O transtorno de conduta é um padrão comportamental no qual crianças e adolescentes frequentemente violam regras e desrespeitam os direitos básicos de outras pessoas, persistindo nesses comportamentos de maneira inapropriada para a idade.
Essas ações podem ter um impacto negativo no convívio familiar, escolar e em outros ambientes. Embora não exista uma única causa definida para esse transtorno, há diversos fatores que podem influenciar no seu desenvolvimento.
Além disso, o transtorno é mais prevalente no final da infância e início da adolescência, sendo mais comum em meninos.
Para saber mais sobre o transtorno de conduta, quais são as principais causas, diagnóstico e como tratar, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
Alguns fatores podem influenciar diretamente no desenvolvimento desse transtorno, como fatores temperamentais, ambientais, genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um deles:
Envolve crianças com temperamento difícil desde uma idade precoce, com dificuldade de controle e QI verbal abaixo da média.
Diversos fatores ambientais podem influenciar, incluindo rejeição e negligência por parte dos pais ou cuidadores, disciplina excessivamente severa e experiência de violência física ou sexual.
O sentimento de rejeição por parte de colegas ou familiares, bem como o envolvimento com grupos de amigos delinquentes ou exposição à violência na comunidade, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento desse transtorno.
Além disso, a falta de supervisão por parte dos pais ou responsáveis e mudanças frequentes nos cuidadores da criança/adolescente também podem ser fatores ambientais desencadeadores.
Esse transtorno é mais comum em crianças cujos pais biológicos apresentam transtorno por uso de álcool, depressão, esquizofrenia, TDAH ou o próprio transtorno de conduta.
Estudos têm revelado diferenças na estrutura e na função de determinadas regiões do cérebro em indivíduos com esse transtorno, especialmente nas áreas relacionadas ao processamento emocional e ao controle dos impulsos.
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Os principais sinais e sintomas dessa condição, são:
O transtorno de conduta (TC) é geralmente mais grave e agressivo em comparação ao transtorno opositivo desafiante (TOD).
Por exemplo, quando crianças deliberadamente machucam animais, mesmo sabendo que isso é errado, isso pode ser caracterizado como transtorno de conduta.
Por outro lado, crianças com TOD tendem a desafiar os pais ou figuras de autoridade. No entanto, há casos em que ambas as condições podem ocorrer simultaneamente.
Para realizar o diagnóstico, o(a) psiquiatra realizará uma avaliação abrangente, levantando o histórico de vida da criança e buscando compreender a dinâmica do ambiente em que ela vive. O(a)o profissional também analisará todos os sinais e sintomas apresentados.
Além disso, buscará identificar a presença de outros transtornos psiquiátricos ou de aprendizagem que possam estar presentes na criança. Essa avaliação minuciosa auxiliará no diagnóstico preciso e na elaboração de um plano de tratamento adequado.
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Um dos tratamentos mais eficazes para o transtorno de conduta envolve afastar as crianças de ambientes que reforçam os comportamentos problemáticos e colocá-las em um ambiente estruturado. Isso pode incluir acompanhamento psicológico e, em alguns casos, até mesmo o encaminhamento para centros de detenção juvenil, quando necessário.
A psicoterapia desempenha um papel importante no tratamento, auxiliando as crianças a desenvolver habilidades comportamentais, autocontrole e controle dos impulsos. O objetivo é ensinar estratégias adequadas para lidar com emoções negativas, resolver conflitos de maneira saudável e adotar comportamentos socialmente aceitáveis.
Além disso, o uso de medicamentos pode ser considerado, especialmente se houver a presença de outros transtornos coexistentes, como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Medicamentos específicos podem ser prescritos para diminuir certos sintomas e comportamentos.
No caso de transtornos de aprendizagem, é importante envolver uma abordagem multidisciplinar, com colaboração entre o psicólogo, a escola e a família. Essa colaboração visa identificar e abordar as dificuldades de aprendizagem, oferecendo suporte adequado e estratégias educacionais adaptadas para as necessidades da criança.
Os pais e responsáveis desempenham um papel crucial no desenvolvimento infantil, sendo a base familiar um fator fundamental para o amadurecimento adequado da criança, bem como para a formação de sua personalidade, crenças, valores e identidade.
A falta de supervisão, rejeição e negligência familiar são consideradas uma das causas do transtorno de conduta. Por outro lado, quando há afeto e um vínculo saudável, a criança tem maiores chances de se desenvolver de maneira adequada.
Portanto, ter um ambiente familiar saudável, que ofereça suporte e apoio à criança, reduz os riscos de ela apresentar comportamentos que violem normas sociais e os direitos de outras pessoas.
Por fim, como vimos, a psicoterapia desempenha um papel extremamente importante na manutenção de relações familiares saudáveis, no fortalecimento dos vínculos afetivos e no desenvolvimento de habilidades para lidar com adversidades construtivamente.
O transtorno de conduta é uma condição em que a criança ou adolescente tem comportamentos agressivos e persistentes, de violar regras, machucar pessoas e animais.
Se você se identifica ou conhece alguém que apresenta um mais sinais descritos acima, não deixe de buscar ajuda especializada!
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Esp. Thayna Rose
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