Os primeiros meses de um bebê é um período que determina vários aspectos da sua vida posterior. A alimentação é um deles, e a forma como ela acontece nesse momento influencia na saúde e nos hábitos da pessoa.
Neste artigo, você irá entender mais sobre como é a alimentação do bebê de até 6 meses e o que pode ou não ser oferecido.
Índice — Neste artigo você verá:
O leite materno é a fonte de alimentação da criança no início da vida. Assim que o bebê nasce, já nos primeiros minutos após o parto, a mãe já pode oferecer o leite. Na maior parte das mulheres, ele vai sendo gerado ao final da gestação, e a partir da sucção o corpo passa a produzi-lo conforme a demanda.
Nos primeiros dias é gerado o colostro, rico em proteínas e anticorpos. Depois, o leite sofre alterações até se tornar maduro, próximo ao 25º dia de vida do bebê.
Cada criança tem suas particularidades, e a rotina de alimentação pode variar. Os bebês sentem fome várias vezes ao dia, especialmente nas primeiras semanas, quando eles ingerem uma pequena quantidade de alimento a cada mamada.
O recomendado é que se ofereça o leite em livre demanda, nos momentos em que a criança desejar, sem determinar um horário ou um tempo para cada mamada. Dessa forma, o bebê aprende a identificar os sinais de fome e de saciedade, o que pode contribuir para sua relação com a alimentação no futuro.
Todos os nutrientes que o bebê precisa para crescer e se desenvolver com saúde estão presentes no leite materno. Ele ainda tem a capacidade de se modificar para suprir as necessidades nutricionais que possam surgir no decorrer dos dias e meses.
Por isso, nos primeiros 6 meses de vida, essa deve ser a única fonte de alimentação da criança. Ele é suficiente para o seu sustento, e é o tipo de alimento que o corpo do bebê está preparado para receber, já que ainda é muito imaturo.
Outros líquidos, como diferentes tipos de leite, sucos e até mesmo água, não devem ser oferecidos para crianças que são alimentadas por meio do leite materno. O mesmo vale para papinhas, frutas e alimentos em geral, que só podem ser consumidos após os 6 meses.
No primeiro semestre de vida, o bebê ainda não possui as bactérias intestinais responsáveis por proteger o corpo de infecções. Suas enzimas digestivas, que atuam no processamento e absorção dos nutrientes, também não estão totalmente desenvolvidas. O sistema imunológico é outra parte importante que ainda não está pronta nessa fase.
Esses e outros fatores, em conjunto com questões motoras e cognitivas, impossibilitam o consumo de substâncias além do leite materno por bebês com até 6 meses. É só a partir dessa idade que pode-se introduzir, aos poucos, outros alimentos.
Mas é importante ter o aval do(a) pediatra que acompanha a criança, que irá também orientar quanto a melhor forma de fazer essa transição.
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A fórmula é um tipo de leite artificial oferecido em solução em pó ou líquida, que traz nutrientes processados e usa como base leites de origem animal. Ela é modificada industrialmente, sendo oferecida em uma composição que busca incluir as substâncias essenciais para a criança, enquanto retira ou diminui aquelas que não são indicadas nessa fase da vida.
Existem situações em que a fórmula é necessária, como em casos de mães que não podem produzir leite, sendo esse composto o único meio possível para o sustento da criança.
Se comparada ao leite comum, utilizado por adultos, a fórmula é mais saudável para o bebê em seus primeiros meses de vida. Porém, ela não deve ser considerada como a primeira opção de alimentação exclusiva, e deve ser usada apenas quando há indicação médica.
Em alguns casos, ela pode ser uma forma de complementação, oferecida em conjunto com o leite materno, se este não é produzido em quantidade suficiente.
Embora ela seja desenvolvida de forma que fique o mais próximo possível do leite materno, a fórmula não contém tudo o que ele oferece.
Por exemplo, diferente do leite materno, ela não tem ação que auxilia a proteger a criança contra infecções. Isso porque não contém anticorpos importantes no desenvolvimento do sistema imunológico, que atuam protegendo o bebê contra infecções e outras condições. Essas células de defesa estão presentes no leite materno, enviadas da mãe diretamente para a criança.
A fórmula também possui o risco de causar infecções intestinais na criança, além de reações alérgicas. E embora auxilie na nutrição, não tem ação que auxilie na fortificação da melhora da saúde a longo prazo.
O uso de fórmula geralmente está relacionado com as mamadeiras, que são uma das formas mais comuns de oferecer alimentos desse tipo. Estudos mostram que a utilização do bico pode atrapalhar as mamadas no peito, quando as duas formas são utilizadas em conjunto. A mamadeira oferece um consumo mais fácil para o bebê, o que pode causar uma recusa do peito, levando ao desmame precoce.
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Muito se sabe sobre as vantagens que a amamentação oferece à criança, seja a curto ou a longo prazo. Algumas delas são:
Sabe-se ainda que a mulher que amamenta tem menores riscos de apresentar hemorragia no pós-parto e de desenvolver câncer de mama, ovário e colo de útero, o que torna esse processo benéfico para a mãe também.
A recomendação dos principais órgãos competentes, como o Ministério da Saúde do Brasil e a Organização Mundial da Saúde, é de que a ingestão aconteça até os 2 anos de idade, podendo se estender por mais tempo.
Além das vantagens na saúde física, a amamentação também tem um papel importante na relação entre mãe e filho(a), auxiliando a desenvolver esse laço necessário para a vida de ambos. Vários estudos ainda comprovam que o toque e proximidade com o bebê é fundamental para seu desenvolvimento em vários âmbitos.
Pais e cuidadores têm uma responsabilidade muito grande sobre a alimentação e a saúde da criança, especialmente nessa fase.
Cada bebê tem suas particularidades e esse é um momento de aprendizado para todos. Por isso, é fundamental ter sempre o acompanhamento de um(a) pediatra. Profissionais como consultores de amamentação e nutricionistas também podem ser muito importantes nessa fase.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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