A quitina é um polissacarídeo estrutural encontrado na parede celular de diversos organismos. Possui a capacidade fundamental na proteção contra agentes infecciosos. Sua presença confere uma série de mecanismos de defesa que fortalecem a resistência biológica dos organismos que a possuem.
Os polissacarídeos contribuem para a estabilidade das paredes celulares em diversos organismos. O exemplo principal, é a própria quitina, um polissacarídeo amplamente distribuído em nosso planeta, que assume um papel central na manutenção da integridade estrutural nas paredes celulares de insetos e fungos.
Outro exemplo importantíssimo é a celulose, que desempenha uma função estrutural semelhante, mas é predominante em plantas.
Quer entender melhor sobre as funções e os benefícios da quitina para o nosso corpo? Continue lendo!
Índice:
A quitina é um polissacarídeo estrutural que desempenha um papel crucial na formação de exoesqueletos de artrópodes, como insetos e crustáceos, bem como na constituição das paredes celulares dos fungos.
Sua estrutura é composta por unidades de N-acetilglicosamina, conferindo-lhe propriedades de resistência à estrutura.
Outro polissacarídeo importante de ser citado é a quitosana, que por sua vez, é derivada da quitina por meio de um processo de desacetilação. Esse processo remove parte dos grupos de acetila da quitina, transformando-a em um polímero mais solúvel em água.
Portanto, a quitosana mantém a estrutura básica da quitina, mas com a adição de grupos de aminoácidos livres. Essa mudança confere à quitosana propriedades únicas, como a capacidade de ser solúvel em água e apresentar atividades biológicas e biocompatibilidade.
Essa alteração faz com que a quitosana seja capaz de se dissolver em água, ou que a quitina não consiga fazer facilmente.
A quitina encontra-se principalmente na parede celular dos fungos, onde contribui para a integridade e resistência dessa estrutura, e no exoesqueleto dos artrópodes, como insetos, crustáceos e aracnídeos.
O exoesqueleto é uma estrutura fundamental para os artrópodes, oferecendo proteção aos órgãos internos, suporte estrutural para o corpo e ajudando a prevenir a perda excessiva de água.
Servindo também como uma espécie de armadura externa para os artrópodes, fornecendo uma barreira física que protege contra ameaças externas e predadores.
Além disso, atua como uma estrutura de suporte, permitindo o movimento coordenado dos membros. A capacidade do exoesqueleto de minimizar a perda de água é especialmente importante para os artrópodes, que geralmente habitam ambientes diversos e podem enfrentar desafios.
Tanto nos insetos quanto nos fungos, a quitina se destaca como um componente estrutural multifuncional, contribuindo não apenas para a integridade física, mas também para as adaptações específicas desses organismos a ambientes.
Para os artrópodes, a quitina desempenha um papel excepcional na formação de exoesqueletos, estruturas externas que protegem suporte mecânico e proteção ao corpo desses organismos.
Esses exoesqueletos são compostos principalmente pela quitina, proporcionando uma resiliência. Formando uma matriz sólida e flexível, qualidades necessárias para sustentar o corpo do encaixe, ao mesmo tempo em que oferece a flexibilidade para permitir o movimento.
Servindo também a proteção contra predadores, uma vez que o exoesqueleto atua numa barreira física resistente. Além disso, contribui para a manutenção da forma corporal e, consequentemente, para a eficiência no desempenho das atividades diárias, como locomoção e alimentação.
Essa adaptação estrutural é especialmente relevante no ciclo de vida, durante os quais passam por estágios de mudança, renovando seu exoesqueleto à medida que cresce.
Por outro lado, nos fungos, a quitina compõe a parede celular, uma estrutura importante para a resposta a condições adversas do ambiente. A parede celular de quitina em fungos é uma barreira protetora que contribui para a integridade estrutural do organismo.
Ela oferece resistência física contra pressões externas, protegendo as células fúngicas contra danos mecânicos.
Em situações de estresse ambiental, como mudanças de temperatura, disponibilidade de nutrientes ou pressão osmótica, a composição e a espessura da parede celular podem ser modificadas para fornecer suporte adicional ou permitir a flexibilidade necessária.
Essa capacidade de adaptação é essencial para a sobrevivência e a eficácia funcional dos fungos em ambientes variáveis.
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Como vimos, o exoesqueleto dos artrópodes, que compreende uma variedade de animais como insetos e crustáceos, é uma estrutura complexa que vai além da quitina.
Outros elementos, como carbonato de cálcio, proteínas, lipídios e pigmentos, contribuem para a composição desse revestimento externo.
Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, teve como foco a análise do impacto da quitina no organismo, utilizando camundongos como modelo experimental.
Os resultados revelaram a produção de uma enzima intestinal chamada AMCase, essencial para a digestão da quitina, juntamente com a ativação de células que desempenham um papel regulador nos tecidos adiposos.
A conclusão dos pesquisadores aponta para os benefícios do consumo de quitina na promoção de um microbioma saudável no trato gastrointestinal inferior.
Esta descoberta pode ter implicações significativas para os mamíferos, uma vez que a quitina é resistente à digestão por muitas enzimas produzidas por esses animais.
Há inúmeras culturas em que o consumo de inseto é considerado normal, e cientistas ressaltam que o consumo de insetos pelos seres humanos não é apenas seguro para a saúde, mas também pode fornecer nutrientes essenciais, como proteínas.
A próxima etapa consiste em conduzir estudos em humanos para aprofundar nossa compreensão sobre como o organismo humano reage ao consumo de quitina e para explorar possíveis benefícios para a saúde associados a essa ingestão.
Organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), têm destacado o potencial dos insetos como uma fonte eficaz de alimentos, contribuindo para a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental.
Além das implicações nutricionais, estudos apontam que o consumo de insetos representa uma alternativa sustentável e viável para abordar questões ambientais globais.
Nesse caso em especial, os testes em humanos desempenham um papel crucial no aprimoramento das descobertas até o momento, permitindo uma análise mais precisa dos efeitos da quitina no corpo humano.
Essa abordagem experimental oferecerá análises importantes sobre os mecanismos biológicos, avaliando, por exemplo, como a quitina é processada no sistema digestivo e quais respostas fisiológicas podem ser desencadeadas.
Vale ressaltar que, neste estágio inicial, as descobertas e conclusões sobre os benefícios para a saúde são hipotéticas e baseadas em observações em modelos animais.
Os testes em humanos representam uma fase crítica para validar e refinar essas dicas, fornecendo uma base sólida para recomendações futuras relacionadas ao consumo de quitina.
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A quitina, um polissacarídeo estrutural presente nos exoesqueletos de artrópodes e na parede celular de fungos, desempenha um papel realmente importante na biologia desses organismos.
No entanto, embora seja um componente essencial na natureza, a compreensão de como a quitina afeta o corpo humano requer uma investigação mais aprofundada.
O interesse recente em explorar os possíveis benefícios da quitina para a saúde humana é promissor, mas é fundamental ressaltar que, até o momento, as evidências são preponderantemente baseadas em estudos em modelos animais.
É somente por meio de testes em humanos e pesquisas mais aprofundadas que poderemos determinar com precisão se a quitina pode ser incorporada de maneira segura e eficaz em práticas alimentares ou suplementos para promover benefícios à saúde.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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