Saúde

Distensão muscular (coxa, virilha, costas): como tratar?

Publicado em: 29/06/2018Última atualização: 17/05/2022
Publicado em: 29/06/2018Última atualização: 17/05/2022
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O que é distensão muscular?

A distensão muscular é um tipo de lesão em que os músculos ou tendões que se prendem aos ossos sofrem um esforço tão grande que acaba provocando o rompimento das fibras musculares e vasos sanguíneos que irrigam esses tecidos.

É comum ouvir, quando ocorre uma distensão, que a pessoa sentiu uma “fisgada” na região da lesão.

Essa distensão é a resposta de um esforço além da capacidade dos tecidos. Assim, os músculos são esticados a ponto de romper as fibras, capilares sanguíneos ou feixes musculares.

Como consequência do rompimento, podem surgir sintomas como dores, inchaço e hematomas acompanhados de inflamação no local da lesão. É muito comum em atletas, especialmente em esportes de contato como é o  futebol, handebol, basquete e em modalidades como maratonistas e ciclistas.

Na distensão, o rompimento pode ser considerado parcial ou total, se dividindo de acordo com a gravidade da lesão.

Normalmente, o tratamento é realizado com o uso de gelo, compressa, descanso e elevação da área lesionada. Contudo, pode ser necessário acompanhamento de um médico ortopedista e de fisioterapeutas.

O tempo de recuperação pode variar, o que depende muito também do condicionamento físico de quem sofreu a distensão.

Em casos mais graves, onde muitas fibras são rompidas, o tempo de recuperação é maior, podendo se estender por semanas ou meses.

O diagnóstico de uma distensão é algo imediato, uma vez que essa ruptura causa dor instantânea, impedindo que a pessoa ou atleta continue realizando o exercício.

No CID-10, a Classificação Internacional de Doenças, a distensão muscular pode ser encontrada pelo código M62 (outros transtornos musculares) e M62.6 (distensão muscular).

Continue a leitura e descubra como se prevenir!

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é distensão muscular?
  2. Causas
  3. Fatores de risco
  4. Tipos
  5. O que acontece com os músculos lesionados?
  6. Quais os músculos mais atingidos?
  7. Sintomas
  8. Diagnóstico
  9. Tem cura?
  10. Tratamento
  11. Fisioterapia
  12. Tratamento cirúrgico
  13. Medicamentos
  14. Prognóstico
  15. Complicações
  16. Como prevenir a distensão muscular?
  17. Perguntas frequentes
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Causas

A distensão muscular é provocada por um esforço excessivo dos músculos para realizar alguma contração muscular. É comum em corridas, em partidas de futebol, vôlei e outros esportes competitivos.

No entanto, apesar de ser mais comum em pessoas com uma carga mais intensa de exercícios, também ocorre em pessoas ‘comuns’.

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Fatores de risco

O risco de sofrer uma distensão muscular aumenta em algumas condições. Alguns fatores de risco estão associados às lesões traumáticas, algo que os atletas estão mais suscetíveis a sofrer.

Além disso, o excesso de peso, infecções, a execução de exercícios sem técnica e com sobrecarga, a falta de aquecimento e alongamento nos treinos também aumentam as chances da distensão acontecer. Outros motivos considerados de risco são:

Falta de condicionamento físico

Apresentar um condicionamento físico ruim pode aumentar as chances de lesão. A pessoa em exercício terá um preparamento inferior ao que teria praticando atividades regularmente.

Isso pode resultar em fadiga, falta de técnica e pouca percepção dos limites do próprio corpo, usando sobrecarga ou realizando atividade muito intensa.

Idade

Em pessoas mais velhas, o risco de distensão muscular aumenta pela presença de vários outros fatores de risco, como falta de condicionamento físico e menor força muscular.

A diminuição na quantidade de colágeno também está associada a perda de elasticidade do músculo, o que pode pode acontecer por causa do envelhecimento, aumentando as chances de lesão.

Pouco aquecimento antes do treino

A distensão pode ser considerada fria e quente. Quando acontece em pessoas sem aquecimento prévio, é a distensão fria.

Recebe essa denominação pois o músculo ainda não está preparado para a atividade física. Quando se trata de uma distensão quente, o músculo já está fadigado.

Fadiga muscular

A fadiga muscular é a falência da manutenção da força esperada. É uma condição onde o corpo foi submetido a um desgaste extremo  por isso a pessoa não é mais capaz de realizar os exercícios com perfeição.

Alguns sintomas da fadiga muscular incluem perda de concentração, alteração na transmissão neuromuscular, baixa tolerância à atividade e um risco muito maior de sofrer uma lesão.

Reabilitação incompleta

Voltar a praticar exercício físico sem estar totalmente recuperado é um dos fatores de risco para a distensão muscular, pois o organismo do atleta ainda não está pronto para voltar ao ritmo de antes.

Tipos

Existem dois tipos principais de distensão muscular, sendo eles a distensão aguda e a distensão crônica.

A distensão aguda ocorre quando os músculos e tendões precisam passar por uma contração repentina e de forte intensidade.

É mais frequente em atletas ou pessoas que praticam exercícios físicos com maior frequência, pois os músculos e tendões são mais expostos a movimentos repetitivos e prolongados.

Também pode acontecer ao realizarmos alguns movimentos como levantar objetos pesados do chão ou fazer muita força contra uma resistência.

A distensão muscular crônica acontece como consequência da distensão aguda, onde os músculos estão sempre sob movimentos repetitivos e prolongados.

Normalmente, a distensão crônica é a mais comum em atletas maratonistas, ciclistas e de esportes competitivos, devido a grande carga de treinos e competições.

Dentro desses dois tipos a uma classificação de acordo com o grau da lesão:

Distensão leve

Onde acontece um pequeno estiramento de algumas fibras musculares, em que não há hematoma ou edema. O atleta, normalmente, sente apenas dor na hora do estiramento.

Na distensão leve, ou lesão de grau 1, o esperado é que o atleta se recupere dentro de poucos dias. Em alguns casos, o atleta consegue continuar a atividade, pois a lesão não o impede de continuar.

Distensão moderada

Na distensão moderada, ou lesão de nível 2, os danos são mais graves do que na distensão leve. Nessa lesão, ocorre maior dano as fibras musculares e em maior quantidade. Sintomas como o inchaço e hematoma são mais frequentes.

As dores também são mais fortes, o que leva o paciente há um tempo maior de repouso, precisando de 1 a 3 semanas para se recuperar totalmente.

Distensão grave

A distensão grave, ou de nível 3, é o rompimento completo do músculo. O atleta apresenta dor, hematomas e inchaço. É necessário maior tempo de repouso ou até mesmo permanecer imobilizado até se recuperar completamente.

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O que acontece com os músculos lesionados?

Quando nosso organismo sofre uma lesão, como é a distensão muscular, nosso corpo apresenta diversas respostas para reparar esse dano sofrido o mais rápido possível.

A distensão provoca uma desestabilização nas estruturas das fibras, o que acaba resultando em um processo de necrose (morte celular), inflamação, reparo e fibrose.

Assim, ao mesmo tempo em que nosso organismo tenta regenerar os tecidos rompidos ele passa por um processo de cicatrização.

A primeira fase após a lesão se dá pelo processo inflamatório imediato, onde surgem os sinais e sintomas. Da lesão até a recuperação, algumas fases são percorridas:

Fase de inflamação e degeneração

Após sofrer um rompimento na distensão, o sarcolema da fibra muscular perde sua integridade. O sarcolema é a camada fina do tecido conjuntivo que envolve a fibra muscular. Quando danificada, passa pelo processo de necrose celular.

Em sequência, ocorre uma migração de células mononucleares, macrófagos e linfócitos para o tecido afetado. Uma das funções dessas células é possibilitar a secreção de fatores do crescimento celular que auxiliam, especificamente, no processo inflamatório.

As interleucinas (IL-8, IL-6, IL-1) , proteínas produzidas por essas células, junto aos fatores de necrose tumoral atuam aumentando a permeabilidade da área lesionada, acelerando a resposta inflamatória e a recuperação do atleta.

A partir disso, a exposição do colágeno tecidual provoca uma maior liberação de quimiotáticos e mitogênicos no local lesionado. Assim, o processo de coagulação começa e os leucócitos (glóbulos brancos) destroem as células necrosadas.

Regeneração muscular

A fase de regeneração muscular acontece após 24 horas da distensão muscular ter ocorrido. A principal característica dessa fase é a ação dos fatores reguladores miogênicos e de alguns fatores de crescimento (como a IGF).

Eles são responsáveis pela ativação das células-satélites, fundamentais para regeneração muscular e na formação de novas fibras.

Cicatrização

A fase de cicatrização dura entre três a seis dias. Nesse processo, acontece a liberação do TGF-β1, um fator do crescimento que estimula os fibroblastos a produzirem proteínas e proteoglicanos.

Essas proteínas serão responsáveis pela cicatrização e reparação do tecido rompido. A fibroplasia, ou seja, a regeneração completa das fibras, pode durar entre quatro e seis semanas.

Remodelação

Na fase de remodelação, acontece a maturação do músculo regenerado, contração das fibras de colágeno e a reorganização do tecido cicatricial. Essa fase pode durar um tempo bem longo, de 15 a 60 dias.

Após três semanas, a cicatrização do músculo lesionado é considerada mais resistente, forte, firme e pouco vascularizada.

Os casos de distensão muscular, na maioria, tendem por rescindir ainda na primeira semana, mas em casos mais graves pode acontecer após semanas da lesão ocorrida.

Quais os músculos mais atingidos?

Qualquer músculo pode sofrer uma distensão muscular, mas alguns estão mais propensos, pois são frequentemente exigidos. São eles:

  • Musculatura interna da coxa;
  • Músculos da panturrilha;
  • Músculos anteriores da coxa (quadríceps);
  • Posteriores da coxa.

As regiões do ventre muscular, parte composta pelas fibras musculares que se contraem, e da junção músculo-tendão são mais atingidas.

Os músculos da virilha, costas, glúteos e braços também podem ser atingidos, mas com menos frequência quando comparado aos membros inferiores.

Nos atletas, os membros inferiores são os mais prejudicados pela distensão muscular, sendo os músculos isquiotibiais os mais atingidos.

Os músculos isquiotibiais são, na verdade, os 3 músculos localizadas na parte posterior da coxa, sendo eles o semimembranáceo, semitendíneo e o músculo bíceps femoral.

Esse conjunto de músculos recebe o nome isquiotibiais pois se originam no ísquio e apresentarem como inserção distal os ossos da perna tíbia e fíbula.

Sintomas

Os sintomas da distensão muscular incluem:

  • Dor imediata no local da lesão;
  • Fraqueza;
  • Hematoma, resultado do rompimento de veias capilares;
  • Edema (inchaço);
  • Equimose (infiltração sanguínea nos tecidos musculares);
  • Sangramento;
  • Deformidade;
  • Dificuldade para movimentar o músculo lesionado.

A dor no local é o principal sintoma da distensão muscular. No caso da distensão aguda, o paciente pode sentir um “fisgado” ou pontadas no local, o que impedirá que ele continue na atividade.

Nos casos mais graves de distensão muscular, ao apalpar a região da lesão, é possível sentir a ruptura das fibras.

Na distensão crônica, as dores não são tão intensas. São sentidas quando a pessoa repete o movimento da lesão ou realiza um movimento que afeta, de alguma forma, a área onde a distensão aconteceu.

Os hematomas, no entanto, não são um sintoma presente em todos os tipos de distensão muscular.

O sangramento varia de acordo com a quantidade de fibras lesionadas, assim como a gravidade da lesão e os vasos próximos. Se manifesta na formação dos hematomas, de forma intramuscular ou subcutâneo e entre os fascículos.

Diagnóstico

O diagnóstico da distensão muscular é realizado por uma análise dos sintomas. Contudo, dependendo do tipo da lesão, para se ter uma maior precisão do diagnóstico, pode ser feito exames complementares, como o exame sanguíneo que verifica os níveis da enzima CPK (creatinofosfoquinase).

O médico pode pedir também um ultrassom de partes moles, onde é possível observar com maior exatidão os hematomas causados pela lesão.

Outros exames de imagem tais como radiografia, ressonância magnética e eletromiografia podem ser feitos para um diagnóstico diferencial  e para dar sequência ao tratamento mais adequado para o paciente.

Tem cura?

Sim, a distensão muscular pode ser curada. É considerada uma lesão comum, com fácil diagnóstico e tratamento. Normalmente, o paciente se recupera em poucos dias. Em casos mais graves, podem ser necessários tratamentos como fisioterapia, acupuntura e massagem para ajudar na recuperação completa.

Tratamento

O tratamento da distensão muscular é realizado por um médico ortopedista ou por um fisioterapeuta, que deve acompanhar o atleta até que esteja recuperado da lesão e possa retornar aos treinos e exercícios do dia a dia.

O que acontece, normalmente, é uma reação do próprio organismo em reparar os rompimentos que a lesão provocou. Ele é capaz de reparar as fibras, absorver os coágulos e controlar, pela ação do sistema imunológica, a presença de inflamações.

As lesões mais graves, exigem uma avaliação médica e um tratamento mais específico, pois pode ser necessário excluir a possibilidade de uma fratura. Também é importante para verificar a possibilidade da lesão deixar sequelas no paciente e o impedir de realizar algum movimento, por exemplo.

Algumas medidas que são utilizadas para o tratamento incluem cuidados básicos, como o método RICE (Rest, Ice, Compression, Elevation). De acordo com esse modelo, o paciente deve:

  • Permanecer em repouso;
  • Colocar gelo sobre a área lesionada, para compressão;
  • Usar faixas para comprimir a região lesionada;
  • Elevar o membro onde a lesão ocorreu.

Outros tratamentos que podem ser necessários incluem fisioterapia e uso de medicamentos, como analgésicos e anti-inflamatórios para ajudar a aliviar a dor e a inflamação.

Gelo

Aplicar gelo na lesão logo após o ocorrido ajuda a reduzir as chances de inchaço.  Além disso, o frio diminui a sensibilidade à dor, hemorragia interna e o processo inflamatório.

As compressas de gelo podem ser feitas a cada 2 horas até que os sintomas sejam reduzidos ou desapareçam.

No entanto, é importante tomar cuidado com o gelo, não o colocando diretamente em contato com o corpo. O ideal é usar uma bolsa térmica ou improvisar utilizando um pano ou qualquer plástico, para não queimar a pele.

Faixa

Uma das recomendações após sofrer uma distensão muscular é enfaixar a área lesionada, provocando uma compressão do local. Assim como o gelo, isso ajuda a conter o inchaço e o sangramento interno.

Permaneça com o músculo lesionado em repouso

Descansar também faz parte da recuperação, por isso não é recomendado que o paciente pratique atividades em que o músculo lesionado possa ser exigido, pois a dor pode aumentar e acabar agravando o quadro.

No entanto, é importante realizar atividades e colocar o corpo em movimento, mesmo que seja aos poucos.

O que deve ser considerado é o bom senso do atleta em perceber os limites do seu corpo. Ao sentir dor ou inchaço, é sinal de reduzir um pouco os exercícios ou parar.

Permaneça com o músculo lesionado elevado

Essa é a quarta etapa do método RICE e consiste no paciente deixar o membro lesionado elevado acima do nível do coração.

A elevação do membro machucado ajuda a reduzir o inchaço e contribui para uma melhor circulação sanguínea, pois aumenta o retorno venoso do sangue para a corrente sistêmica. Também ajuda a diminuir a dor, latejamento e os hematomas.

Por exemplo, se o paciente sofreu uma distensão muscular na perna, o ideal é deixá-la apoiada em travesseiros quando estiver sentado ou deitado.

Massagem

A massagem no local da lesão pode ajudar a reduzir o inchaço e deixar a musculatura menos tensa, reduzindo também as dores.

Acupuntura

A acupuntura é uma prática da medicina tradicional chinesa que usa como técnica a inserção de agulhas em pontos específicos do corpo do paciente. Tem o objetivo de aliviar dores e outros problemas de saúde.

Atadura e tala

O uso de atadura ou tala é recomendado para pacientes que tenham de permanecer com o local da lesão imobilizado.

Fisioterapia

A fisioterapia é um dos tratamentos mais benéficos para os atletas na recuperação de uma lesão como a distensão muscular. Os exercícios ajudam na recuperação total dos movimentos e no fortalecimento muscular.

Antes de começar a fisioterapia, é necessário passar por uma avaliação do fisioterapeuta. Assim, ele saberá as necessidades do paciente e a periodicidade dos exercícios.

As sessões podem ser feitas diariamente ou com intervalos, o que facilita uma recuperação mais acelerada.

Os exercícios e a duração total do tratamento fisioterapêutico podem variar de acordo com o grau da lesão.

Tratamento cirúrgico

O tratamento cirúrgico para distensão muscular é raramente aconselhado, pois na maioria dos casos, o problema se resolve com os outros tratamentos menos invasivos. Normalmente, os músculos ou tendões rompidos se recuperam com o apoio do tratamento clínico e fisioterapêutico.

A cirurgia, quando feita, se restringe aos atletas de competição, normalmente quando a recuperação com os outros tratamentos é superior ao tempo que o atleta tem até a próxima competição e que seja inadiável, como em casos de Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, por exemplo.

Também é indicada em casos onde a lesão proporciona grandes danos ao paciente, impedindo sua funcionalidade.

Medicamentos

Normalmente, os medicamentos utilizados para ajudar no tratamento são os analgésicos e anti-inflamatórios, pois ajudam a aliviar a dor e inchaço. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de algumas pomadas, para fazer massagem no local e ajudar a reduzir estes sintomas.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Prognóstico

Na maioria dos casos, quando se trata de uma distensão muscular leve, as pessoas retornam às suas atividades em poucos tempo, dentro de dois a três dias.

Em lesões de grau moderado, o tempo para recuperação é um pouco maior, podendo se estender a 7 dias.  Nos casos graves, consequentemente, o tempo de recuperação é maior, pois o organismo precisa de um tempo maior para cicatrizar e regenerar o tecido rompido.

Pode ser necessário, nesses casos, tratamentos com fisioterapeuta para conseguir resgatar a força muscular e amplitude dos movimentos.

Em extremos, onde o paciente teve de passar por alguma cirurgia, é indispensável um cuidado maior e o acompanhamento de um fisioterapeuta.

De modo geral, mesmo após duas semanas do acidente, se o paciente ainda apresentar os sintomas, ele deve buscar ajuda médica, pois dores prolongadas e dificuldade em mover as articulações pode indicar outro problema.

Complicações

A distensão muscular pode apresentar algumas complicações, tais como persistência de dor no local ou ao realizar o mesmo movimento da lesão. Os pacientes também podem apresentar dificuldade de cicatrização, redução da força muscular e amplitude do movimento da área afetada.

Essas complicações são consideradas prejudiciais, principalmente, para atletas de alta competição, que podem precisar se afastar do esporte por causa da lesão, tendo a carreira, de certa forma, prejudicada.

Em casos mais raros, a distensão muscular pode causar a ruptura do tendão de Aquiles, podendo ser total ou parcial. Nesses casos, geralmente, é necessário intervenção cirúrgica.

Como prevenir a distensão muscular?

Nem sempre é possível prevenir esse tipo de lesão, mas em alguns casos, elas ocorrem por falta de preparo físico e técnica ao realizar os exercícios. Nessas situações, é possível manter algumas rotinas de cuidado para evitar que a distensão muscular aconteça.

As principais competências que devem ser trabalhadas envolvem movimentos para fortalecer a musculatura e proporcionar maior resistência.

Aquecimento

Uma das formas de se prevenir contra a distensão muscular é realizando aquecimento antes do treino ou da atividade física que será praticada.

Tenha cuidado com fatores externos

Na hora de praticar atividades físicas é importante tomar cuidado também com fatores externos, tais como piso escorregadio por gelo, neve ou chuva.

Em dias chuvosos, tenha mais cautela em realizar esportes ao ar livre. Se estiver praticando corrida, diminua um pouco os passos para evitar quedas, por exemplo.

É importante investir em sapatos adequados, confortáveis e que ajudem em situações como esta.

Pratique exercícios regularmente

Realizar atividades físicas regularmente e de forma moderada é mais benéfico do que atividades intensas e agressivas uma ou duas vezes por semana.

Essa tentativa de compensar os dias parado pode prejudicar a qualidade da atividade física e, assim, o atleta acabar se machucando.

Como visto, um dos fatores de risco da distensão muscular é a fadiga e um condicionamento físico ruim. Manter um ritmo de exercícios saudável pode ajudar a reduzir as chances desse tipo de lesão.

Use bons equipamentos

Se você utiliza equipamentos para sua série de exercícios ou no esporte que pratica, observe a qualidade deles.

Equipamentos malfeitos, desgastados ou mal ajustados não são capazes de fornecer o suporte necessário para o atleta e isso acaba o prejudicando.

Em academias, por exemplo, observe a qualidade dos equipamentos e veja se essa é uma preocupação do estabelecimento. Assim como a postura do atleta influencia no resultado do movimento, o aparelho também.

Faça pausas

Permanecer por muito tempo na mesma posição pode colocar pressão sobre os músculos. Por isso, ficar sentado, em pé ou realizando movimentos repetitivos por um longo período não é recomendado.

Para prevenir lesões, é importante fazer algumas pausas para se alongar e descansar um pouco os músculos da posição em que estavam.

Perguntas frequentes

Veja algumas das dúvidas mais frequentes sobre esse tipo de lesão:

Qual a diferença entre estiramento e distensão muscular?

Normalmente, esses dois tipos de lesão são colocados como sinônimos, no entanto, existem diferenças.

O estiramento muscular é o rompimento das fibras musculares vermelhas, localizadas no meio do músculo. A distensão muscular é o rompimento que acontece na junção músculo-tendão.

Os dois tipos de lesão apresentam o mesmo mecanismo e classificação, pois se dividem em 3 graus.

Qual a diferença entre contratura muscular  e distensão muscular?

A contratura muscular é um tipo de lesão menos grave do que a distensão, pois nela não acontece ruptura das fibras musculares.

Esse tipo de lesão ocorre por um funcionamento ruim no movimento de contração e relaxamento muscular, assim o músculo acaba se contraindo, mas não relaxa novamente.

O tratamento é feito com relaxantes musculares, massagem, aplicação de calor na área lesionada e repouso.

É possível prevenir a contratura muscular com os mesmos cuidados tidos para a distensão.

Leia mais: O que é e para que serve relaxante muscular?

Sofri uma distensão muscular. O que devo fazer?

Se você desconfia que sofreu uma distensão muscular, pare a atividade que está praticando e use uma compressa de gelo no local. É fundamental procurar ajuda de um médico para receber o diagnóstico correto da lesão.

Após as orientações de um especialista, busque praticar as recomendações sobre descanso, uso de gelo no local da lesão, elevação da área e o uso correto dos medicamentos prescritos.


Nesse artigo buscamos esclarecer como ocorre a distensão muscular, um tipo bem comum de lesão, principalmente em atletas. Apesar de ser uma lesão frequente, é possível se prevenir tomando alguns cuidados básicos.

Compartilhe esse texto com seus familiares, com aqueles amigos que não se aquecem antes da partida do futebol ou para os colegas que não se alongam antes do treino. Obrigada pela leitura!

Referências

Frota de Souza Laurino, C. Atualização em ortopedia e traumatologia do esporte: as lesões musculares.
Zilio, A. (2005). Treinamento físico: terminologia. 2nd ed. Canoas: ULBRA.
https://www.healthline.com/health/sprain-vs-strain#outlook

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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