Saúde

Olho de peixe no pé: o que é? Quais os sintomas e tratamentos?

Publicado em: 05/05/2021Última atualização: 05/05/2021
Publicado em: 05/05/2021Última atualização: 05/05/2021
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Cuidar dos pés deve ser uma rotina diária, visto que eles são os responsáveis por nos manter em pé ou caminhando durante todo dia. Existem várias doenças e condições que podem afetá-los, sendo que o olho de peixe no pé, ou verrugas plantares, é uma delas.

Por isso, é importante ficar atento (a) a qualquer sinal anormal que possa surgir nos pés, para que seja possível encontrar o tratamento mais adequado o quanto antes.

Neste artigo, vamos explicar melhor sobre as causas, sintomas e tratamentos para esse problema.

O que é?

O olho de peixe no pé é um tipo de verruga rígida e granulada que aparece no calcanhar ou na parte dianteira da sola dos pés. O problema de saúde também é chamado pelos especialistas de verrugas plantares.

Dessa forma, podem ser extremamente dolorosas, mas são consideradas lesões benignas, ou seja, não colocam a vida em risco. Um dos primeiros sintomas que surgem é a dor no local. Pode também aparecer uma sensibilidade ao colocar pressão no pé enquanto a pessoa caminha.

Além disso, logo que o olho de peixe se forma, surge uma mancha plana escura e circular na pele, que lembra um olho de peixe. Justamente por isso que recebeu esse nome popular. Além disso, podem surgir várias verrugas espalhadas pelos pés, o que piora o desconforto e dificulta o caminhar.

olho de peixe no pé
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O que causa o olho de peixe no pé?

As verrugas plantares são causadas pelo vírus HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), mais especificamente dos subtipos 1, 4 e 63. O vírus entra no corpo por meio de pequenos cortes, rupturas ou outros pontos na planta dos pés.

Contudo, algumas pessoas são mais suscetíveis ao surgimento do olho de peixe de pé. Entre elas, podemos destacar aquelas com baixa imunidade, portadores de doenças autoimunes ou que estão muito estressadas, por exemplo.

Como a maioria das pessoas desenvolve imunidade ao vírus com a idade, as verrugas plantares são mais comuns em crianças do que em adultos. 

Além disso, elas também são comuns em pessoas HIV e tomam medicamentos imunossupressores, como é o caso de quem realizou um transplante.

Dessa forma, o sistema imunológico de cada pessoa responde de maneira diferente ao HPV. Nem todo mundo que entra em contato com ele desenvolve o olho de peixe. Até pessoas da mesma família reagem ao vírus de formas distintas.

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Tratamentos caseiros para olho de peixe no pé

Apesar de o olho de peixe não ser perigoso, algumas pessoas podem precisar removê-lo ou buscar formas de tratamento para lidar com o desconforto.

No entanto, se olho de peixe não é tratado corretamente, existe o risco de a lesão aumentar e o vírus se proliferar. Com isso, há uma contaminação de outras áreas que podem desenvolver novas verrugas. O tratamento inadequado pode também causar cicatrizes e infecções na planta dos pés.

A seguir, veja alguns tratamentos caseiros para o olho de peixe.

Vinagre de maçã 

vinagre de maçã para olho de peixe no pé

As propriedades anti-infecciosas do vinagre de maçã podem ajudar a reduzir as verrugas plantares. O ideal é aplicar com um pedaço de algodão cerca de duas vezes ao dia.

Fita adesiva

Uma forma de se livrar gradualmente das verrugas plantares é usar uma fita adesiva. Para isso, cole um pequeno pedaço de fita adesiva na área afetada e troque pelo menos duas vezes por dia. Isso pode ajudar a “descascar” as camadas das verrugas.

Iodo

Aplicar iodo pode ajudar na remoção das verrugas plantares. A recomendação é aplicar duas vezes ao dia por algumas semanas com um pedaço de algodão.

Sprays

É possível usar sprays congelantes para diminuir as verrugas plantares. O spray cria uma lesão semelhante a uma bolha que adere à verruga. Assim que a bolha cicatrizar, a verruga também sumirá.

Aspirina

Facilmente encontrado em farmácias, a aspirina possui ácido acetilsalicílico na sua composição. Por isso, pode ser útil para tratar verrugas, já que ela cria um efeito semelhante ao peeling e remove a camada mais superficial da pele.

Óleo tea tree

Conhecido também como óleo de melaleuca, o item possui ação antiviral e ajuda no combate do vírus HPV, responsável pelo aparecimento do olho de peixe. A indicação é diluir em algum óleo vegetal como de coco e aplicar diretamente na verruga plantar pelo menos duas vezes ao dia.

Tratamentos médicos para olho de peixe no pé

A maioria dos olhos de peixe são inofensivos e desaparecem sem tratamento, mas isso pode demorar de um a dois anos. Se as verrugas doerem ou se espalharem, é importante buscar ajuda médica para uma avaliação.

Na consulta médica, geralmente com um (a) dermatologista, que avalia a lesão para confirmar o diagnóstico.

O (a) especialista poderá remover a lesão com um bisturi e verificar se há sinais de pontos escuros no local, ou seja, pequenos vasos sanguíneos coagulados. Em seguida, o tecido poderá ser enviado para análise (biópsia). Se for confirmado o diagnóstico de olho de peixe, são indicados alguns tratamentos. Veja detalhes.

Peeling com ácido salicílico

O ácido salicílico remove as camadas da verruga plantar e estimula a capacidade do sistema imunológico de combater as verrugas. Pode ser aplicado em casa com a orientação do (a) médico (a).

Crioterapia

crioterapia olho de peixe no pé

A técnica, que é realizada em um consultório médico, envolve a aplicação de nitrogênio líquido na verruga com um spray ou um cotonete. Pode ser doloroso, por isso é comum que a pessoa precise de anestesia local.

A substância usada faz com que uma bolha se forme em volta da verruga e o tecido morto se desprende. A crioterapia também pode estimular o sistema imunológico a combater as verrugas virais. Esse tratamento pode durar algumas semanas até que o olho de peixe no pé desapareça.

 Ácidos

O (a) médico (a) raspa a superfície da verruga e aplica o ácido tricloroacético na pele.  Os efeitos colaterais incluem queimação e ardência. 

Terapia imunológica

Essa técnica usa medicamentos ou soluções para estimular o sistema imunológico a combater o olho de peixe. O especialista aplica uma substância ou creme específico na verruga plantar.

Cirurgias

Apesar de menos comum, em alguns casos são indicadas cirurgias de pouca complexidade para eliminar o olho de peixe. Nesses casos, há necessidade de anestesia e pode deixar cicatrizes.

Tratamento a laser

O tratamento com laser cauteriza os vasos sanguíneos e o tecido infectado morre e a verruga cai. Essa técnica precisa ser repetida a cada três a quatro semanas. Também pode causar dor e cicatrizes.

Vale destacar que, por mais que pareça tentador, não se deve remover o olho de peixe em casa sozinho. Remover a verruga com as próprias mãos ou com alicates e agulhas pode provocar sangramento, dor e traumas locais, causando infecções que agravam o problema.

As verrugas plantares podem ser difíceis de eliminar e têm tendência a voltar. Por isso, é importante seguir o tratamento adequado.

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É contagioso?

Sim. Há a possibilidade de contaminação direta de uma pessoa para outra, mas não é tão comum. A principal forma de transmissão do vírus das verrugas plantares é andar descalço em ambientes quentes e úmidos, como piscinas, banheiros e vestiários.

Para prevenir o olho de peixe no pé, algumas atitudes podem ser eficazes. São elas:

  • Proteger sempre os pés em espaços comunitários compartilhados, como piscinas, chuveiros, vestiários ou dormitórios;
  • Tomar a vacina contra o HPV;
  • Se tiver o olho de peixe, trocar os sapatos e as meias todos os dias;
  • Evitar tocar em verrugas e também não cutucar o olho de peixe com os dedos;
  • Lavar bem os pés com sabonete depois de estar em uma área onde o vírus pode se espalhar;
  • Manter os pés limpos e secos;
  • Manter a verruga plantar sempre coberta e lavar as mãos com frequência para evitar transmitir para outras pessoas.

Cuidar dos pés é tão importante quanto cuidar das outras áreas do corpo. Por isso, atitudes básicas como manter a higiene são fundamentais para a saúde. 

Continue acompanhando o Minuto Saudável e fique por dentro dos principais temas sobre saúde.

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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