Com a atual cultura de trabalho com demandas imediatas, carga de trabalho estendida, rotinas estressantes e esgotamento, a ansiedade foi considerada o mal do século e ganhou maior notoriedade. Contudo, pouco se fala sobre como esses transtornos afetam os animais de companhia, como os gatos.
Apesar de não terem uma rotina de trabalho, os pets também passam por situações estressantes, que podem levar ao desenvolvimento de ansiedade.
Gatinhos são animais que costumam ser mais calmos e quietos e, muitas vezes, demonstram muito sutilmente quando algo não está bem, como a ansiedade. Porém, diferente do que muitos pensam, assim como a ansiedade humana, a ansiedade em gatos é um problema real, que impacta a qualidade de vida do animal e que não deve ser negligenciada, pois quando não tratada pode causar complicações ainda mais graves.
Continue acompanhando o artigo e saiba mais sobre a ansiedade em gatos, suas possíveis causas, seus principais sinais e como preveni-la!
Neste artigo, você encontrará:
A ansiedade pode ser considerada o medo antecipado de algum evento negativo, real ou não, além de estar ou não estar relacionado a uma situação de enfrentamento, ou ameaça real. Muitas vezes, esses sentimentos podem se manifestar em momentos nos quais não há um motivo lógico para o animal se sentir ansioso.
Os gatinhos são animais metódicos, apegados à rotina, que se assustam com facilidade e não lidam muito bem com mudanças. Portanto, situações que envolvam alterações no seu espaço, rotina, introdução de novos animais, ausência do(a) tutor(a) ou mudanças em geral são estressantes para esses animais, podendo servir de gatilho para o desenvolvimento da ansiedade.
A condição pode ser desenvolvida após um episódio desagradável para o animal, de forma que, toda vez que algo relacionado a esse tipo de situação acontece, a ansiedade é engatilhada. Um bom exemplo é quando o animal é apresentado a outro que o atacou e feriu ou após uma mudança abrupta de rotina, por exemplo.
Lembrando que tanto o diagnóstico quanto o tratamento da ansiedade em gatos deve ser feito por um(a) veterinário(a). Contudo, estar ciente das possíveis causas pode ajudar os(as) tutores(as) a identificar se o animal está sofrendo desse problema e procurar ajuda profissional. A seguir, você confere algumas das principais:
Quando o animal passa muito tempo preso ou isolado, ele é pouco estimulado e, consequentemente, fica entediado e ansioso.
Uma das formas mais comuns de ansiedade em gatos é a causada por separação. Nesse caso, a ausência do(a) tutor(a) deixa o animal estressado e ansioso.
Como vimos anteriormente, os gatinhos são animais que gostam de rotina e, por conta disso, alterações podem sinalizar que algo está errado ou que algo ruim irá acontecer.
O ambiente do gatinho é onde ele se sente seguro e, quando há alterações nesse ambiente, ele pode estranhar e se sentir inseguro e ansioso.
Nesse caso, o gato é retirado do ambiente em que se sente seguro e introduzido em um ambiente novo desconhecido.
A introdução de um novo animal costuma ser naturalmente estressante para os animais e, em alguns casos, desencadeando assim ansiedade.
A artrite é uma das condições que pode acometer os gatos e que causa dor em algumas atividades, o que também pode ser gatilho para um quadro ansioso.
É comum que na presença de uma pessoa ou animal o bichano fique desconfortável, ou faz com que ele se sinta fora do controle.
Os gatinhos devem ser socializados no período entre a segunda e a sétima semana de vida, pois é nessa fase que ele têm mais facilidade em aprender e entender o que devem ou não temer.
Contudo, caso essa interação seja experimentada ou apresente algum episódio ruim, pode ser que o animal se torne ansioso diante de situações consideradas normais.
Animais que são separados da mãe muito cedo podem se tornar mais medrosos, ansiosos e podem acabar não sendo socializados corretamente, como ocorreria caso estivesse com a mãe e os irmãozinhos.
O processo de envelhecimento pode tornar o gato mais ansioso, e isso se agrava quando há perda de memória, pois gera insegurança.
Como falamos, os gatinhos se sentem seguros e no controle do seu ambiente, por isso, quando são retirados do seu ambiente, podem se sentir estressados e ansiosos.
A ansiedade em gatos pode ser causada por diversos fatores, mas apenas um(a) profissional poderá identificar os gatilhos da condição.
A ansiedade em gatinhos pode se apresentar de diversas formas, sendo as mais comuns a ansiedade por separação e o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
A ansiedade por separação é um pouco mais conhecida por ser relativamente comum em pets, principalmente após o cenário de pandemia de Covid-19, que fez com que muitos(as) tutores(as) passassem a ficar em casa diariamente e o dia todo.
Além de ser comum em gatos ansiosos e estressados durante a ausência do(a) tutor(a), esse tipo de ansiedade é ainda mais comum em gatos com histórico de abandono ou que já tiveram vários responsáveis diferentes.
Por outro lado, o TOC em gatos, assim como acontece com os humanos, é caracterizado por comportamentos repetitivos e exagerados. Ainda não se sabe exatamente o que causa esse transtorno nos bichinhos, mas sabe-se que ele pode estar relacionado ao estresse e que alguns casos podem estar relacionados a predisposição genética.
Portanto, é possível observar uma alteração comportamental no gatinho ou que ele aparente estar mais estressado, assustado ou medroso sem relacionar essas alterações com possibilidade da ansiedade. Por isso, é importante ficar atento aos principais sinais da ansiedade em gatos e, caso note, é preciso procurar a ajuda veterinária para dar o devido tratamento e evitar possíveis complicações.
Como vimos, a ansiedade pode estar relacionada desde ao estresse causado por certas situações até a problemas de saúde. Logo, os sinais dessa doença também podem variar bastante, indo de sinais físicos a comportamentais.
É importante saber os sinais desse transtorno para identificá-los e então procurar um ajuda profissional. Portanto, para te ajudar com isso, listamos a seguir alguns desses sinais de ansiedade em gatos:
A maioria desses sinais estão relacionados a uma forma de externar os seus sentimentos, aliviar a agonia relacionada a ansiedade ou, até mesmo, de chamar a atenção.
Caso observe qualquer um desses sinais, é preciso buscar ajuda veterinária para que o pet seja avaliado e tratado adequadamente, restaurando o seu estado de saúde e a sua qualidade de vida.
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O diagnóstico da ansiedade em gatos deve ser feito por um(a) veterinária(a), uma vez que o(a) profissional é capacitado para avaliar os sinais, examinar o animal e diagnosticar corretamente a condição. Dependendo do quadro, e caso ache necessário, o clínico pode encaminhar o animal para um(a) veterinário(a) especialista em comportamento.
Durante a consulta, serão avaliados os relatos de sintomas identificados, perguntas pertinentes para o caso, avaliar o estado de saúde do animal, os sinais vitais e solicitação de exames complementares para determinar se o animal está com outra doença ou o que está causando o quadro de ansiedade.
Após a avaliação minuciosa de todas essas questões, o veterinário fechará o diagnóstico de ansiedade, determinar qual a causa e definir a linha de tratamento ideal não só para ansiedade, como também para a causa base.
Após determinada a causa, será definida a linha de tratamento para tratar o que está causando a ansiedade.
Como a causa base pode variar muito, o tratamento também acompanha essa lógica. Já o tratamento da ansiedade em si, pode ser abordado de diversas formas, seja por medicamentos, como ansiolíticos e calmantes, ou de alterações relacionadas a rotina do animal.
Portanto, pode ser recomendada a introdução de atividades que façam o animal se sentir mais seguro e relaxado no seu ambiente e com as pessoas com quem se relaciona. Como a definição de uma rotina mais “rígida”, a retirada de situações estressantes e estímulo por meio de brinquedos interativos, serão necessários para o acompanhamento.
Além disso, o(a) profissional também pode recomendar investimento no enriquecimento ambiental, por meio de arranhadores pela casa, instalação de prateleiras e da compra de novos brinquedos. Contudo, vale lembrar que é importante que o animal não seja mantido isolado ou preso por longos períodos.
O adestramento também pode contribuir e muito com esse processo, pois consegue diminuir medos, dessensibilizar os gatilhos e substituir comportamentos negativos por positivos. Esse treinamento deve ser feito por um(a) profissional especializado, portanto, sempre busque indicações.
Por fim, vale lembrar que a administração de medicamentos sem a prescrição de um(a) profissional pode não só mascarar problemas maiores, como também agravar o quadro ansioso do animal e causar intoxicação.
Além de tratamento medicamentoso, o ideal também é mudar e participar mas da rotina do seu pet.
É possível prevenir ou diminuir a chance de os gatinhos desenvolvam a ansiedade por meio de algumas medidas simples, como dar mais carinho e atenção. A seguir, você confere algumas medidas que podem ajudar na prevenção da ansiedade:
Caso a ansiedade em gatos não seja tratada, o animal poderá apresentar piora com o tempo e comportamentos indesejáveis com ainda mais frequência. Além disso, negligenciar a ansiedade pode acabar afetando o sistema imune do animal, o tornando mais susceptíveis a doenças.
Caso tenha alguma dúvida quanto ao tratamento ou suspeite que seu bichinho esteja sofrendo com ansiedade, não deixe de buscar ajuda veterinária!
Para mais informações e dicas de como cuidar do seu pet, continue acompanhando o site e as redes sociais do Minuto Saudável!
Esp. Kenny Cardoso
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