Saúde

Oligospermia: a causa mais comum de infertilidade masculina

Publicado em: 09/08/2021Última atualização: 09/08/2021
Publicado em: 09/08/2021Última atualização: 09/08/2021
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A oligospermia (ou oligozoospermia), se trata de uma doença comum e que traz a diminuição do número de espermatozoides no sêmen, gerando problemas na fertilidade masculina. 

Isso acontece pois, ao contrário da mulher, que já nasce com um número exato de óvulos, o homem produz espermatozóides ao longo da vida. 

Se o casal estiver tentando ter filhos há mais de um ano, é recomendado buscar ajuda médica para investigar não só a saúde da mulher, mas também a do homem, tendo em vista que ele pode ter oligospermia. Segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), cerca de 10 a 15% dos casais têm dificuldades em ter filhos após um ano de tentativas, e cerca de 50% das causas de infertilidade são de origem masculina. 

Para explicar melhor sobre a oligospermia, nós, do Minuto Saudável, preparamos um artigo completo para você entender tudo sobre o assunto, confira!

O que é oligospermia?

A oligospermia é uma condição que afeta a produção de espermatozoides, diminuindo a quantidade no sêmen e podendo levar à infertilidade masculina, sendo uma das causas mais comuns do problema. 

Nesse caso, a quantidade de espermatozoides considerada normal é de 15 milhões por ml de sêmen, menos que isso já pode ser considerada oligospermia, ou seja, é identificado que a produção de gametas masculinos não está acontecendo da maneira certa e saudável.

Se a quantidade verificada for menor que 5 milhões de espermatozoides, a oligospermia passa a ser considerada severa. Essa é uma doença que pode ser temporária ou permanente, e esse diagnóstico vai definir quais tratamentos a serem feitos. 

É importante, também, diferenciar as condições que causam a infertilidade, pois elas são aproximadas mas não iguais, veja: 

  • Oligozoospermia: baixa quantidade de espermatozoide;
  • Astenozoospermia: o esperma tem pouca mobilidade espontânea;
  • Teratozoospermia: o formato do esperma é anormal;
  • Oligoastenoteratozoospermia (OAT): condição que une as três anteriores ao mesmo tempo.

Em alguns casos, a infertilidade masculina é de causa desconhecida, mas a oligospermia tem algumas causas que vamos mostrar no próximo tópico, confira! 

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Quais as causas da oligospermia?

As  principais  causas  de oligospermia são: 

  • Infecções genitais;
  • Varicocele (varizes no saco escrotal);
  • Criptorquidia (testículos não descidos, ou a ausência de um ou dos dois testículos na bolsa testicular);
  • Disfunções endócrinas;
  • Alterações hormonais;
  • Alterações nos cromossomos sexuais;
  • Idade avançada (quanto mais velho, menor o nível de testosterona no organismo a produção de espermatozoides pelo organismo);
  • Maus hábitos de vida (dieta inadequada, tabagismo, drogas ou anabolizantes, obesidade, estresse);
  • Uso de roupas apertadas;
  • Uso de medicamentos específicos (imunossupressores, anabolizantes, antiandrógenos);
  • Quimioterapia ou radioterapia;
  • Cirurgias genitais;
  • Alterações nos testes.

Vale lembrar que aproximadamente 40% dos homens com infertilidade têm a causa encontrada, enquanto os outros 60% têm a causa da infertilidade desconhecida. Estudos na área da genética vêm sendo feitos para realizar novas descobertas relacionadas à infertilidade nesses casos.

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Como é feito o diagnóstico?

A oligospermia é diagnosticada quando é encontrada nas amostras um número de espermas menor que 15 milhões por ml de sêmen, ou menos de 39 milhões, se analisado o total ejaculado. A doença é considerada severa quando o volume encontrado de espermas é igual ou menor que 5 milhões por ml. 

Além disso, a oligospermia pode ser diagnosticada em graus diferentes, indo de leve à severa. Esse diagnóstico muda conforme a quantidade de espermatozoides coletados na amostra, entenda:

  • Leve: entre 10 a 15 milhões de espermatozoides por ml de sêmen.
  • Moderada: entre 5 a 10 milhões de espermatozoides  por ml de sêmen.
  • Severa: entre 0 e 5 milhões de espermatozoides por ml de sêmen.
  • Azoospermia: ausência total de espermatozoides.

Para identificar a oligospermia, é necessário fazer um exame chamado espermograma, que vai detectar a quantidade de esperma no sêmen. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se o número de espermas estiver normal na avaliação, não é necessário fazer o teste novamente.  Caso o resultado vier com alterações, a análise deve ser repetida.

O exame coleta uma amostra do sêmen do homem através da masturbação. Após a coleta, é analisado o aspecto do sêmen, a quantidade e a condição dos espermatozoides. 

Para um melhor diagnóstico, é importante ficar entre 48 a 72 horas antes do exame em abstinência sexual, além disso, é recomendado  fazer ao menos duas coletas, de preferência com um intervalo superior a 15 dias entre elas, para ter certeza do diagnóstico.

Na coleta da amostra, são analisados os seguintes aspectos:

Macroscópicos

Aqui é avaliado características macroscópicas do sêmen, como: 

  • Cor e aspecto (normal quando com tonalidade leitosa);
  • Tempo (tempo passado até a amostra se tornar líquida, deve ser menor que 60 minutos);
  • Volume (normal quando superior 1,5 ml);
  • Viscosidade; 
  • pH (normal quando igual ou maior que 7,2).

Microscópicos 

Neste caso são analisadas as características microscópicas do sêmen, como:

  • Concentração de espermatozoides (normal quando igual ou superior a 15 milhões por ml);
  • Total de espermatozoides (normal quando igual ou superior a 39 milhões no total ejaculado);
  • Motilidade dos espermatozoides (capacidade de locomoção dos espermatozoides. É normal quando igual ou superior a 32%);
  • Formato dos espermatozoides (cabeça de formato oval e com a parte intermediária e cauda perfeitas têm maiores chances de fertilização. Normal quando igual ou maior que 4%);
  • Vitalidade (quantidade de espermatozoides vivos, normal acima de 58%).

Tem tratamento?

A oligospermia pode ser temporária ou permanente. O tratamento varia muito dependendo da causa e do grau de severidade da doença, vejamos alguns tratamentos pertinentes:

  • Medicamentos (para aumentar o número de espermatozoides);
  • Cirúrgico (em casos específicos, como quando ocorre por varicocele, por exemplo);
  • Mudança de hábitos (tratamento que pode induzir a produção de espermas através de dietas e evitando o uso de álcool e drogas, por exemplo);
  • Reposição hormonal (quando a causa é hormonal);
  • Reprodução assistida (reprodução humana com métodos alternativos).
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Oligospermia e a fertilidade: posso ter filhos?

A condição afeta a fertilidade masculina, porém, como mostramos acima, isso depende do grau de severidade da doença. 

Ou seja, a quantidade de espermatozoide encontrado na coleta é o que define o grau de severidade e, consequentemente, é o que indica a possibilidade de ter  filhos ou não. 

Quando a doença é considerada leve, há chances, mesmo que menores, de ter filhos de maneira natural, sem ajuda de reprodução alternativa. Entretanto, mesmo com poucos espermatozoides na amostra, não é impossível ter um filho. Ou seja, não tem como dizer o número exato de espermatozoides necessários para ter chance de fecundação, mas quanto maior o número, maiores as chances. 

A infertilidade acontece pois, mesmo que se produza gametas viáveis, a baixa quantidade de espermatozoides presentes no esperma pode não ser suficiente para que haja chances reais de fecundação do óvulo. Nesse caso, o casal pode recorrer às técnicas de reprodução alternativa.


Ao ter dificuldades em ter filhos por mais de um ano, é importante consultar um médico, tanto para o homem quanto para a mulher, e realizar os exames necessários para gerar um diagnóstico correto. No caso do homem o médico a ser consultado é o urologista e da mulher o ginecologista.

Gostou deste conteúdo? Então continue acompanhando o Minuto Saudável para mais informações sobre saúde e bem-estar! 

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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