Os teratomas são tumores com a capacidade única de conter uma variedade de tecidos diferentes do corpo humano. Eles podem incluir cabelo, dentes, músculos, gordura, osso, e unhas.
A palavra "teratoma" vem do grego "teras", que significa "monstro", e "oma", um sufixo médico para tumor ou massa.
Essa denominação reflete a capacidade desses tumores de incorporar tecidos que se assemelham a partes do corpo humano ou outros órgãos.
Existem dois tipos principais de teratomas: benignos e malignos. Os benignos representam a maioria e tendem a crescer de forma agressiva, mas não se propagam para outras partes do corpo.
Por outro lado, os malignos têm uma tendência ainda maior de crescimento agressivo e podem se espalhar para outras partes do organismo.
Embora sejam tumores relativamente raros, os teratomas são mais comuns no cisto dermoide do ovário, que representa a maioria dos casos.
No Brasil, o tumor é considerado muito raro, com menos de 15 mil casos por ano. Eles apresentam uma complexidade única em sua composição e comportamento, o que exige abordagens específicas de diagnóstico e tratamento.
Ficou interessado no assunto? Então não deixe de conferir a leitura a seguir!
Índice — Neste artigo você verá:
Um teratoma é um tipo de tumor congênito que se forma a partir de uma variedade de tecidos diferentes ou elementos cuja origem pode ser rastreada até as três camadas germinativas embrionárias.
Esses tumores são cistos que se formam a partir de combinações dos três folhetos embrionários: ectoderme, mesoderme e endoderme, que são as camadas de células que dão origem aos órgãos e tecidos dos seres vivos.
Devido a essa variada formação, os teratomas podem conter uma série de elementos, como pelos, gordura, cartilagem, dentes, unhas e cabelos.
Embora os teratomas em recém-nascidos sejam geralmente benignos e não se espalhem pelo corpo, eles também podem ser malignos, dependendo da maturidade e dos tipos de células envolvidas.
Embora seja mais comum nos ovários, os teratomas também podem ocorrer nos testículos e em crianças.
Os teratomas são classificados como maduros ou imaturos. Os maduros geralmente são benignos, embora possam recrescer após serem removidos cirurgicamente. Por outro lado, os teratomas imaturos têm maior propensão a se tornarem malignos.
A descoberta de um teratoma geralmente ocorre por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Uma biópsia é então realizada para determinar se é maligno ou benigno.
O tratamento principal é a remoção cirúrgica do tumor, mas em casos de teratomas malignos, especialmente aqueles com grau agressivo, a quimioterapia pode ser indicada como parte do tratamento.
Leia mais: Tumor maligno e benigno: qual a diferença?
Geralmente, os sintomas estão relacionados com a localização do tumor, sendo os mais comuns:
Além dos níveis elevados de alfafetoproteína (AFP) e níveis elevados de betagonadotrofina coriônica humana (B-HCG) que podem ser confirmadas através de exames de sangue.
Já os sintomas de um teratoma no ovário, são:
Não é comum que apareça em mais de um local do corpo. Esses tumores têm um crescimento bastante lento e, muitas vezes, só são identificados durante a infância ou a idade adulta, geralmente em exames de rotina.
Embora sua origem genética seja conhecida, os fatores específicos que desencadeiam essa mutação ainda não se sabe exatamente.
A única forma de tratamento para o teratoma consiste em fazer uma cirurgia para remover o tumor e evitar que continue crescendo, especialmente no caso de estar causando sintomas.
Durante esta cirurgia, é também retirada uma amostra das células para serem enviadas para um laboratório, de forma a avaliar se o tumor é benigno ou maligno.
Caso o teratoma seja maligno, pode ainda ser necessário fazer quimioterapia ou radioterapia, para garantir que todas as células cancerígenas serão eliminadas, evitando que volte a surgir.
Em alguns casos, quando o teratoma cresce muito lentamente, o médico pode também optar por manter apenas observação do tumor. Nesses casos, é necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar o grau de desenvolvimento do tumor.
Embora os teratomas sejam geralmente tumores benignos, alguns riscos potenciais devem ser considerados, especialmente em casos específicos. Fatores que influenciam os riscos:
O crescimento do teratoma pode aumentar o peso do ovário, levando à sua torção, o que pode causar dor intensa e interromper o fluxo sanguíneo.
Embora os riscos do teratoma existam, é importante lembrar que a maioria dos casos é benigna e pode ser tratada com sucesso. O acompanhamento médico regular é fundamental para garantir o controle do tumor e minimizar os riscos potenciais.
Um teratoma é considerado maligno quando exibe um crescimento agressivo e potencial para se espalhar para outras partes do corpo.
Os tipos malignos, como já citados, podem apresentar sinais e sintomas mais graves, incluindo dor localizada devido ao efeito compressivo da massa tumoral, inchaço e sensação de pressão em alguma parte do corpo afetada.
Quando um teratoma se torna maligno, ele pode crescer rapidamente e invadir tecidos adjacentes, além de se espalhar para outras regiões do organismo através da disseminação de células cancerosas.
Embora a transformação maligna de um teratoma seja rara, representando apenas cerca de 0,5% a 2% de todos os casos, é importante estar ciente de que existe essa possibilidade.
Para ter um diagnóstico definitivo de teratoma maligno depende de uma biópsia, onde é possível ver as células cancerígenas.
Exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem sugerir malignidade, mas a biópsia é necessária para a confirmação.
Leia mais: Biópsia: o que é e tipos (mama, próstata, colo do útero)
Embora sejam frequentemente benignos, os teratomas podem apresentar complicações sérias, incluindo o desenvolvimento de câncer em casos raros.
Devido à maior incidência de teratomas nos ovários, é importantíssimo que mulheres de todas as faixas etárias, especialmente aquelas em idade reprodutiva, realizem consultas anuais com um ginecologista.
O teratoma, apesar de suas particularidades, é um tumor comumente tratável, especialmente quando detectado precocemente.
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Kayo Vinicius Ferreira Forte
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