A história da anestesia é marcada por uma evolução que transformou radicalmente a prática médica ao longo das civilizações. Desde os primeiros experimentos até os métodos de hoje, a anestesia se destaca como uma inovação, permitindo procedimentos cirúrgicos livres de dor e desconforto.
Em 1846, o dentista Thomas Green Morton realizou a primeira cirurgia com anestesia geral, utilizando éter. No entanto, a descoberta começou muito antes, com Joseph Priestley em 1773, ao descobrir o dióxido de nitrogênio (NO2).
Mas suas experiências iniciais não foram bem-sucedidas, chegando a colocar em risco a vida dos pacientes.
Ao longo dos anos, os avanços tecnológicos e com muita pesquisa, aprimoraram os métodos anestésicos em uma variedade de tipos de anestesia.
Um tipo importante é a anestesia geral, utilizada para procedimentos mais extensos, proporciona a perda total de consciência, enquanto a anestesia local age em uma área específica do corpo, mantendo o paciente acordado.
Já a anestesia regional, que envolve bloqueios nervosos em regiões específicas, e a anestesia geral intravenosa também são opções muito utilizadas.
Atualmente, ela é fundamental em todas as intervenções cirúrgicas ou tratamentos médicos, seja para sedação, aliviar a dor ou facilitar procedimentos menos invasivos.
Infelizmente, complicações podem surgir, variando de reações alérgicas a problemas respiratórios.
Para evitar, geralmente, profissionais da saúde avaliam cuidadosamente os pacientes, levando em consideração históricos médicos e condições individuais, a fim de minimizar esses riscos.
Continue lendo para entender melhor sobre os diferentes tipos de anestesia e muito mais!
Índice:
De maneira geral, os anestésicos ao serem introduzidos no organismo, induzem a inconsciência ao se ligarem a receptores específicos no cérebro, tronco cerebral e medula espinhal.
Essa ação resulta na perda de consciência e na imobilidade. Em certas cirurgias, é necessário obter um relaxamento muscular esquelético controlado para proporcionar condições ideais no procedimento, como a intubação traqueal.
Além de melhorar a exposição cirúrgica durante intervenções intra-abdominais e intratorácicas.
Este processo é rápido, levando o paciente a perder a consciência em questão de segundos após a administração do anestésico. Dependendo da complexidade da cirurgia ou da área a ser operada, a etapa de intubação pode ser realizada ou não.
Embora o paciente permaneça imóvel, o corpo pode reagir à estimulação cirúrgica, manifestando uma resposta simpática caracterizada por hipertensão, taquicardia e taquipneia.
A última fase da anestesia concentra-se em controlar essas alterações fisiológicas, para garantir estabilidade ao longo do procedimento.
Diversos fármacos são utilizados para que o procedimento ocorra bem, cada um desempenhando papéis específicos para o equilíbrio ideal entre inconsciência e estabilidade fisiológica.
A escolha do tipo de anestesia é uma etapa importante na preparação para procedimentos médicos, variando de acordo com a natureza da cirurgia e as necessidades individuais do paciente. Neste texto, examinaremos os principais tipos de anestesia disponíveis atualmente, destacando suas características e aplicações específicas.
Utilizada para bloquear a dor em pequenas regiões do corpo. Diferentemente da anestesia geral e regional, sua administração não exige a presença constante de um anestesista.
Geralmente, é utilizado a aplicação de lidocaína, seja por injeção, gel ou spray. Proporciona alívio da dor em procedimentos como suturas, punções de veias profundas, biópsias e endoscopias.
Frequentemente usada em cirurgias consideradas mais "simples", apresenta uma abordagem que permite que o paciente permaneça acordado durante o procedimento, ao mesmo tempo em que apenas uma região específica do corpo é alvo da anestesia.
Essa técnica é particularmente escolhida para intervenções cirúrgicas delicadas, onde um controle mais preciso da dor é desejado.
A principal característica desse tipo é a sua capacidade de direcionar-se a fibras nervosas específicas, proporcionando um bloqueio efetivo da dor em uma região determinada do corpo.
Essa precisão permite que cirurgiões realizem procedimentos em áreas como pernas, braços, rosto ou até mesmo no abdome, sem a necessidade de uma anestesia geral.
Dois tipos comuns são a raquidiana e a peridural, que são exemplos também de anestesias espinhais.
Realizada por meio da inserção de uma agulha de pequeno calibre na região das costas, atingindo o espaço subaracnóide dentro da coluna espinhal. Nesse espaço, o anestésico é cuidadosamente injetado no líquido cefalorraquidiano, conhecido como líquor, resultando em uma dormência temporária e relaxamento muscular.
Esta técnica bloqueia os estímulos dolorosos provenientes dos membros inferiores e do abdômen, impedindo que alcancem o cérebro. Muito utilizado em procedimentos como cesarianas e intervenções ortopédicas nas pernas.
Para a realização da anestesia peridural, a administração do anestésico ocorre no espaço epidural, próximo à medula espinhal. Assim como na raquidiana, a perda de sensibilidade é alcançada nos membros inferiores e no abdômen.
Porém, seu diferencial é a possibilidade de instalar um cateter no espaço epidural, permitindo a administração controlada de doses adicionais de anestésicos conforme necessário durante a cirurgia.
Geralmente, escolhida para procedimentos que demandam um controle mais prolongado da dor pós-operatória.
Indicada para cirurgias complexas e de grande porte e muitas vezes é escolhida quando os outros tipos de anestesia não são viáveis. Envolve a perda temporária de consciência e sensibilidade em todo o corpo do paciente.
Apesar de sua segurança comprovada, requer cuidados específicos e é administrada por profissionais altamente capacitados e com experiência.
Método específico direcionado aos plexos nervosos, que são agrupamentos e rearranjos das fibras nervosas provenientes de diferentes nervos espinhais, nos quais todas as fibras destinadas a uma área específica do corpo se consolidam em um único nervo.
Esse tipo de aplicação é adequada para intervenções cirúrgicas, como intervenções cirúrgicas que demandam a imobilização temporária de membros, como reparos ortopédicos ou cirurgias em articulações específicas, encontram na anestesia plexular uma ferramenta valiosa.
Já que tem a capacidade de proporcionar um bloqueio da dor direcionado à área específica onde a cirurgia está sendo realizada, geralmente braços e pernas, é uma opção valiosa para procedimentos que demandam precisão e controle localizados.
A duração média da anestesia plexular, situada entre 3 a 6 horas, proporciona uma imobilização temporária dos membros, permitindo que a equipe cirúrgica execute procedimentos com maior comodidade.
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Em média, o efeito da anestesia persiste por um período de 2 a 5 horas. Geralmente, demoram mais em procedimentos de maior complexidade, especialmente em áreas específicas como abdômen, tórax e cérebro.
A anestesia geral é escolhida quando é necessário uma sedação mais potente, levando o paciente à inconsciência total, suprimindo sensibilidade, reflexos e imunidade completa à dor. Sua liberação pode ser influenciada também pelo porte e as condições físicas individuais da pessoa.
Importante ressaltar que, em alguns casos, a alta hospitalar pode ser concedida diretamente da sala de recuperação, enquanto em situações mais complexas, a permanência em internação, por vezes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pode ser necessária para garantir os cuidados pós-operatórios essenciais.
Felizmente, na atualidade os acidentes ou complicações decorrentes de procedimentos anestésicos são raros devido aos avanços das técnicas, instrumentos e medicamentos.
Porém, a ocorrência de complicações durante cirurgias ainda é uma realidade, o que pode dificultar a recuperação da pessoa operada. As complicações mais comuns incluem:
Esses eventos adversos são muitas vezes imprevisíveis, relacionados não apenas à administração da anestesia, mas também às nuances da própria cirurgia e às condições específicas do ambiente hospitalar.
Para a segurança, os hospitais modernos são equipados com equipes especializadas em emergênciais destinadas a lidar prontamente com complicações críticas. A mortalidade relacionada à anestesia é rara, oscilando entre um e dois casos a cada 10.000 procedimentos.
Já os efeitos colaterais mais comuns após a anestesia incluem náusea, vômito, dormência, tontura e, ocasionalmente, reações alérgicas aos medicamentos utilizados.
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A consulta é essencial no processo cirúrgico, pois proporciona ao médico a oportunidade de avaliar criteriosamente a saúde geral do paciente.
Durante essa consulta, são analisadas as condições clínicas, os resultados de exames laboratoriais e uma variedade de testes específicos, que variam conforme o tipo de procedimento cirúrgico a ser realizado.
Analisando condições clínicas, como possíveis condições pré-existentes, alergias e histórico familiar relevante.
Além disso, a revisão dos exames laboratoriais oferece informações sobre os níveis de hemoglobina, eletrólitos e função renal, entre outros fatores determinantes para a segurança durante a anestesia.
Alguns testes específicos, como o eletrocardiograma, teste ergométrico e cintilografia miocárdica, são especialmente relevantes em procedimentos cirúrgicos que envolvem a região cardíaca para a determinação da capacidade cardíaca e vascular da pessoa avaliada.
Além de conseguir trazer mais informações sobre o processo ao paciente.
Se você está lendo esse texto por que passará por um procedimento que envolve a administração de anestesia, não hesite em estabelecer uma comunicação aberta e esclarecedora com os profissionais de saúde envolvidos no seu cuidado.
É comum ter dúvidas ou preocupações relacionadas a esse processo, mas lembre-se de que a equipe de saúde está lá para apoiá-lo e garantir a sua segurança e bem-estar. Portanto, aproveite a oportunidade de conversar, fazer perguntas e compartilhar suas preocupações.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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