A disgrafia (CID 10 — F81) é caracterizada pela dificuldade de escrever, coordenar os movimentos das mãos e de identificar o espaço que necessita para escrever determinada palavra ou frase.
Essa condição é considerada um distúrbio funcional, ou seja, ela afeta diretamente a fluidez, forma, qualidade e significado da escrita. Muitas vezes, ela é definida como uma falha no processo de desenvolvimento e de aquisição da escrita.
Crianças com essa condição são caracterizadas por terem a “letra feia”, escreverem maior ou menor do que o necessário, com variação do espaço entre letras, sílabas ou linhas, forçando muito o lápis ou caneta.
Para saber mais sobre disgrafia, as causas, tipos e quais são os sintomas, continue acompanhando o artigo!
Índice — Nesse artigo, você vai encontrar:
A disgrafia pode ser causada por diversos fatores, confira abaixo alguns deles:
Esse tipo de distúrbio apresenta falhas no desenvolvimento do sistema nervoso central, causando assim prejuízos na coordenação.
Consequentemente, ao realizar um movimento com a mão de escrita, é necessário que haja consciência dos membros (mão e dedos) e mobilidade de cada um deles, como pegar um lápis ou caneta, riscar, escrever e desenhar.
A coordenação visomotora é a responsável pelos movimentos de membros (braços, mãos, pernas e pés) a partir de um estímulo visual. Com base nisso, a pessoas com esse tipo de disgrafia sente dificuldade de reproduzir linhas com trajetórias pré-determinadas, ou seja, a mão acaba não obedecendo ao processo da escrita.
Já a deficiência da organização têmporo-espacial desencadeia a inversão de letras e combinações silábicas. Muitas vezes, a mão desobedece ao movimento expresso das letras, e a escrita é fora das linhas por não haver orientação na folha de papel.
Corresponde a problemas na organização corporal em relação ao espaço. Ocorre a inversão de letras durante o processo de escrita e, em casos onde a pessoa é canhota, ela é forçada a usar a mão direita ou o contrário.
O erro pedagógico envolve a falha no ensino, onde são adotadas estratégias que são inadequadas e que, muitas vezes, é ocasionado pelo desconhecimento da condição ou então pelo despreparo.
Existem dois tipos de disgrafia, a disléxica e a caligráfica. Confira abaixo as principais diferenças entre elas:
A característica desse tipo de disgrafia é a alteração simbólica da escrita, ou seja, a criança omite ou acrescenta letras, sílabas e palavras. Nesse caso, pode ocorrer confusão de letras com sons semelhantes, inversão, modificação da ordem das sílabas ou de palavras.
Conhecida também por disgrafia motora, ela afeta diretamente a forma das letras, qualidade da escrita, tamanho das letras e espaçamento entre palavras, linhas ou sílabas.
Muitas vezes, a letra é inclinada alterando a ligação entre as letras, com pressão excessiva.
Leia mais: Dislexia: sintomas, diagnóstico e tratamento. Tem cura?
A disortografia é caracterizada pela escrita incorreta, ou seja, vários erros afetam a palavra, organização, estruturação, composição de textos e construção de frases. Geralmente, essas frases são pobres, curtas e com diversos erros ortográficas.
Por outro lado, como vimos, a disgrafia é a dificuldade expressa em escrever, coordenar os movimentos das mãos e de identificar espaços a serem preenchidos ou deixados em branco.
No traçado da escrita, pode se identificar os seguintes sinais:
Visualmente, alguns sinais são:
O comportamento motor da pessoa com essa condição corresponde a:
O diagnóstico deverá acontecer ao longo da alfabetização, principalmente pela condição estar associado a outros distúrbios de aprendizagem, como a dislexia.
Com base nisso, cabe ao professor(a) observar o processo de aprendizagem do(a) aluno(a), considerando as dificuldades na escrita e sinalizar aos pais para que a criança seja encaminhada para um(a) neurologista ou para uma avaliação psicológica para sejam levantadas as evidências.
O tratamento é realizado após a investigação e observação do nível de ensino da criança. O(a) professor(a) poderá propor atividades que sejam eficazes, como reescrita individual ou coletiva de textos e, até mesmo, de palavras propostas em sala de aula.
Explicar conceitos de direita e esquerda, movimentos do corpo, explicar a diferença de cada letra para melhor assimilação também ajudam a criança entender a ordem de cada uma delas.
Além disso, a realização de atividades que antecedem o processo de alfabetização, por exemplo, trabalhos em conjunto com desenhos são parte importante do processo.
Por fim, entender as condições e necessidades da criança, com mediação do professor, neurologista, pedagogos e psicólogos, poderá ser benéfico no processo de aprendizagem, sendo que o professor tem grande influência para o desenvolvimento.
A disgrafia corresponde a um distúrbio que afeta diretamente o processo de aquisição e desenvolvimento da escrita.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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