De modo geral, a colorimetria é o estudo das cores, analisando vários aspectos e possibilitando combinações entre tons que harmonizam entre si (ou não).
Essa prática pode ser aplicada em diversos contextos, como no design e na arquitetura. Mas é no mundo da beleza que esse tema vem ganhando cada vez mais espaço.
Neste artigo você irá entender como ela se aplica e como descobrir o que mais se encaixa com você.
Índice — Neste artigo você verá:
O estudo das cores começa a partir da análise das cores primárias, secundárias e terciárias.
As primárias são azul, amarelo e vermelho, as secundárias são as que se formam a partir da junção de duas delas, e as terciárias são as que surgem a partir deste novo grupo. A ideia é entender como cada uma se comporta junto da outra.
Além disso, existem os tons quentes, frios ou neutros, que geram uma variação enorme de cores e por isso devem ser considerados em uma avaliação.
O círculo cromático é uma forma de visualizar isso. Com ele, pode-se notar alguns grupos de cores:
Assim é fácil notar também a diferença entre os tons frios e quentes. Os frios são aqueles que estão mais próximos do azul, enquanto os quentes possuem mais presença do vermelho ou amarelo.
Tendo isso em mente, é possível fazer criações harmônicas ou contrastantes. Por exemplo, em um conjunto de roupas onde predominam tons de roxo, um acessório amarelo seria um ponto de contraste, já que ambas as cores estão em lados opostos do círculo.
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Nos últimos anos, a coloração pessoal ganhou destaque e muito se busca entender sobre o tema.
A ideia central é compreender qual é a colocação individual e, a partir disso, criar uma harmonia visual em conjunto com suas roupas, acessórios, maquiagem e cabelo.
Esse conceito tem como base o método sazonal, que surgiu nos anos 80 e separa as cores pessoais em 4 grupos principais: verão, inverno, primavera e outono.
Um dos principais pontos para definir a qual grupo cada um pertence é o subtom da pele, independente da sua cor principal. Os subtons frios abrangem as paletas verão e inverno, e os quentes, primavera e outono.
Depois de alguns anos, este método ganhou uma versão estendida, onde cada estação foi dividida em três cartelas, totalizando doze.
Para definir a qual delas cada pessoa pertence, são considerados aspectos como:
Então, são feitos testes com tecidos diversos. Eles possuem cores variadas, e são colocados próximos ao rosto para ver a harmonia (ou a falta dela) entre os tons naturais da pessoa.
As cores, intensidades e características em geral que mais se encaixam são aquelas que fazem parte da cartela pessoal.
O ideal é que a análise seja feita por alguém especializado em colorimetria e que perceba as nuances individuais. Mesmo assim, é possível ter um norte ao avaliar algumas coisas específicas.
Primeiro é importante ter claro a lógica do método. Você deve descobrir as cores que já são naturais em você e os aspectos que as envolvem.
Quais cores observar? A resposta é: todas! Os tons da sua pele, olhos, cabelo, pelos, das veias, manchas, até as olheiras são um indicativo.
Depois, é preciso entender os outros pontos e qual é que mais se encaixa com você.
Tecidos de diferentes cores vão te ajudar muito na hora de fazer a análise própria. Coloque-os próximo ao seu rosto (sem maquiagem) em um lugar com luz natural. Então observe se a combinação ficou harmônica.
Se, por exemplo, ao seu lado, determinada cor chamar muita atenção, ficando muito intensa ou brilhando demais, e deixando seu rosto “apagado”, certamente não faz parte da sua paleta.
Para cada aspecto, você pode ir utilizando diferentes tecidos e fazendo essa comparação.
Veja agora o passo a passo e o que observar:
Uma dica aqui é observar a cor das veias. Se forem mais azuladas ou arroxeadas, é provável que o subtom seja frio. Se puxarem para o verde, indicam tonalidade quente.
Tons frios geralmente possuem fundo rosado ou avermelhado, enquanto os quentes podem ficar mais bronzeados. Este é um outro ponto que pode ser observado.
A temperatura neutra fica entre eles, e pode ser mais difícil de descobrir, já que não apresenta com clareza as características das outras nesse quesito. Aí é necessário analisar outros pontos.
Veja como você fica junto de tons que possuam essas duas características. Por exemplo, se com os brilhantes parece que seu rosto também brilha, esse é um aspecto que está na sua cartela de cores. Agora, se ele te deixa com uma aparência sem vida, pode ser que sua intensidade seja neutra ou opaca.
Aqui não se trata necessariamente da cor, mas da quantidade de pigmentos pretos ou brancos que ela tem. Lembra do círculo cromático que mostramos logo no início? Os tons do centro são mais esbranquiçados, enquanto os de fora são mais escuros.
É essa a análise que você deve fazer, e da mesma forma que no ponto anterior, veja qual deles te “apaga” e qual traz uma harmonia visual.
Uma boa dica é tirar uma foto do seu rosto, colocar em preto e branco e pensar: existe uma grande diferença de contraste entre os tons mais escuros e os mais claros?
Por exemplo: Alguém com a pele bem clara, cabelos e pelos pretos, sobrancelha densa e olhos castanhos escuros, tem o contraste alto.
Agora, se a mesma pessoa apresenta olhos verdes, fios loiros e sobrancelhas com poucos pelos, seu contraste é certamente baixo, já que não há muita variação entre o claro e o escuro.
Depois de ter essa noção bem consolidada, você pode ver qual cartela mais se encaixa com suas características.
Vale lembrar que a estação não diz respeito ao clima, mas sim às cores que predominam naquela época.
Mais um lembrete: subtons frios são verão ou inverno, e quentes são outono ou primavera.
Agora, vamos às doze cartelas e seus principais pontos.
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Que tal agora você se avaliar para tentar descobrir o que mais combina com você?
É importante destacar que a colorimetria não tem o objetivo de prender ninguém em uma caixinha, mas dar mais liberdade para ser si mesmo e também permitir ousar (mesmo saindo da regra).
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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