Os dentes do siso, ou terceiros molares, são os últimos dentes a se desenvolver na boca humana. Um adulto geralmente tem quatro dentes do siso, anatomicamente localizados: dois na arcada superior e dois na arcada inferior.
A manifestação desses dentes costuma ocorrer até os 20 anos. Porém, curiosamente, nem todas as pessoas possuem os dentes do siso.
Muitos podem não ter o germe dentário desses dentes, enquanto outros enfrentam dificuldades de erupção devido à falta de espaço na arcada dentária ou à posição dos dentes, o que impede a saída correta.
Historicamente, os dentes do siso tinham uma função importante para os nossos ancestrais, que possuíam mandíbulas maiores e precisavam desses dentes para mastigar alimentos duros e fibrosos.
No entanto, com a evolução, a mandíbula humana reduziu de tamanho e a caixa craniana aumentou, resultando em menos espaço para os 32 dentes. Como consequência, os órgãos tornaram-se obsoletos.
O nascimento dos dentes do siso pode ser um processo doloroso e está frequentemente associado a complicações ortodônticas. No texto a seguir, vamos explorar como identificar os sintomas da sua erupção do siso e muito mais!
Índice — Neste artigo você verá:
Também conhecidos como terceiros molares, os sisos emergem de forma imprevisível, localizando-se no final das arcadas dentárias, atrás de todos os outros dentes.
Teoricamente, todas as pessoas deveriam desenvolver quatro sisos, dois na parte superior e dois na inferior da boca. Contudo, nem sempre isso se concretiza, com algumas pessoas não desenvolvendo todos os quatro dentes, ou em alguns casos, nenhum.
Sua extração é recomendada em diversas situações, como:
A remoção pode ser a melhor opção para evitar problemas dentários futuros. Exames e idas regulares ao dentista podem ajudar a determinar se a extração é necessária ou não.
Primeiramente, não. A presença dos terceiros molares varia significativamente entre as pessoas. Embora o desenvolvimento de quatro sisos, dois superiores e dois inferiores, seja comum, essa não é uma regra universal.
Em muitos casos, os dentes permanecem impactados dentro da gengiva e não aparecem. No entanto, se os sisos estão corretamente posicionados e não apresentam sintomas negativos, a pessoa pode mantê-los sem maiores complicações.
Os sintomas variam de acordo com a posição do dente e a forma como ele irrompe, podem causar uma série de desconfortos à medida que começam a emergir. Abaixo estão algumas manifestações mais comuns associadas ao nascimento e crescimento dos sisos.
Gengiva inflamada é um dos sintomas mais comuns. Caracterizado por vermelhidão e inchaço ao redor da erupção, causa desconforto e dor, especialmente durante a alimentação e a higiene bucal. Algumas das causas da inflamação:
A dor é outro sintoma comum, podendo ocorrer mesmo se o siso estiver na posição correta. No entanto, se o dente estiver em uma posição errada, como deitado ou na diagonal, isso pode dificultar seu nascimento e levar a infecções, conhecidas como pericoronarite.
Em casos mais graves da infecção, a dor de garganta pode acontecer pelo contágio se espalhar para tecidos. Nesse estágio, apenas analgésicos não são eficazes e é preciso procurar um dentista para prescrição de antibióticos e monitoramento da infecção.
A manifestação é um sinal de que o corpo está combatendo a infecção, e antipiréticos podem ajudar a reduzir a temperatura.
Se o siso está mal posicionado e não tem espaço para erupcionar, ele pode causar movimentação dos dentes vizinhos. Isso pode levar ao desalinhamento, empilhamento e até à reabsorção das raízes dos dentes.
Além do desconforto, isso pode afetar a estética, reforçando a necessidade de uma intervenção o mais cedo possível.
Quando o siso nasce em uma posição lateral, ele pode causar atrito com a bochecha, resultando em ferimentos e ulcerações. Isso torna a mastigação e a deglutição dolorosas, podendo levar a dificuldades alimentares, desnutrição e outras complicações de saúde.
Problemas dentários, incluindo a erupção inadequada dos sisos, podem causar dores de cabeça devido à interconexão de músculos, nervos e articulações da face e crânio. O desalinhamento pode aumentar o esforço muscular durante a mastigação e a fala, causando fadiga e dores de cabeça.
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O dentista avaliará se o dente tem espaço suficiente para nascer corretamente e se há condições para sua erupção sem complicações.
Durante a consulta, o dentista examinará os sisos e a estrutura da boca para determinar se a remoção é necessária. Exames de imagem ajudam a identificar possíveis problemas, como:
Todos os quatro sisos podem ser removidos de uma só vez, o que é uma prática comum para minimizar o número de cirurgias e tempo de recuperação.
A retirada do siso ocorre como qualquer extração dental de rotina. O paciente recebe anestesia local e o procedimento é realizado, em média, em 30 minutos ou menos.
Em alguns casos, pode ser necessário seccionar o dente em partes menores para facilitar a extração. Após a remoção do dente, o dentista poderá realizar suturas na gengiva para fechar a incisão e promover a cicatrização.
É normal sentir dor e inchaço na região da extração nos primeiros dias após o procedimento. O inchaço pode se estender para a bochecha e o pescoço.
Pequenos sangramentos nas primeiras 24 horas também podem ocorrer. Pode ter dificuldade para abrir a boca completamente nos primeiros dias devido ao inchaço. Para uma recuperação mais tranquila e evitar complicações, é importante seguir as orientações do seu dentista:
Em muitos casos, ele fica retido no osso, sem espaço para erupcionar completamente, o que pode gerar diversos problemas e comprometer a saúde geral da pessoa afetada. Mas quais são os riscos de não tirar o siso retido?
Dor intensa e persistente por conta da pressão do dente retido contra os outros dentes, ossos e nervos pode causar dor latejante, pulsátil ou aguda, que pode irradiar para o rosto, ouvido e pescoço;
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Quando os dentes do siso finalmente irrompem, podem apresentar posicionamento inadequado, causando desconforto, lesões e dificuldades de higienização, predispondo à formação de infecções e outros problemas odontológicos devido ao acúmulo de bactérias.
Se, a partir dos 17 anos de idade, os dentes do siso não demonstrarem sinais de erupção, é importante buscar avaliação odontológica. Caso a extração seja recomendada, esta deve ser conduzida por um cirurgião-dentista bucomaxilofacial, em ambiente cirúrgico apropriado.
Considerando as complicações e riscos associados à não extração do siso, é imprescindível que a gente mantenha consultas regulares com os dentistas.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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