Os acumuladores compulsivos enquadram-se no transtorno de acumulação (CID 10 – F 42), que é caracterizado pela dificuldade de descartar ou se desfazer,vender, doar, reciclar e jogar no lixo pertences, gerando acúmulo intencional excessivo.
É comum que o acúmulo aconteça com o empilhamento de pertences de maior e menor valor juntos, obstruindo áreas de uso de maneira desorganizada, tornando-as inutilizáveis.
Outra característica marcante desse tipo de transtorno é a intervenção de outras pessoas para limpar e organizar suas casas, porém, ainda apresentam o quadro dos sintomas que podem ser diagnosticados como transtorno de acumulação.
Com relação à prevalência, o transtorno de acumulação acomete proporcionalmente ambos os gêneros, mas é três vezes mais diagnosticado em adultos de 55 anos a 94 anos quando comparado com adultos mais jovens.
Para saber mais sobre o transtorno de acumulação, as causas, sintomas e o tratamento, continue acompanhando o artigo!
Índice – Neste artigo, você vai encontrar:
Existem diversas causas para que as pessoas se tornem acumuladoras, sendo elas fruto do temperamento, vivências e alguns fatores genéticos e fisiológicos. A seguir, você confere um pouco mais sobre cada uma:
Os fatores temperamentais influenciam diretamente no desenvolvimento da condição, pois os pacientes apresentam indecisão, identificada também em parentes de primeiro grau.
Considerando isso, há a dificuldade de perceber o real valor dos pertences, direcionando o apego a estes objetos sem diferenciação, além de se colocarem como responsáveis por esses itens e, consequentemente, evitam o desperdício.
Pacientes com esse transtorno podem ter vivências estressantes e traumáticas que podem ser gatilhos para acumular ou colecionar itens.
Esse comportamento de acumulação é por decorrência genética, cerca de 50% das pessoas acometidas, têm um parente com esse mesmo comportamento.
Os sintomas comumentes apresentados são:
O diagnóstico dessa condição deverá ser feito por um(a) profissional capacitado(a), sendo um(a) psicólogo(a) ou um(a) psiquiatra. Contudo, é comum que pacientes sejam encorajados por seus familiares por conta da dificuldade de percepção.
Nesses casos, o ideal ao fazer a entrevista de anamnese é que o(a) profissional vá até à residência do(a) paciente, pois, muitas vezes pode haver discurso e uma visão alterada da realidade.
Além disso, com essa visita familiar, também há a possibilidade de avaliar o ambiente e verificar se não é o caso de intervenção de órgãos públicos, pois o acúmulo causa prejuízos para outros vizinhos, como infestação de ratos, insetos ou de propagação de doenças.
Em casos em que há acumulação de animais, é preciso avaliar as condições de saúde, nutricionais e avaliação do ambiente em que estes animais estão inseridos a fim de prevenir e conter zoonoses.
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Os tratamentos para essa condição incluem psicoterapia em suas diversas modalidades, seja ela individual, em grupo ou, até mesmo, em grupos terapêuticos.
Esses tipos de intervenções podem auxiliar na melhora motivacional dos(as) pacientes, ou então serem apoiadores das necessidades por eles(as) expressas.
Além disso, o a prescrição de medicamentos por parte do(a) psiquiatra responsável pelo paciente é comum nesses casos. Paroxetina, venlafaxina, metilfenidato e atomoetina são comumente indicados, pois se demonstraram eficazes para a redução dos comportamentos.
Para melhor convivência com o transtorno, é necessário que o tratamento seja seguido à risca. Além do uso de medicamentos e psicoterapia, o(a) paciente poderá participar de serviços de organização profissional, além de fazer leitura de livros de autoajuda para complementar o processo de tratamento.
Essa condição necessita de que a família apoie e ajude o paciente no processo de percepção. Essa rede de apoio proporcionará sentimento de acolhimento, fazendo com que o paciente se sinta confortável em seguir o tratamento.
A acumulação pode gerar preconceito, contudo, entender que se trata de um transtorno mental que provoca sofrimento é imprescindível para adesão ao tratamento e não haja vergonha ou sentimento de não pertencimento.
A acumulação compulsiva é um transtorno psiquiátrico em que o(a) paciente tem dificuldade em se desfazer de pertences e não consegue diferenciar o afeto que têm por esses objetos.
Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda psiquiátrica ou psicológica!
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Esp. Thayna Rose
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