A tirzepatida, conhecida comercialmente como Mounjaro, é um fármaco inovador desenvolvido pelo laboratório Eli Lilly.
Este medicamento representa uma significativa evolução no tratamento de condições metabólicas, sendo o primeiro e único agonista simultâneo dos receptores GIP e GLP-1 a receber aprovação do FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos Estados Unidos vinculada ao departamento de saúde.
Em setembro de 2023, a ANVISA também concedeu o registro do Mounjaro no Brasil.
A principal indicação inicial do medicamento é o tratamento do diabetes mellitus tipo 2. Atuando como um agonista dos mencionados receptores, o medicamento regula eficientemente a glicose sanguínea, contribuindo para o controle da doença.
Além disso, a tirzepatida tem se destacado em pesquisas recentes por apresentar excelentes resultados no tratamento da obesidade. No entanto, esta indicação não consta na bula e, portanto, trata-se de uma prática off label.
A sua ação específica nos receptores confere ao fármaco uma abordagem terapêutica única, proporcionando benefícios tanto no controle glicêmico quanto na gestão do peso corporal.
Essa dualidade de efeitos abre caminho para uma nova perspectiva no tratamento dessas condições metabólicas complexas.
No entanto, é essencial destacar que o uso da tirzepatida deve ser estritamente orientado por profissionais de saúde, garantindo um tratamento seguro e eficaz para os pacientes.
Interessante, né?! Continue lendo o artigo para entender melhor toda propriedade desse fármaco inovador.
Índice:
Tirzepatida é um medicamento utilizado no tratamento da diabetes tipo 2, apresentando-se atualmente como uma alternativa eficaz. Este fármaco atua como agonista dos receptores polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP) e agonista do receptor de peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1).
Sendo uma medicação análoga aos dois hormônios essenciais. O GIP e GLP-1 desempenham o papel de estimular a liberação de insulina, redução do esvaziamento gástrico resultando na redução do apetite e consequentemente, reduzindo a glicose no sangue.
Sua forma de tratamento proporciona uma melhora significativa no controle da glicose sanguínea em pacientes adultos. Além disso, de acordo com estudos, oferece benefícios adicionais relacionados à perda de peso, prevenindo outras complicações associadas ao excesso de peso.
De acordo com as avaliações da agência reguladora, a tirzepatida demonstra um efeito superior quando comparada aos concorrentes, tais como o Ozempic, também conhecido como semaglutida.
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A tirzepatida até o momento se mostrou um promissor aliado no tratamento da diabetes mellitus tipo 2, uma condição que afeta globalmente cerca de 463 milhões de pessoas, sendo responsável por aproximadamente 90% dos casos.
Esta droga revelou-se eficaz na redução dos níveis de HbA1c, o que distancia mais o paciente de riscos e complicações microvasculares a longo prazo, como cegueira, insuficiência renal e amputações.
Além do seu impacto no controle glicêmico, há estudos que destacam que a tirzepatida pode proporcionar benefícios significativos na perda de peso. Essa característica é particularmente relevante ao considerar a influência do sobrepeso e da obesidade na condição.
Pois ao retardar o esvaziamento gástrico, ela prolonga a sensação de saciedade, enquanto inibe os sinais de fome emitidos pelo cérebro, resultando na supressão do apetite.
Ao abordar tanto a regulação da glicose quanto a gestão do peso corporal, o medicamento oferece uma abordagem abrangente no tratamento, o que pode ser um completo contribuinte para o controle da doença e melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados por essa condição complexa.
A administração da tirzepatida ocorre uma vez por semana via subcutânea, sendo preferencialmente aplicada no abdômen, coxa ou parte superior do braço, com alternância dos locais a cada administração. Para pessoas que também utilizam injeções de insulina, é recomendado injetar o fármaco em um local diferente.
A flexibilidade na escolha do horário de administração, independente das refeições, oferece comodidade aos pacientes. O Mounjaro, ao imitar a ação dos hormônios GLP-1 e GIP, destaca-se por promover uma perda de peso mais expressiva, estimada em cerca de 20% do peso corporal.
Essa abordagem inovadora posiciona a tirzepatida como uma possível opção terapêutica promissora para aqueles que buscam eficácia no controle do peso e no manejo do apetite.
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Em contraste com abordagens anteriores baseadas em anorexígenos, que afetam o cérebro e o sistema nervoso central, o fármaco apresenta-se como uma alternativa inovadora.
O estudo SURMOUNT-1, publicado na prestigiosa revista médica New England Journal of Medicine (NEJM) em 4 de junho de 2022, realizou um tratamento com base no tirzepatida.
Durante 72 semanas, 2.539 pacientes foram submetidos a doses semanais de 5mg, 10mg e 15mg da substância, administradas por via subcutânea, em comparação com um grupo controle que recebeu placebo. A média de perda de peso ao longo desse tempo foi de:
Esses números aproximam-se dos resultados obtidos com a cirurgia bariátrica, algo inédito entre as opções medicamentosas para o tratamento da obesidade.
Os resultados são realmente esperançosos e inovadores, porém, vale ressaltar que qualquer intervenção medicamentosa deve ser baseada em acompanhamento médico.
Ainda mais considerando que a obesidade é uma condição crônica que demanda um acompanhamento de longo prazo e mudanças sustentáveis no estilo de vida para garantir resultados duradouros e uma gestão eficaz do peso.
O custo da tirzepatida, ainda não está disponível nas farmácias brasileiras, pois aguarda a definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Este processo pode levar alguns meses antes de o medicamento chegar às prateleiras.
Nos Estados Unidos, onde o Mounjaro já está disponível para o tratamento do diabetes tipo 2, o preço pode ser substancial para aqueles que não possuem plano de saúde. Quatro doses da injeção, o equivalente a um mês de uso, podem ultrapassar US$1 mil, aproximadamente R$5 mil.
E ressaltando que até o momento, aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro de 2023 valida a entrada do Mounjaro (tirzepatida) no mercado brasileiro como uma opção terapêutica para o diabetes tipo 2, e não para controle de peso.
A expectativa é de que, com a regulamentação do preço pela CMED, o medicamento possa estar disponível em breve, proporcionando mais uma alternativa aos pacientes no controle da condição. Vale ressaltar que a disponibilidade e o custo da tirzepatida podem variar conforme políticas de saúde e acordos comerciais em diferentes países.
Em estudos clínicos, cerca de um terço dos participantes que receberam a dose mais elevada dessa medicação relataram experienciar náuseas, enquanto aproximadamente um quinto apresentou episódios de diarreia. Além desses efeitos, alguns participantes mencionaram a ocorrência de dor abdominal, vômitos, dores de cabeça, tontura e prisão de ventre.
Outros efeitos colaterais que foram observados incluem queda de cabelo, arrotos e refluxo gastroesofágico.
É importante destacar que a incidência e intensidade desses efeitos podem variar de pessoa para pessoa, sendo necessário considerar a tolerância individual e as condições específicas de cada paciente ao avaliar o perfil de efeitos colaterais associados ao uso da tirzepatida.
O acompanhamento médico é indispensável para monitorar e gerenciar essas reações adversas, garantindo uma abordagem segura e eficaz no tratamento.
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Embora a tirzepatida, conhecida comercialmente como Mounjaro, tenha ganhado popularidade internacional entre aqueles que buscam emagrecimento, é fundamental destacar que sua indicação não se destina a esse fim.
Até o momento, da publicação deste artigo, a tirzepatida recebeu aprovação de órgãos reguladores renomados, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos e a European Medicines Agency na Europa.
Essas aprovações foram concedidas exclusivamente para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2.
Recomenda-se que o uso deste medicamento seja estritamente conforme a orientação médica e para as condições para as quais foi autorizado, garantindo assim a segurança e a eficácia do tratamento.
O acompanhamento profissional é mais que necessário para assegurar que os benefícios terapêuticos sejam alcançados de maneira adequada e sem riscos à saúde.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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