Você já pegou o seu cachorrinho comendo fezes e ficou sem saber o que estava acontecendo e o que fazer? Esse ato é chamado de coprofagia!
Além de ser um costume desagradável, a coprofagia pode indicar que algo não está bem com a saúde do seu cãozinho ou, até mesmo, levar o animal a desenvolver doenças devido a ingestão de fezes contaminadas.
Muitos (as) tutores (as) têm dificuldade de entender o motivo da condição e como evitá-la. Se você também tem dúvidas como essas fique tranquilo (a), pois no artigo a seguir falaremos mais sobre esse problema, suas possíveis causas, tratamentos e como prevenir!
Neste artigo, você irá conferir:
A coprofagia nada mais é do que o ato de ingerir fezes. Por mais que a condição possa ser desconhecida por muitas pessoas, esse hábito é um problema muito comum em pets.
Existem diversas possíveis causas para esse problema, desde mania até problemas nutricionais. Portanto, é muito importante descobrir a causa para conseguir tratar o animal de forma adequada.
Além da coprofagia ser sinal de alguns problemas de saúde que podem estar acometendo o animal, o ato de ingerir fezes não é um hábito nada saudável, já pois o excremento pode conter bactérias e vermes que causam alterações intestinais e verminoses.
A coprofagia pode ser desencadeada por diversas causas, como problemas fisiológicos e comportamentais, e para conseguir que o animal pare com esse hábito, a causa deve ser descoberta e tratada corretamente.
A coprofagia por falta de nutriente geralmente ocorre quando o animal, por algum motivo, não consegue absorver de forma eficiente todos os nutrientes necessários para o funcionamento do seu organismo por meio da alimentação.
Quando isso acontece, o animal pode ingerir as próprias fezes na tentativa de corrigir essa deficiência nutricional. Problemas de saúde, como dificuldade para absorver nutrientes ou uma alimentação pobre em nutrientes, são as causas mais comuns.
Quando a ração oferecida ao animal não possui todos os nutrientes necessários para que o organismo dele funcione da forma adequada, as fezes são ingeridas para tentar suprir essa necessidade.
Por isso, é muito importante que os (a) tutores (as) optem por alimentos seguros e de qualidade, como rações ricas em nutrientes e com componentes de qualidade, para que o animal tenha uma dieta balanceada e completa, evitando deficiências nutricionais.
O ideal é seguir as recomendações do médico veterinário que acompanha o animal na hora de escolher a melhor opção de ração.
Uma alimentação pobre em nutrientes é uma das causas da condição.
Em algumas doenças o animal acaba sofrendo alterações no apetite, o que pode deixá-lo mais faminto e, consequentemente, levando à ingestão de fezes.
Um exemplo de doença que causa esse tipo de alteração e leva a coprofagia é a diabetes canina. Além da diabetes, outras doenças gastrointestinais também podem causar a coprofagia, portanto, deve-se tratar a doença base para que o animal pare com esse hábito.
Quando se sente negligenciado ou quer mais atenção, o animal pode sim passar a ingerir fezes, já que quando acontece os donos tendem a repreender. Contudo, como o animal não consegue distinguir má atenção de boa atenção, o que ele faz acaba funcionando.
Por isso, caso o animal tenha apresentado esse comportamento é importante que você se questione se tem dado a atenção necessária. Além disso, tente não brigar ou oferecer recompensas, pois o animal pode relacionar o ato de ingerir fezes com algo positivo.
Assim como acontece com o ser humano, os cães também desenvolvem estresse e ansiedade por conta de alterações na rotina, introdução de um novo integrante, falta de estímulo ou qualquer outra situação que gere esse tipo de sentimento no animal.
Contudo, quando se encontram ansiosos ou estressados, os cães podem passar a ingerir as próprias fezes. Nesse caso, a identificação desse hábito se torna mais fácil, pois o animal geralmente estará apresentando sintomas comuns de ansiedade e estresse, como latidos excessivos, alterações no apetite, queda nos pelos e alterações no sono.
Assim como acontece quando o animal está estressado ou ansioso, o tédio também se torna gatilho para as alterações comportamentais. Além da coprofagia, um cão entediado pode passar a dormir mais, apresentar comportamento destrutivo (destruindo brinquedos, móveis, sapatos, etc) e comportamentos compulsivos (lamber e/ou morder as próprias patas excessivamente).
O tédio é um dos gatilhos para a coprofagia canina.
Assim como algumas crianças podem acabar fazendo coisas que nós adultos não faríamos por pura curiosidade, os cães também o fazem. Enquanto estão explorando novos ambientes e hábitos, os filhotinhos podem escolher ingerir as próprias fezes por pura curiosidade, sendo o motivo mais comum para coprofagia em filhotes.
Caso o (a) tutor (a) observe que seu filhote está ingerindo fezes, é interessante procurar a ajuda de um (a) profissional especializado (a) em comportamento animal, como adestradores.
Sim, a organização dos itens de uso do animal e do ambiente no qual ele vive pode ajudar no desenvolvimento desse hábito. Isso ocorre principalmente quando o comedouro e local destinado às necessidades do animal ficam próximos.
Além disso, essa disposição não é nada higiênica. O ideal é que sejam oferecidos tapetes sanitários em locais bem ventilados, de fácil higiene e longe do comedouro, do bebedouro e da caminha do animal.
Assim como acontece quando o animal fica entediado quando cães passam muito tempo sozinhos ou presos, eles podem passar a ingerir as próprias fezes.
Nesse caso é preciso rever a rotina do animal e dedicar mais tempo a ele com brincadeiras ou passeios, introduzir novos elementos, como brinquedos interativos, e contar com o auxílio de terceiros, como passeadores ou creches para cães.
No caso de creches, opte por um local de segurança e certifique-se de que o animal está com todas as vacinas, vermífugos e proteção contra ectoparasitas em dia!
Infelizmente, alguns (as) tutores (as) ainda optam por punir e castigar os cães quando eles fazem algo errado e acreditam que esta é uma forma eficiente de ensinar o que o animal não deve fazer.
Esfregar o focinho do animal nas fezes, além de ser cruel, pode levar o animal a ingerir as fezes. Portanto, sabemos que a forma mais eficiente de se educar um animal é por meio do uso de reforços positivos ao invés de negativos.
Como falamos no tópico de processos patológicos, quando os cães sentem fome excessiva seja por conta de uma doença, de uma dieta restritiva ou de uma dieta inadequada, eles podem passar a ingerir fezes para tentar suprir a fome que sentem.
Ainda não existe nenhum estudo que comprove cientificamente a predisposição genética de algumas raças a coprofagia, muito menos uma explicação para esse acontecimento.
Contudo, algumas raças costumam apresentar esse tipo de comportamento com mais frequência, como é o caso dos cães da raça Pug, Shih Tzu, Yorkshire e Lhasa Apso.
Pode parecer estranho, mas alguns cães acham o sabor, o cheiro e a textura das fezes agradável.
Cães que convivem com outros animais que apresentam o hábito de ingerir fezes podem passar a realizar esse hábito também.
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Diagnosticar a causa da coprofagia é essencial para conseguir tratar o animal de forma eficiente. O diagnóstico da coprofagia deve ser feito apenas pelo (a) veterinário (a), pois apenas o (a) profissional tem a capacidade de avaliar o animal e determinar qual a real causa da condição.
Durante a consulta, o (a) veterinário (a) irá avaliar o estado de saúde do animal, verificar a presença de outros sinais e realizar perguntas importantes para o diagnóstico. Além disso, pode ser que o (a) profissional ache necessário a realização de exames complementares.
Por isso, caso observe que o seu animal começou a ingerir fezes, é importante que o leve ao médico veterinário o quanto antes para que ele possa ser avaliado e tratado de forma correta.
O tratamento de escolha vai depender do que está causando a coprofagia no animal, por isso existem diferentes linhas de tratamento para esse problema.
Quando a coprofagia está sendo causada por estresse, ansiedade, tédio ou problemas similares, pode haver a recomendação de que o (a) tutor (a) passe mais tempo com o animal, introduza mais atividades na sua rotina ou enriqueça o seu ambiente.
Por outro lado, quando a causa está relacionada a deficiência nutricional, o (a) profissional irá orientar o (a) tutor (a) quanto às alterações necessárias na dieta do animal para que ele possa receber todos os nutrientes necessários.
Se a causa base é uma doença, será necessário avaliar o estado de saúde do animal e determinar o tratamento correto da doença que está causando a coprofagia.
Por fim, quando o problema for desencadeado por aprendizado ou erros no ensinamento do animal, o médico veterinário poderá recomendar a realização de adestramento positivo com um profissional de confiança.
Além de tratar a causa base, o médico veterinário também irá tratar os problemas que podem estar sendo causados pelo ato de ingerir fezes, como a giardíase e a verminose.
O tratamento para a condição deve ser estipulado por um (a) veterinário (a).
Sim, a coprofagia tem cura e ela é possível com tratamento adequado para causa base. Além disso, ela também pode ser evitada caso o (a) tutor (a) se atente a alguns cuidados como:
A coprofagia canina é uma condição que não pode ser ignorada e que precisa de ajuda veterinária. Portanto, caso seu animal venha apresentando esse tipo de comportamento, busque ajuda de um (a) profissional!
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Esp. Kenny Cardoso
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