

Predisposição genética 

Assim como nos humanos, alguns tipos de câncer de mama podem estar relacionados à expressão de um gene que pode ser passado hereditariamente. Portanto, alguns animais têm maior predisposição genética ao desenvolvimento desse tipo de tumor.

Exposição a carcinógenos ambientais

Existem substâncias no ambiente consideradas carcinógenas, ou seja, são substâncias com a capacidade de estimular o desenvolvimento de tumores malignos. 

Sendo assim, a exposição a esse tipo de substância, como a fumaça e toxinas do cigarro, pode causar o aparecimento de câncer de mama.

Envelhecimento

Quando o animal envelhece, ocorrem diversas mudanças no funcionamento do organismo a nível celular, diminuindo, por exemplo, a capacidade antioxidante e favorecendo a multiplicação anormal de células e, consequentemente, formando tumores. 

Fatores hormonais

Os próprios hormônios produzidos pelo organismo dos animais podem influenciar no aparecimento de tumores. Isso acontece pois alguns tipos de tumores mamários são hormônio estimulados, ou seja, se desenvolvem diante da presença de hormônios. 

Por isso, a castração é uma das principais formas de prevenção de câncer de mama em pets, pois cessa a liberação desses hormônios, diminuindo consideravelmente a possibilidade do animal desenvolver tumores de mama.

Uso de “anticoncepcionais”

O uso de hormônios sintéticos na tentativa de impedir prenhezes indesejadas não é recomendado por veterinários (as). Além de diversos problemas de saúde causados por esse tipo de produto causar, ele também pode estimular o desenvolvimento de tumores mamários.

Obesidade

Além do excesso de peso e da obesidade já ser um problema de saúde por si só, ele também favorece o surgimento de tumores.

Alimentação não balanceada

Uma alimentação desbalanceada ou o uso de alguns suplementos podem afetar a saúde do animal de forma geral e desencadear o desenvolvimento de tumores.

Pseudociese 

Também conhecida como gravidez psicológica, a pseudociese também é um fator que pode estimular o desenvolvimento de câncer de mama nas pets fêmeas.

Excesso de peso, envelhecimento e uso de medicamentos podem causar câncer.

 

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Grupos de risco

O câncer de mama pode afetar qualquer pet, independente de ser macho ou fêmea, idade, estado de saúde ou se o animal é castrado ou não.

Porém, a incidência desse tipo de câncer é mais comum em cadelas e gatas não castradas e de idade avançada, com mais de 10 anos de idade. Além disso, algumas raças apresentam maior predisposição do que outras, como é o caso das cadelas da raça Beagle e Boxer e das gatas da raça Siamês. 

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Sintomas de câncer de mama em pets

O principal sintoma de câncer de mama em pets é o mesmo do câncer de mama humano: nódulos na mama. Porém, existem diversos outros sintomas que podem acometer os animais, como:

  • Presença de um ou mais nódulos de diferentes tamanhos na cadeia mamária;
  • Apatia;
  • Vômito;
  • Febre;
  • Alteração na ingestão de alimento;
  • Região mamária avermelhada e inchada;
  • Secreção mamária, podendo ter odor desagradável ou não;
  • Sensibilidade na região mamária;
  • Feridas na região mamária;
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Dor;
  • Perda de peso significante em pouco tempo.

Vale lembrar que a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas pouco específicos no início, dificultando assim sua identificação.

Caso perceba qualquer um dos sintomas listados acima, leve seu pet ao veterinário de sua confiança para que ele seja examinado, realize exames e, caso necessário, seja tratado o quanto antes.

 

Dica: Uma boa forma de perceber alterações na região mamária do seu pet é durante o carinho ou, até mesmo, durante o banho. Ao tocar a barriga do seu pet, preste atenção na textura das mamas, se há ou não a presença de caroços, se elas estão rígidas, inchadas, vermelhas, quentes ou se há liberação de secreção. 

Leia tambémPiometra: o que é, o que causa, sintomas e como prevenir

Prognóstico

O prognóstico do câncer de mama em pets varia de acordo com o tipo de câncer, agressividade do tumor, estado de saúde geral do animal, se o diagnóstico foi precoce ou tardio, entre outros. 

Portanto, só quem poderá definir o prognóstico do câncer de mama é o (a) veterinário (a) que está acompanhando o caso.

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Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de mama só pode ser feito por um (a) veterinário (a), preferencialmente especializado em oncologia, pois apenas esse (a) profissional é capaz de analisar os sintomas, pedir exames e determinar a melhor linha de tratamento.

Diante da suspeita de câncer de mama, o (a) veterinário (a) pode fazer perguntas pertinentes ao quadro do animal, realizar o exame físico com palpação da cadeia mamária do animal e, caso julgue necessário, realizar o pedido de exames complementares, como é o caso da citologia aspirativa do nódulo mamário, radiografiamamografia

Esses exames permitem definir se o tumor de mama do animal é maligno ou benigno, ou seja, fazer o diagnóstico final de câncer, além de permitir avaliar a extensão do tumor, o estágio da doença e se houve ou não metástase. 

A seguir, você confere um pouco mais sobre cada uma desses exames e suas funções: 

Exame clínico

É o exame realizado nas consultas de rotina, no qual o (a) veterinário (a) avalia o estado de saúde do animal e a presença ou não de alterações. Também são feitas perguntas relacionadas ao estado de saúde e possíveis alterações ao tutor do animal.  

Portanto, é durante esse exame que o (a) profissional poderá notar a presença de nódulos e ou alterações físicas nas mamas.

Exames de sangue

Durante o exame de sangue, serão analisadas possíveis alterações celulares e presença de glóbulos brancos, que podem indicar que o animal está com algum problema de saúde. 

Radiografias

A radiografia permite observar a presença de nódulos que podem ser malignos, além de permitir diagnosticar a metástase do câncer para outros órgãos, como o pulmão.

Ultrassonografias

Durante esse exame de imagem, também pode ser avaliada a presença de nódulos, formato, margem e se há metástase para outros órgãos.

Biópsia por aspiração

A biópsia por aspiração do nódulo mamário permite definir se o tumor é maligno ou benigno por meio do exame histopatológico da amostra aspirada. É um exame um pouco invasivo, mas essencial para fechar o diagnóstico de câncer de mama em pets.

 

O diagnóstico precisa ser feito por um (a) veterinário (a), profissional mais qualificado (a).

 

Câncer de mama em pets tem cura?

Apesar de ser considerada uma das principais causas de morte em pets, o câncer de mama pode sim ter cura, mas desde que diagnosticado precocemente e tratado adequadamente. 

Tratamento

Assim como na medicina humana, existem diversas abordagens para o tratamento do câncer de mama em pets, sendo a mais seguida a cirurgia de remoção da mama afetada. 

Caso o animal apresente nódulos nas duas cadeias mamárias, recomenda-se que a retirada seja realizada em duas etapas. Após a retirada do tumor, ele será direcionado para uma avaliação laboratorial que irá definir se o animal necessita da realização de tratamento após a cirurgia.

Dependendo do tipo de câncer, da margem de retirada, do acometimento de linfonodos e se houve metástase, o (a) profissional pode recomendar a realização de tratamento quimioterápico. 

Além disso, dependendo do animal e do avanço da doença, a quimioterapia pode ser realizada antes da cirurgia. Esse procedimento é geralmente feito em gatas, já que a mastectomia é mais agressiva para esses animais do que para as cadelas.

quimioterapia também pode ser a linha de tratamento de escolha nos casos de animais nos quais o câncer de mama é considerado inoperável, como no caso dos que apresentam a doença em estágio avançado, com presença de metástase no pulmão.   

Diferente dos humanos, os animais raramente apresentam queda de pelo durante a quimioterapia e os sintomas relacionados a esse tratamento costumam ser bem mais leves do que nos humanos.

Em casos mais avançados e que não há a possibilidade de cura, o (a) profissional pode recomendar a utilização de tratamento paliativo, para dar qualidade de vida ao animal.

Portanto, para o sucesso do tratamento é muito importante que o (a) tutor (a) siga as recomendações veterinárias e realize o tratamento e acompanhamento corretamente.

Como prevenir o câncer de mama em pets?

No caso do câncer de mama em pets, a melhor estratégia é a prevenção. Por isso, listamos algumas ações que podem auxiliar na prevenção dessa doença:

  • Ofereça uma alimentação balanceada, completa e de qualidade;
  • Além de prevenir ninhadas indesejadas, a castração também previne o desenvolvimento de diversos problemas de saúde graves em pets, como a piometra e o câncer de mama. No caso do câncer de mama a castração antes do primeiro cio diminui ainda mais o desenvolvimento do câncer de mama;
  • Não administre medicamentos à base de hormônios para evitar a prenhez; 
  • Crie o hábito de palpar as cadeias mamárias do seu pet enquanto o acaricia ou dá banho, atentando para a presença de nódulos, temperatura, tamanho, aparência e liberação de secreção;
  • Realize as consultas de rotina do seu animal nos intervalos recomendados pelo (a) veterinário (a), pois isso favorece o diagnóstico precoce de problemas de saúde;
  • Evite a exposição do seu animal a substâncias cancerígenas, como fumaças em geral e produtos químicos;
  • Use apenas produtos de limpeza seguros para animal nos locais em que ele convive;
  • Deixe produtos químicos longe do alcance dos seus pets;
  • Mantenha a vacinação e a vermifugação do seu animal em dia;
  • Não se esqueça que todos esses cuidados também devem ser tomados com os machos, pois eles também podem desenvolver o câncer de mama.

Apesar de ser uma doença agressiva, o câncer de mama em pets pode ser prevenido e curado quando o diagnóstico é feito de forma precoce.

Caso tenha alguma dúvida ou suspeite que seu bichinho possa estar com a doença, não deixe de levá-lo ao veterinário o quanto antes!

Para mais informações sobre saúde pet, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!

Imagem do profissional Kenny Cardoso
Este artigo foi escrito por:

Esp. Kenny Cardoso

Médica veterinária pela Universidade Federal Fluminense com mestrado em Medicina Veterinária.Leia mais artigos de Esp. Kenny
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