A Síndrome de Highlander é uma condição raríssima e que ganhou manchetes nos últimos anos com os registros midiáticos de pessoas adultas que, devido à condição, vivem em um corpo de criança. Provavelmente genético, os mecanismos que desencadeiam a síndrome ainda são um mistério para a ciência.
Na contramão de outras síndromes, que podem ganhar o nome de seus pesquisadores, esta não tem a ver com cientistas. O nome faz referência ao personagem-título de 1986, cuja principal característica é a imortalidade.
Com a evolução das mídias e a popularização das redes sociais, esses casos raros passaram a ser registrados de forma inédita e, hoje, podemos conhecer a história de pessoas como Hyomyung Shin, Brooke Greenberg, Vinícius Carlosso, Klismam Silva e outros.
Continue lendo o artigo para saber um pouco mais sobre essa condição, como ela se desenvolve e o que os cientistas sabem até o momento.
Índice — Neste artigo, você irá encontrar:
Entre os diversos registros da síndrome, nem todos são devidamente investigados e, em muitos casos, a veracidade das histórias é questionada. Por ser muito rara e (provavelmente) subnotificada, há pouca literatura médico-científica acerca da condição.
Os mecanismos genéticos que desencadeiam a síndrome são desconhecidos ou pouco claros, mas algumas pesquisas apontam que a investigação desse problema poderia revelar informações ainda desconhecidas sobre o processo de envelhecimento.
Nesse sentido, as pesquisas se encontram com as investigações acerca dos telômeros, estruturas localizadas nos cromossomos e que estão diretamente ligadas ao processo de envelhecimento do organismo.
A principal característica da síndrome é a interrupção nos processos de crescimento e envelhecimento, sintomas que surgem sem causa aparente e que só são notados com o passar do tempo.
Desde o nascimento, a pessoa tem um desenvolvimento considerado padrão e, após um tempo, nota-se que esse processo não está mais acontecendo, fazendo com que a pessoa envelheça apenas na idade, mas não fisicamente.
Sem mudar muito a aparência ao longo de anos, os indivíduos acometidos pela síndrome ficam com corpo de criança até o fim de suas vidas. Essa condição, no entanto, não deve ser confundida com a progeria, que afeta o crescimento, mas ainda permite o envelhecimento.
Como os registros são escassos, a maioria das informações são imprecisas e surgem de relatos que carecem de respaldo científico. Não há uma expectativa de vida definida, mas algumas fontes afirmam que pessoas com a síndrome de Highlander podem viver até os 50 ou 60 anos.
O diagnóstico de síndromes raras muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar. Pela falta de informações, cada novo caso é tratado como uma nova investigação, ao contrário de doenças comuns, que já possuem seus devidos protocolos de atendimento.
Em casos como a síndrome de Highlander, é necessária a colaboração de diferentes especialidades médicas e o uso de técnicas avançadas de diagnóstico, podendo levar meses ou anos para uma conclusão ser estabelecida.
É importante lembrar também que nem todo médico é um pesquisador e cientista, de modo que síndromes raras podem ser um grande desafio clínico, devido à falta de conhecimento e familiaridade com essas condições.
É possível, portanto, que o(a) paciente com suspeita de síndrome de Highlander passe por processos como:
Como são escassas as informações sobre a síndrome, há uma grande dificuldade nos processos de pesquisa. Os esforços de entender a condição ainda não tiveram sucesso e, até o momento, não há hipóteses de cura ou tratamento.
Por ser uma condição rara, a síndrome de Highlander ainda é um mistério científico. Enquanto médicos e pesquisadores tentam entender as causas, as mídias têm auxiliado nos registros da condição, além de ampliar a voz daqueles que convivem com ela.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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