<head></head><body><p>O uso de telas na infância tem levantado uma série de questionamentos não apenas entre os pais, mas também no meio científico. Pesquisas recentes indicam que, quanto mais cedo tablets, celulares e computadores são introduzidos na rotina das crianças, maiores tendem a ser os danos físicos e psicológicos.</p><p>Com a pandemia de <a href="https://minutosaudavel.com.br/remedio-para-virus/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">Covid-19</a>, o uso de smartphones, tablets e computadores aumentou por parte das crianças e adolescentes tanto por conta do distanciamento social, quanto das aulas online. Esses aparelhos se tornaram a única forma de conexão entre os pequenos e os jovens com os colegas da escola e com os familiares.</p><p>Contudo, o tempo de uso geral de telas aumentou consideravelmente no cenário pandêmico, o que faz com que muitos profissionais acreditem que sairemos de uma pandemia (de Covid-19) e entraremos em outra, a do uso precoce e excessivo de aparelhos eletrônicos.</p><p>O que parece um hábito inofensivo, na verdade, é o primeiro passo para a adoção de hábitos nocivos à saúde mental, emocional e física de crianças e adolescentes.</p><p><strong>Índice - Neste artigo, você vai encontrar:</strong></p><ol><li><strong><a href="#consequencias">Quais são as consequências do uso constante de telas na infância?</a></strong></li><li><strong><a href="#exposicao">Quanto tempo a criança pode ficar exposta a telas</a>?</strong></li><li><strong><a href="#recomendacoes">Quais são as recomendações para os pais sobre o uso de telas na infância?</a></strong></li></ol><h2 id="consequencias">Quais são as consequências do uso constante de telas na infância?</h2><p>A <strong>dependência digital</strong> (CID-11) é um transtorno mental e comportamental. É considerada dependência digital quando crianças e jovens priorizam o uso de aparelhos eletrônicos e jogos eletrônicos e não suas tarefas diárias comuns, como estudos e tarefas de casa.</p><p>O vício em jogos e o uso de telas na infância interfere na rotina da criança e do adolescente, comprometendo o ciclo circadiano (do sono), a socialização com outras pessoas, a alimentação e a prática de atividades benéficas à saúde, como esportes ou brincadeiras.</p><p>Entre as principais complicações causadas pelo uso indiscriminado das telas por crianças e adolescentes estão:</p><ul><li>Transtornos emocionais (<a href="https://minutosaudavel.com.br/ansiedade/">ansied</a><a rel="noreferrer noopener" aria-label="ade, depressão, irritabilidade, baixa autoestima, entre outros) e físicos; (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/ansiedade/" target="_blank">ade, depressão, irritabilidade, baixa autoestima, entre outros) e físicos;</a></li><li>Dificuldade para dormir;</li><li><a rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-tdah-tratamento-sintomas-tdah-em-adultos-e-na-escola/" target="_blank">Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade</a> (TDAH);</li><li>Transtornos de alimentação causados pela má alimentação (sobrepeso, <a rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/anorexia/" target="_blank">anorexia</a> e <a rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/bulimia-o-que-e-causas-tratamento-sintomas-cura/" target="_blank">bulimia</a>) e sedentarismo;</li><li>Comportamentos Autolesivos, ou seja, suicidas;</li><li>Gaming Disorder (Transtorno de Jogos Eletrônicos);</li><li>Ressecamento ocular;</li><li><a rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/dor-de-cabeca-constante-o-que-pode-ser/" target="_blank">Dores de cabeças constantes</a>;</li><li>Fadiga visual;</li><li><a rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)" href="https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-miopia-sintomas-tratamento-cirurgia-tem-cura/" target="_blank">Miopia</a>;</li><li>Comprometimento da postura e dos músculos, bem como&nbsp; do desenvolvimento cerebral, acometendo assim diversas funções do cérebro;</li><li> Atrasos gerais no desenvolvimento. </li></ul><p>Portanto, é importante restringir aos pequenos o uso de telas, sobretudo em momentos importantes, como horas antes de dormir e durante as refeições.</p><p><strong>Leia mais: </strong><a href="https://minutosaudavel.com.br/passar-muito-tempo-no-computador-faz-mal/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">Passar muito tempo no computador faz mal? Veja os cuidados</a></p><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2022/02/consequencias-uso-telas-minuto-saudavel.jpg" alt="" class="wp-image-30592"><figcaption>O uso de telas na infância pode causar diversos problemas de saúde e comprometimento do desenvolvimento saudável.</figcaption></figure></div><h2 id="exposicao">Quanto tempo a criança pode ficar exposta a telas?</h2><p>Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (<a href="https://www.sbp.com.br/" target="_blank" rel="nofollow noopener noreferrer" aria-label=" (abre numa nova aba)">SBP</a>), é preciso adequar o uso das telas para cada faixa etária a fim de preservar o desenvolvimento saudável e pleno da criança.&nbsp;</p><p>A entidade pede para que crianças com <strong>menos de 2 anos não sejam expostas</strong> a smartphones, tablets e computadores, mesmo que de forma passiva e sem qualquer interação. Além disso, a recomendação é que os pais não usem esses aparelhos próximos a elas.</p><p>Já para crianças entre <strong>2</strong> e <strong>5 anos</strong> de idade, a recomendação é de que o uso seja feito com <strong>supervisão</strong> adulta e não mais que <strong>uma hora por dia. </strong>Entre <strong>11</strong> e <strong>18 anos</strong> o uso de telas não deve ultrapassar <strong>3 horas</strong> por dia e o uso também deve ser com supervisão de adultos, pois como sabemos, essa faixa etária está mais vulnerável à golpes e à exposição a conteúdo inadequado.</p><p>Por fim, a recomendação geral é de que esses eletrônicos não sejam usados duas horas antes de dormir e durante as refeições, visto que o hábito compromete a mastigação e interfere na sensação de saciedade.</p><p>As crianças e jovens não possuem noção de tempo, por isso é importante que os pais controlem os horários e tempo de uso das telas. Além disso, é importante que haja conversa constante entre pais e filhos sobre os riscos de se usar eletrônicos por muito tempo e de forma não adequada.</p><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2022/02/tempo-exposição-telas-infancia-minuto-saudavel.jpg" alt="" class="wp-image-30593"><figcaption>O tempo recomendado de exposição a telas na infância varia de acordo com a idade.</figcaption></figure></div><h2 id="recomendacoes">Quais são as recomendações para os pais sobre o uso de telas na infância?</h2><p>Ainda segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os pais têm um papel importante na supervisão e no controle da exposição a telas na infância.&nbsp;</p><p>Além de ver o que as crianças acessam, é importante deixar o computador ou notebook em um ambiente onde haja circulação, e não no quarto das crianças e adolescentes. Assim, fica mais fácil supervisionar o que está sendo acessado e por quanto tempo.</p><p>O diálogo é outro fator importante, pois assim os jovens e os pequenos entenderão a origem de tanta preocupação por parte dos pais. A orientação sobre conversas e amizades online também deve sempre ser presente.</p><p>Também é importante apoiar as brincadeiras e o convívio com outras pessoas, pois isso permite que a criança passe menos tempo no quarto ou mexendo em eletrônicos.&nbsp;</p><p>Proporcione atividades alternativas, como atividade física ou prática de esportes, momentos em família e atividades fora de casa, como passeios ao parque ou ao shopping, almoços e jantares, pois essa é uma forma de mantê-los mais próximos.</p><p>E, por fim, jamais introduza os aparelhos eletrônicos como forma de manter as crianças distraídas ou calmas.</p><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2022/02/recomendacoes-telas-infancia-minuto-saudavel.jpg" alt="" class="wp-image-30594"><figcaption>A recomendação é que os pais conversem com as crianças e expliquem o motivo da limitação de uso de telas.</figcaption></figure></div><p>____________________</p><p><strong>Lembre-se</strong>: você é o espelho para seus filhos. Se as regras são impostas a eles, é preciso dar o exemplo também.</p><p>Os eletrônicos não devem ser usados como forma de acalmar crianças ou mantê-las entretidas enquanto você faz outra atividade e sim apenas como um tipo de diversão limitada.</p><h2>Referências</h2><ul><li><a href="https://ammg.org.br/wp-content/uploads/MANUAL-PEDIATRIA.pdf" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Sociedade Brasileira de Pediatria lança manual com orientações sobre uso de celulares e tablets</em></a><em> — Associação Médica de Minas Gerais;</em></li><li><a href="https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-atualiza-recomendacoes-sobre-saude-de-criancas-e-adolescentes-na-era-digital/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>SBP atualiza recomendações sobre saúde de crianças e adolescentes na era digital</em></a><em> — Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP);</em></li><li><a href="https://guiadofuturo.com.br/uso-de-telas-na-infancia-o-que-voce-precisa-saber/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Uso de telas na infância: o que você precisa saber?</em></a><em> — Guia do Futuro;</em></li><li><a href="https://gente.globo.com/entretempos" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Entretempos: relatos e aprendizado sobre as crianças nessa pandemia</em></a><em> — Globo;</em></li><li><a href="https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-crianca/principais-questoes-sobre-uso-de-telas-e-saude-visual-de-criancas/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Principais questões sobre o uso de telas e saúde visual de crianças</em></a><em> — Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).</em></li></ul></body>

Uso de telas na infância: perigos e tempo recomendado

<head></head><body><p>Existem diversas maneiras de buscar bem-estar mental — algumas, aliás, podem atuar como recurso terapêutico de fato. Por isso, se feitas com profissionais responsáveis e devidamente habilitados (as), essas práticas ajudam na saúde mental. A arteterapia é uma dessas ferramentas que podem ser integradas aos tratamentos psicológicos com várias finalidades, como aliviar o estresse ou apenas compreender as formas de expressão de cada pessoa.</p><p>Portanto, conheça mais sobre a prática!</p><p><strong>Índice — neste artigo você vai encontrar:</strong></p><ol><li><a href="#o-que-e">O que é Arteterapia?</a></li><li><a href="#tipos">Quais os tipos?</a></li><li><a href="#funcao">Qual a função da Arteterapia?</a></li><li><a href="#beneficios">Benefícios: qual a sua importância na saúde mental?</a></li><li><a href="#como-funciona">Como funciona uma sessão de arteterapia?</a></li></ol><h2 id="o-que-e">O que é Arteterapia?</h2><p>Assim como o nome sugere, a arteterapia é uma prática terapêutica que busca o autoconhecimento e o tratamento de condições mentais e emocionais por meio da arte. Apesar de ter relação, não é considerada uma abordagem da psicologia e pode ser praticada por pessoas que não são psicólogas.</p><p>São usadas diversas formas de expressão artística na arteterapia, com destaque para artes plásticas como pinturas, desenhos, esculturas, modelagem, tecelagem, etc. Mas também são utilizados outros tipos de arte, como a música, a contação de histórias, criação de personagens, entre outras.</p><p>É importante lembrar que não precisa ter talento ou domínio das técnicas para fazer a arteterapia, tendo em vista que seu foco é a expressão simbólica trazida pelas artes, não havendo preocupação com a questão estética.</p><p>A arteterapia serve para todas as idades, mas é frequentemente usada com crianças por ser uma forma de incentivar e buscar entender seus sentimentos e conflitos para além da verbalização.</p><p>Ao considerar as expressões artísticas, é possível compreender que essas imitam as experiências vividas, assim como criam situações passíveis de serem compreendidas pela própria representação, pressupondo que as percepções apontadas pelas crianças podem sugerir a representação simbólica das experiências nos contextos que vivencia.</p><h3><strong>Quais as bases da arteterapia?</strong></h3><p>Uma das principais correntes psicológicas que influenciaram o surgimento da arteterapia foi a psicologia analítica de Carl Gustav Jung, psicólogo que utilizava a expressão artística em seu consultório. Para ele, a arte é um dos principais jeitos de expressar o inconsciente pessoal e coletivo simultaneamente.</p><p>No Brasil, Nise da Silveira, uma psiquiatra que foi aluna de Jung, foi uma das primeiras pessoas a trabalhar a questão da arte no tratamento de pessoas com transtornos mentais. Por isso, ela é considerada uma revolucionária do tratamento mental no país.</p><p>Contudo, atualmente, a arteterapia não está limitada a uma leitura junguiana, podendo ser praticada também por aqueles que não seguem os ensinamentos de Jung.</p><h2 id="tipos">Quais os tipos de arteterapia?</h2><p>A arteterapia pode ser classificada de acordo com o tipo de arte sendo usada, como:</p><h3>Pintura</h3><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2020/11/arteterapia-como-funciona-minuto-saudavel.jpg" alt="mulher sentada no chão pintando em uma folha (a arteterapia pode ser feita por meio da pintura)" class="wp-image-25019"><figcaption>A arteterapia pode ser feita por meio da pintura e desenho</figcaption></figure></div><p>A pintura é uma modalidade extremamente interessante para a representação das emoções por conta da fluidez dos materiais. O jeito que são feitas as pinceladas e as cores utilizadas, bem como sua disposição na tela, dizem muito sobre o que a pessoa está sentindo no momento. Mesmo pinturas abstratas podem passar muita informação a um (a) arteterapeuta.</p><h3><strong>Desenho</strong></h3><p>O desenho não expressa a realidade em si, mas sim a maneira como a pessoa vê as coisas e como essas percepções afetam a pessoa no seu cotidiano. Trabalhando elementos como espaçamento, coordenação espacial e visual, bem como os temas presentes nas ilustrações, é possível compreender alguns conflitos internos que a pessoa pode ter dificuldade para expressar em palavras.</p><h3><strong>Contação de histórias</strong></h3><p>A contação de histórias permite trabalhar o estabelecimento de vínculos, de identificação e empatia com as personagens apresentadas nas histórias. Sendo assim, é uma atividade que trabalha as relações interpessoais, além de proporcionar momentos de descontração, relaxamento, diversão e bem-estar emocional.</p><h3><strong>Dança</strong></h3><p>O corpo também pode ser um ótimo instrumento para expressar e trabalhar as emoções. Uma dança energética pode expressar sentimentos negativos como a raiva sem que isso prejudique ninguém. Outros sentimentos negativos e positivos podem ser expressos por meio da dança, auxiliando também no autoconhecimento, autoconsciência e na regulação emocional.</p><h3>Música</h3><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2018/05/musicoterapia-beneficios-minuto-saudavel.jpg" alt="menina segurando um violão ilustrando que a música é uma forma de arteterapia" class="wp-image-5271"><figcaption>A arteterapia pode utilizar a música e sons para desenvolver a expressão individual</figcaption></figure></div><p>Assim como a dança, a música também proporciona a expressão plena de sentimentos sem prejudicar ninguém. Pode ser um pouco difícil produzir música caso o (a) paciente não tenha experiência com isso antes, mas é possível trabalhar elementos musicais, como ritmos e melodias, bem como a percussão no próprio corpo, mesmo com pessoas que não sabem compor.</p><h3><strong>Escrita criativa</strong></h3><p>O foco da escrita criativa é o fluxo de pensamento. Assim como na terapia verbal, é importante que o (a) paciente escreva aquilo que se passa em sua cabeça. A diferença é que, muitas vezes, é mais fácil escrever alguma coisa do que dizer em voz alta. Portanto, a escrita pode auxiliar nesses casos.</p><h2 id="funcao">Qual a função da Arteterapia?</h2><p>A arteterapia é um processo no qual se busca trabalhar o autoconhecimento, a expressão e a resolução de conflitos emocionais por meio da arte. Entre eles, conflitos emocionais, traumas, sentimentos em relação ao processo de adoecimento, problemas de autoestima, estresse, etc.</p><p>Além disso, a arteterapia também auxilia no desenvolvimento de recursos físicos, cognitivos e emocionais, no sentido de permitir uma autoexpressão menos limitada e sem julgamentos.</p><p>Quando comparada a terapias verbais, a arteterapia insinua que a criação artística é um jeito diferente de trazer para a consciência os conflitos do (a) paciente, podendo ser encarada de uma maneira mais leve e prazerosa por algumas pessoas. Ademais, as terapias verbais estão sujeitas a censuras que o (a) paciente faz a si, o que não ocorre tão frequentemente nas expressões artísticas.</p><h2 id="beneficios">Benefícios: qual a importância da arteterapia na saúde mental?</h2><p>Existem vários benefícios para a saúde mental associados à arteterapia. Alguns deles são:</p><h3><strong>Autoexpressão e comunicação</strong></h3><p>Frequentemente, a palavra não é o suficiente para conseguirmos expressar aquilo que estamos sentindo. Por outro lado, a arte pode preencher essa lacuna, permitindo a expressão de sentimentos e ideias por outros meios. Sendo assim, ela também ajuda na capacidade de comunicação do indivíduo.</p><h3><strong>Melhor compreensão de si mesmo</strong></h3><p>Muitas vezes, nossas questões interiores não são muito claras para nós, e conseguir compreendê-las pode ser um desafio. Por meio da arteterapia, é possível chegar na raiz destes problemas e compreender melhor a si mesmo.</p><p>Isso porque, segundo a psicanálise de Freud e a psicologia analítica de Jung, a arte consegue ser um meio de acesso ao inconsciente — uma parte de nós, a qual não temos acesso conscientemente, e onde ficam nossos maiores conflitos internos.</p><p>A palavra muitas vezes pode ser uma via de acesso a esses conteúdos, mas às vezes ela sofre algumas censuras, especialmente porque dependendo do que está no inconsciente, é difícil aceitar isso conscientemente. Por meio da arte, muitas vezes é possível expressar esses conflitos internos de forma simbólica, sem censura.</p><p>Um (a) bom (boa) arteterapeuta será capaz de perceber os símbolos presentes na produção e ajudar o (a) paciente a compreendê-los, bem como trabalhar com ele (a) a partir disso.</p><h3><strong>Melhoras cognitivas</strong></h3><p>O processo de produzir uma peça artística, independentemente de qual for (desenho, escultura, escrita criativa, música, etc.), exige muito da nossa atividade cognitiva.</p><p>Por isso, é um ótimo exercício para melhorar certas funções cognitivas, como a memória, a atenção e concentração, entre outros. É possível ver também uma melhora na criatividade e imaginação.</p><h3><strong>Combate ao estresse e ansiedade</strong></h3><p>As atividades da arteterapia podem ser bastante relaxantes, o que ajuda a combater o estresse e a ansiedade, que por sua vez são grandes inimigos da saúde mental.</p><h2 id="como-funciona">Como funciona uma sessão de arteterapia?</h2><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2020/11/arteterapia-o-que-e-minuto-saudavel.jpg" alt="mulher segurando um pote cheio de pinceis" class="wp-image-25018"></figure></div><p>As sessões de arteterapia duram em média 1 hora e podem ocorrer de 1 a 2 vezes por semana, de acordo com as orientações do (a) arteterapeuta para cada paciente. Além disso, elas podem ser individuais ou em grupo.</p><p>Dependendo da idade da pessoa, as sessões podem durar mais ou menos. Bebês e crianças muito pequenas, por exemplo, têm a sessão voltada a ensinar os pais a estimular a expressão artística da criança.</p><p>Por outro lado, sessões em grupo podem demorar mais que 1 hora, dependendo da quantidade de pessoas.</p><h3><strong>Primeira sessão de arteterapia</strong></h3><p>A primeira sessão, assim como diversos outros tipos de terapia, é focada em compreender a queixa do (a) paciente. Para isso, o (a) terapeuta poderá perguntar qual o problema a ser trabalhado, a história de vida do (a) paciente, entre outros.</p><p>Depois, o (a) profissional traça um planejamento de terapia na qual deverá ser produzida alguma forma de arte. Após essa definição, iniciam as sessões nas quais efetivamente se trabalha com alguma arte.</p><p>Durante esse processo, o (a) terapeuta vai observar o (a) paciente produzindo sua obra e, vez ou outra, buscando informações por meio da projeção e expressão do mesmo e poderá questionar algumas coisas, como qual a parte mais difícil e mais fácil do processo, como o paciente se sente produzindo a obra, quais as memórias e pensamentos que vem à mente a medida em que o paciente trabalha, entre outras.</p><p>A partir disso, o (a) terapeuta poderá pontuar algumas observações sobre o processo, trazendo à consciência do (a) paciente algumas coisas que antes não estavam tão claras para ele (a).</p><hr class="wp-block-separator"><p>A arteterapia é uma ferramenta que pode ser usada para melhorar o conhecimento sobre si, ajudar na expressão de sentimentos e emoções, além de poder ser alinhada à psicoterapia para ajudar no bem-estar e saúde mental.&nbsp;</p><p>Quer conhecer mais sobre hábitos saudáveis para a mente? Então, siga acompanhando os conteúdos do Minuto Saudável!</p></body>

Arteterapia: o que é e quais os benefícios de fazer?

<head></head><body><p>Nas primeiras fases da vida, tudo é muito intenso, dinâmico e muda rápido, sendo que os blocos iniciais do <a href="https://minutosaudavel.com.br/desenvolvimento-infantil/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label="desenvolvimento  (abre numa nova aba)">desenvolvimento </a>psicológico são importantes preditores e dão sustentação para toda a vida do indivíduo. Por isso, entender melhor sobre como cuidar da saúde mental das crianças é fundamental!</p><p>Além disso, não só a mãe e o pai têm esse papel de cuidado. Toda a família e comunidade devem trabalhar juntas para construir um ambiente adequado para o desenvolvimento infantil. Inclusive para identificar possíveis problemas vivenciados em casa.</p><p><strong>Índice — neste artigo você vai encontrar:</strong></p><ol><li><strong><a href="#importancia">Qual a importância da saúde mental na infância?</a></strong></li><li><strong><a href="#ambiente-saudavel">Como pais e mães podem desenvolver um ambiente saudável para as crianças?</a></strong></li><li><strong><a href="#problemas-mais-comuns">Quais problemas psicológicos afetam mais frequentemente as crianças?</a></strong></li><li><strong><a href="#quando-buscar-ajuda">Quando é preciso buscar auxílio psicológico?</a></strong></li><li><strong><a href="#papel-da-comunidade">Papel da comunidade na saúde mental das crianças</a></strong></li></ol><h2 id="importancia">Qual a importância da saúde mental na infância?</h2><p>A saúde mental durante a infância é a base para um bom desenvolvimento, podendo até mesmo prevenir o surgimento de transtornos mentais como depressão, ansiedade e transtornos de personalidade na idade adulta.</p><p>Durante a infância, ocorre grande parte do desenvolvimento e maturação do cérebro, que é um órgão plástico, ou seja, que se modifica de acordo com as experiências ambientais. E, se esse desenvolvimento não ocorrer de maneira adequada, apresentará impacto por muito tempo.</p><p>Sendo assim, crianças expostas a muito estresse constantemente tendem a ter alterações estruturais e funcionais no cérebro que acabam influenciando a saúde mental na idade adulta.</p><p>Especialistas chamam de “estresse tóxico” uma série de traumas, tanto profundos quanto leves, mas que quando se mostram de maneira contínua e consistente na vida da criança acabam por prejudicar o desenvolvimento delas.</p><p>Não é à toa que grande parte dos psicólogos passaram muito tempo de suas vidas estudando a infância e as etapas do desenvolvimento. Graças a eles, a psicologia atual dispõe do conhecimento de onde surgem grande parte dos conflitos internos e sintomas da vida adulta, que têm suas raízes na infância.</p><p>Da mesma maneira, psicólogos (as) também sabem o que é necessário fazer para promover um desenvolvimento saudável, diminuindo significativamente as chances de uma criança desenvolver distúrbios de ordem psicológica na idade adulta.</p><p>Além disso, uma infância é importante para o desenvolvimento de traços de personalidade saudáveis, como a consciência, abertura para a experiência e amabilidade.</p><h3>Impactos do estresse na saúde mental das crianças</h3><p>Os estresses que uma criança passa podem ser mais ou menos suportáveis. </p><p>Os leves e rápidos, como o sentimento de raiva e nervosismo ao ter um desejo negado, não são prejudiciais e podem até ajudar no desenvolvimento da criança, tendo em vista que é necessário aprender a ouvir um “não” para desenvolver uma boa tolerância à frustração.</p><p>Há também estresses moderados, geralmente traumáticos, mas que podem ser enfrentados sem causar muitos prejuízos com a ajuda da família, dos amigos e toda uma rede de apoio em torno da criança. Dentre estes, está a morte de um parente ou de um animal de estimação, ou a impossibilidade de realizar um sonho, por exemplo.</p><p>Por fim, uma terceira categoria de estresse são os negativos, que podem variar entre estresses intensos e leves, porém contínuos. Alguns exemplos são <a href="https://minutosaudavel.com.br/depressao-maus-tratos-na-infancia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">situações </a>de abuso físico, sexual ou psicológico, negligência, falta de afeto, cobrança exagerada, entre outros.</p><p>Leia também:  <a href="https://minutosaudavel.com.br/alienacao-parental/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">Alienação parental: o que é, lei, é crime? Saiba o que fazer | MS (minutosaudavel.com.br)</a> </p><h2 id="ambiente-saudavel">Como pais e mães podem desenvolver um ambiente saudável para as crianças?</h2><p>O que é importante para cuidar da saúde mental de crianças é evitar o estresse tóxico, que muitas vezes é causado por estresses leves, mas contínuos. Portanto, pais e mães devem construir um ambiente de acolhimento e alívio.&nbsp;</p><h3>Buscar tratamento para seus transtornos e dependências</h3><p>Pais ou mães que sofrem com transtornos mentais, alcoolismo e abuso de substâncias devem buscar tratamento o quanto antes, pois essas condições afetam o comportamento do adulto que, por sua vez, afeta o desenvolvimento da criança.</p><h3>Estabelecer uma rotina familiar com as crianças</h3><p>Organizar uma rotina é de extrema importância, especialmente nas idades mais novas, pois a criança ainda não tem a capacidade de se organizar sozinha e depende inteiramente de seu (s) responsável (is).&nbsp;</p><p>A implementação de uma rotina estruturada auxilia a criança a ter uma maior percepção de previsibilidade, o que gera sentimentos de segurança, pois ela sabe o que irá acontecer posteriormente, diminuindo estados de ansiedade desnecessários. Concomitantemente, aumenta-se o senso de responsabilidade e autonomia. Assim, a criança passa a se perceber sendo capaz de realizar as coisas.</p><p>Dessa forma, caso haja falta de organização familiar, isso pode afetar os cuidados básicos (o que configura negligência).</p><p>Esse tipo de tratamento fica marcado na psique da criança e ela passa a não ter confiança no mundo, acreditando que suas necessidades não serão satisfeitas a não ser que ela force, o que dá origem a comportamentos indesejados como agressividade, mentiras, manipulação, entre outros.</p><h3>Entender que as crianças aprendem pelo exemplo</h3><p>Também é importante que os responsáveis tenham em mente que a criança aprende a partir de modelos e, se eles não forem bons, a criança irá sofrer com isso também.</p><p>Por isso, pessoas que brigam demais e transformam o ambiente em hostil estão pavimentando o caminho para que a criança também tenha atitudes assim. Famílias desestruturadas nas quais as emoções são instáveis e intensas criam crianças com essas mesmas características.</p><p>Isso é especialmente importante quando os pais e mães querem se separar, mas têm receios por conta de filhos (as). Felizmente, a psicologia nos mostra que a separação é muito melhor para a saúde mental dos pequenos do que casais juntos e profundamente infelizes.</p><h3>Permitir que as crianças vivenciem a frustração</h3><p>Por fim, os responsáveis não podem deixar com que a criança viva em um eterno conto de fadas. Algum nível de frustração é importante para que ela aprenda a se regular emocionalmente, tendo em vista que a vida é cheia de altos e baixos, comuns na infância e, mais ainda, na vida adulta.</p><p>Nesse sentido, é fundamental dizer não, impor limites e fazer combinados, conversar com a criança, não invalidar os sentimentos vistos como negativos: tristeza, raiva, medo, etc. e manter a atenção a sinais de transtornos ou problemas que indiquem algo mais grave.&nbsp;</p><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2020/10/saude-mental-criancas-minuto-saudavel.png" alt="Saúde mental das crianças" class="wp-image-28651"></figure></div><h2 id="problemas-mais-comuns">Quais problemas psicológicos afetam mais frequentemente as crianças?</h2><p>Os transtornos mentais mais frequentes em crianças são:</p><h3>Transtorno do espectro autista (TEA)</h3><p>O <a href="https://minutosaudavel.com.br/autismo/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">autismo </a>é uma condição neurológica que prejudica a comunicação e a interação social, apresentando também dificuldades sensoriais. A criança pode apresentar déficits que comprometem a linguagem verbal (a fala) e compreensão de linguagem figurada (exemplo: ditados populares), ter dificuldade em olhar nos olhos dos outros e ter dificuldades com o toque, mesmo o toque materno.</p><h3>Transtornos de ansiedade e fobias específicas</h3><p>A criança pode apresentar altos níveis de <a href="https://minutosaudavel.com.br/quando-e-preciso-tratar-ansiedade/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">ansiedade </a>e angústia em situações não muito ameaçadoras, como ao chover, ficar no escuro, medo de insetos inofensivos, entre outras. Pode apresentar também um medo exagerado de ficar sozinho ou sem pessoas responsáveis.</p><h3>Depressão</h3><p>A <a href="https://minutosaudavel.com.br/tipos-de-depressao/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">depressão </a>na infância pode se manifestar de maneira diferente, com sintomas como a falta da vontade de brincar ou de interagir com os amigos, alterações no sono e na alimentação, raiva e reatividade aumentada, agitação e emotividade.&nbsp;</p><h3>Déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)</h3><p>O<a href="https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-tdah-tratamento-sintomas-tdah-em-adultos-e-na-escola/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"> transtorno de déficit de atenção e hiperatividade </a>(TDAH) é definido como a dificuldade de manter a atenção concentrada. Frequentemente, a criança que sofre com déficit de atenção também tende a apresentar agitação, impulsividade e irritabilidade.</p><p>Vale lembrar que o diagnóstico de TDAH em meninas pode ser dificultado, pois o quadro tende a apresentar-se com nuances diferenciadas, caracterizando-se, mais nitidamente,&nbsp; por falta de concentração, o que não descarta demais sintomas.</p><h3>Deficiência intelectual</h3><p>Também chamada de “atraso cognitivo”, a deficiência intelectual é uma condição na qual a cognição da criança não se desenvolve da maneira esperada, apresentando atrasos em relação às outras crianças da mesma idade.</p><p>Com isso, a criança pode ter atrasos na aprendizagem, dificuldades com a aquisição da linguagem, alterações na capacidade de compreensão e resolução de problemas, dependência do pai ou mãe para atividades do dia a dia, entre outros.</p><h3>Transtorno opositivo-desafiador (TOD)</h3><p>O transtorno opositivo-desafiador é caracterizado por um padrão de comportamento desafiante e desobediente, em especial quando é direcionado a figuras de autoridade, como professores(as), cuidadores(as) e outros adultos.</p><p>Crianças com TOD frequentemente gritam e discutem com adultos, apresentam alta irritabilidade e teimosia, desafiam e desrespeitam regras e instruções, entre outros.</p><h2 id="quando-buscar-ajuda">Quando é preciso buscar auxílio psicológico para crianças?</h2><p>O auxílio psicológico é bem-vindo em diversas etapas da vida, mas é preciso tomar cuidado com o excesso de patologização. Isso significa que nem todo comportamento preocupante indica um transtorno. Por exemplo, nem toda tristeza indica depressão, nem toda aflição representa uma ansiedade não tratada.</p><p>Crianças podem se sentir tristes e isso não quer dizer que tem algo de errado com elas — desde que essa tristeza seja contextualizada. Em outras palavras, a criança apresentar tristeza por conta de um acontecimento desagradável é adequado. No entanto, quando essa tristeza surge sem que haja motivos aparentes e se torna constante, aí as pessoas responsáveis precisam procurar ajuda.</p><p>Os sinais dos transtornos mentais em crianças podem ser diferentes dos sinais em adultos, tendo em vista que elas ainda não têm o mesmo conhecimento de mundo e podem limitar a expressão de seus sentimentos e pensamentos.</p><p>Alguns sinais que os pais e cuidadores devem ficar atentos são:</p><ul><li>Falta de vontade de brincar;</li><li>Falta do desejo de interagir com os amigos e dificuldades nos relacionamentos interpessoais (com amigos, familiares ou demais pessoas);</li><li>Mudanças bruscas e repentinas de humor e/ou comportamento;</li><li>Problemas para dormir;</li><li>Agressividade e irritabilidade;</li><li>Fome alterada (excesso ou falta);</li><li>Pesadelos recorrentes;</li><li>Angústia desproporcional às situações;</li><li>Baixo rendimento escolar;</li><li>Escapes de urina e fezes mesmo após o desfralde, especialmente durante a noite.</li></ul><p>Leia também: <a href="https://minutosaudavel.com.br/importancia-da-terapia-na-infancia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">A importância da terapia na infância: quando é necessária? | MS (minutosaudavel.com.br)</a></p><h2 id="papel-da-comunidade">Papel da comunidade na saúde mental das crianças</h2><p>Apesar das crianças terem um ou dois responsáveis legais, garantir seus direitos é papel de toda a comunidade. Isso quer dizer que toda pessoa que tem contato ou convive com uma criança pode identificar alguma condição inadequada, bem como denunciar casos de maus-tratos, negligência, violência psicológica, física ou sexual, entre outras situações.</p><p>Especialmente serviços de saúde e educação, que recebem e passam mais tempo com as crianças, por isso seguem diretrizes para identificar possíveis situações que precisem de intervenção.&nbsp;</p><p>Isso é de extrema importância já que grande parte desses traumas é causado por pessoas conhecidas da família: parentes e amigos próximos. Sendo que a criança sofre em silêncio e vai alimentando traumas para toda a vida.&nbsp;</p><p>Portanto, caso identifique algo que merece atenção, a denúncia pode ser feita:</p><ul><li>Por meio do Conselho Tutelar do município;</li><li>Pelo Disque 100, canal que monitora e encaminha denúncias contra crianças e adolescentes de maneira anônima;</li><li>Para a Polícia Militar em casos de violência física e sexual, no número 190.</li></ul><p>A partir da denúncia, será iniciada uma investigação, que pode tirar a criança do ambiente inadequado. </p><hr class="wp-block-separator"><p>Por fim, a saúde mental na infância é fundamental para que as crianças cresçam saudáveis, física, mental, social e afetivamente. Nesse sentido, toda a família e sociedade devem trabalhar juntas, construindo ambientes harmônicos e adequados.</p><p>Acompanhe o Minuto Saudável para ver mais sobre a saúde dos pequenos e das pequenas!</p><h2>&nbsp;Fontes consultadas:</h2><ul><li><a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Estatuto da criança e do Adolescente (ECA)</em></a><em> — Lei nº 8.069;</em></li><li><a href="https://www.cnj.jus.br/violencia-infantil-judiciario-se-mobiliza-para-conscientizar-sociedade-sobre-importancia-de-denunciar/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)"><em>Violência infantil: Judiciário se mobiliza para conscientizar sociedade sobre a importância de denunciar </em></a><em>— Conselho Nacional de Justiça.</em></li></ul></body>

Saúde mental das crianças: como cuidar e quando buscar ajuda?

<head></head><body><p>A <a href="https://minutosaudavel.com.br/c/saude/criancas/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label="infância  (abre numa nova aba)">infância </a>é uma etapa importante, pois o que ocorre nesse período tem reflexos por toda a vida. Por isso, dar atenção ao bem-estar emocional, afetivo, psicossocial e cognitivo é de extrema importância para que as crianças tenham uma vida saudável e um desenvolvimento adequado, sendo a terapia na infância um caminho para tal.</p><p>Muitas vezes, buscar ajuda especializada é considerável para que isso ocorra, então, os responsáveis devem entender mais sobre a importância da terapia na infância.</p><p><strong>Índice — neste artigo você vai encontrar:</strong></p><ol><li><a href="#importancia">Qual a importância da terapia na infância?</a></li><li><a href="#como-funciona">Como funciona a terapia infantil?</a></li><li><a href="#ludoterapia">Ludoterapia é igual à psicoterapia infantil?</a></li><li><a href="#terapia-infantil">Terapia infantil: a partir de qual idade pode fazer?</a></li></ol><h2 id="importancia">Qual a importância da terapia na infância?</h2><p>A infância é uma fase da vida em que são feitas muitas descobertas e que serve de base para as fases seguintes do desenvolvimento de uma pessoa. O aprendizado é constante, mas a forma de compreender e elaborar as situações ainda está cerebralmente se aprimorando. </p><p>Assim, qualquer problema que possa surgir nesse processo tem o potencial de afetar significativamente o <a href="https://minutosaudavel.com.br/desenvolvimento-infantil/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label="desenvolvimento da criança (abre numa nova aba)">desenvolvimento da criança</a>. Isso pode se manifestar na forma de padrões de pensamento, distorções de percepção, dificuldade de lidar com as emoções e mudanças bruscas de comportamento.</p><p>A terapia na infância tem como objetivo prevenir&nbsp; e intervir no surgimento desses padrões prejudiciais por meio dos cuidados com a <a href="https://minutosaudavel.com.br/saude-mental-para-psicologia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label="saúde mental (abre numa nova aba)">saúde mental</a> da criança, permitindo uma expressão saudável de seus sentimentos, pensamentos, sua criatividade, entre outras.</p><p>Frequentemente, os responsáveis não sabem direito quando devem levar a criança à psicoterapia. Existem vários motivos para isso: desde o tabu em relação à terapia até uma falta de percepção em relação à necessidade da terapia por parte da criança.</p><p>Leia também: <a href="https://minutosaudavel.com.br/saude-mental-das-criancas/" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label=" (abre numa nova aba)">Saúde mental das crianças: como cuidar e quando buscar ajuda? | MS (minutosaudavel.com.br)</a> </p><h3>Sinais importantes</h3><p>Em geral, alguns sinais de que a criança pode estar precisando de cuidados terapêuticos são:</p><ul><li>Dificuldades para se relacionar com as outras crianças;</li><li>Timidez excessiva;</li><li>Dificuldades de atenção e/ou de aprendizado;</li><li>Choro excessivo;</li><li>Irritabilidade;</li><li>Birras, malcriações e agressividade exagerada;</li><li>Hiperatividade;</li><li>Alterações no apetite;</li><li>Medo de ficar sozinha;</li><li>Isolamento;</li><li>Ciúmes excessivo de uma irmã ou irmão mais novo;</li><li>Necessidade exagerada de proximidade com os pais que demonstre insegurança ou receio em interagir com demais pessoas e/ou objetos;</li><li>Enurese e encoprese (fazer xixi e cocô em lugares inadequados, como na cama, após aprender a usar o banheiro);</li><li>Atrasos na fala e no andar;</li><li>Recusa em ir à escola sem motivos aparentes;</li><li>Queda no desempenho escolar;</li><li>Separação dos pais;</li><li>Mudanças repentinas no comportamento da criança;</li><li>Vivência de situações traumáticas (perda de um ente querido, experienciar um assalto, acidente de carro e etc.);</li><li>Ou ainda mudanças de rotinas advindas da separação dos pais.</li></ul><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Alienação-parental-minuto-saudavel.png" alt="A terapia na infância é um importante processo para o desenvolvimento da criança, sendo fundamental em alguns casos" class="wp-image-7351"></figure></div><p>É válido lembrar que o fato de uma criança estar precisando de terapia não necessariamente indica uma falha do pai e/ou mãe na criação. Às vezes, os problemas que podem surgir estão fora das áreas de competência dos responsáveis e não é vergonha nenhuma assumir que o filho está precisando de uma ajuda profissional, já que por não estar incluído no contexto, pode visualizar a situação de uma maneira diferente e ainda propõe estratégias que auxiliaram a minimizar a demanda trazida pela família.</p><p>Entender isso é imprescindível para um bom tratamento, pois abre o diálogo, fazendo com que a relação entre terapeuta, pais e mães seja mais harmoniosa, permitindo uma grande colaboração entre as partes, o que traz melhores resultados.</p><h3><strong>Para a vida escolar</strong></h3><p>Frequentemente, a criança apresenta uma queda no desempenho escolar não por problemas de aprendizagem propriamente ditos, mas por questões emocionais. Crianças que se veem em uma situação de muito estresse, como um evento traumático, podem ter dificuldade em aprender.</p><p>Nesse sentido, a terapia ajuda bastante a criança a lidar com as próprias emoções, desenvolvendo habilidades de regulação emocional, proporcionando um espaço para a expressão das emoções e o aprendizado de um melhor manejo das mesmas, que por ventura possam estar atrapalhando o aprendizado.</p><p>Há casos, também, em que o desempenho escolar sofre uma queda por problemas cognitivos. Quando isso ocorre, a psicoterapia infantil também mostra-se uma ferramenta útil, pois tem como objetivo investigar as capacidades cognitivas e a maneira como a criança aprende, propondo assim estratégias e atividades para auxiliá-la no contexto educativo.</p><h3><strong>Para o desenvolvimento afetivo</strong></h3><p>Crianças sentem tudo com muita intensidade e, muitas vezes, não sabem expressar suas emoções adequadamente.&nbsp;</p><p>Os pais e mães, numa tentativa de ensinar a criança que certas emoções não são socialmente aceitas ou não devem ser expressas de maneira exagerada, acabam por censurar a criança, causando prejuízos ao desenvolvimento afetivo.</p><p>A regulação emocional é uma habilidade que todas as pessoas devem aprender para conviver bem em sociedade. Sentir-se triste ou irritado(a) é normal e isso deve ser ensinado às crianças.&nbsp;</p><p>Não se trata de um “não sentir” as emoções negativas, mas sim aprender a expressá-las de maneiras saudáveis, que não prejudiquem suas relações.</p><p>Com frequência, adultos preferem dizer “pare de chorar” em vez de ensinar que é normal se sentir triste, também que existem momentos nos quais chorar é adequado e momentos em que pode-se reagir de outra forma além do choro. Dessa forma, a criança aprende a “calar” as emoções ao invés de expressá-las equilibradamente.</p><p>Toda emoção “calada” acaba se acumulando com o tempo e a tendência é que a criança tenha “explosões” de choro ou de raiva, por exemplo. Por isso, ensiná-la a lidar com as suas emoções — e não simplesmente reprimi-las — é de extrema importância para uma vida emocional equilibrada.</p><p>Na terapia infantil, isso é trabalhado com muito cuidado, para que ela seja capaz de expressar suas frustrações, anseios, medos, tristezas e até mesmo a raiva, de modo a aprender a habilidade da regulação emocional.</p><p>Neste sentido, a terapia infantil auxilia também na elaboração de experiências traumáticas, o que ajuda a prevenir transtornos mentais relacionados à presença de traumas, como transtorno de estresse pós-traumático, transtorno dissociativo de identidade, transtornos de personalidade, depressão, ansiedade, entre outros.</p><h2 id="como-funciona">Como funciona a terapia infantil?</h2><p>A terapia infantil, diferentemente da terapia em família, é feita só com a criança, mas pode-se solicitar e/ou permitir a presença dos pais durante os atendimentos, caso seja necessário para a evolução positiva do quadro. No entanto, nas primeiras sessões, é pedido que os responsáveis compareçam para contar detalhes sobre ela: sua história de vida, a queixa que os levou a procurar terapia etc.</p><p>São investigadas questões como planejamento familiar, gravidez, primeiros anos de vida, marcos no desenvolvimento da criança, entre outros. O (a) terapeuta também deve saber se existe alguma situação desencadeadora de alterações comportamentais, como situações traumáticas, ou se há queda no desempenho escolar e no aprendizado em geral.</p><p>Após essas primeiras sessões, denominadas de “entrevista com os pais”, é que a criança começa o processo terapêutico de fato, mas desta vez na maioria das vezes somente ela e o (a) terapeuta.</p><p>Ocasionalmente, pai e mãe podem ser chamados para um feedback a respeito da evolução do tratamento ou para receber orientações a respeito dos comportamentos em casa, na escola, entre outros. No entanto, na maior parte das sessões, o diálogo é somente com a criança.</p><h3>Atividades lúdicas para a terapia na infância</h3><p>Diferentemente da terapia com adultos,que tem como foco a palavra do cliente, a terapia infantil é feita por meio de atividades lúdicas e estruturadas de acordo com a faixa etária e necessidade da demanda.</p><p>É por meio de jogos, brincadeiras e expressões criativas como desenhos, pinturas, entre outros, que é possível acessar a psique da criança, tendo em vista que muitas vezes o vocabulário infantil é limitado para expressar aquilo que a criança sente ou pensa.</p><p>No brincar, ela reproduz as situações que vive e seus sentimentos, inclusive aqueles que ainda não consegue colocar em palavras. Por isso, a brincadeira acaba revelando muito mais do que a simples fala. Ou seja, o brincar é uma ferramenta muito importante para a criança elaborar o mundo em que vive e se desenvolver de forma positiva.</p><p>É importante ressaltar que não existe um número exato de sessões para a terapia infantil, tudo depende do desenvolvimento da criança.</p><p>Em geral, os primeiros resultados já são vistos após algumas sessões, desde que todos os envolvidos estejam colaborando, ou seja, caso a família não colabore com as orientações do (a) terapeuta, por exemplo, os resultados podem demorar mais para aparecer.</p><h2 id="ludoterapia">Ludoterapia é igual à psicoterapia infantil?</h2><p>Ludoterapia e psicoterapia infantil são diferentes. A ludoterapia é uma técnica que consiste em uma terapia por meio de brincadeiras e atividades lúdicas e, de fato, é a técnica mais usada na psicoterapia infantil.</p><div class="wp-block-image"><figure class="aligncenter size-large"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2020/09/terapia-na-infancia-importancia-minuto-saudavel.jpg" alt="" class="wp-image-22890"></figure></div><p>Por outro lado, psicoterapia infantil é um termo guarda-chuva para designar qualquer atendimento terapêutico que seja feito com crianças, mas que não necessariamente se utiliza da ludoterapia.</p><p>Embora a ludoterapia seja a técnica mais usada na psicoterapia infantil, nem sempre ela é a escolhida em toda sessão. Isso ocorre especialmente em casos de crianças mais velhas e capazes de se expressar bem por meio da palavra.</p><h2 id="terapia-infantil">Terapia na infância: a partir de qual idade pode fazer?</h2><p>Não existe uma idade mínima para iniciar a terapia infantil. No entanto, antes dos 3 anos, a criança pode não conseguir fazer a terapia sem os pais, pois é uma idade de extrema dependência.</p><p>Crianças menores de 3 anos de idade podem ser atendidas, mas geralmente é uma terapia na qual os pais participam, não necessariamente seguindo as características da psicoterapia infantil descritas neste artigo, podendo também ter um caráter de estimulação infantil.</p><hr class="wp-block-separator"><p>A terapia na infância pode ser transformadora, ajudando no bom desenvolvimento da <a href="https://consultaremedios.com.br/infantil/c" target="_blank" rel="noreferrer noopener" aria-label="criança (abre numa nova aba)">criança</a>. Isso inclui aspectos sociais, emocionais e cognitivos.</p><p>Quer saber mais sobre saúde das crianças e como proporcionar uma formação integral dos pequenos? Acompanhe o Minuto Saudável!</p></body>

Me. Ana Claudia Blanchet

Artigos escritos e/ou revisados por Me. Ana