A galactosemia é uma doença em que o organismo não metaboliza a galactose em glicose, fazendo com que a atividade enzimática sofra deficiência. A galactose é encontrada no leite humano, no leite bovino e em outros alimentos derivados lácteos.
A galactose livre ainda pode ser encontrada em frutas, como banana, tomate e maçã. O monossacarídeo se forma a partir da hidrólise da lactose (açúcar do leite). A sua função principal é energética.
A doença é genética, e por isso, não há cura, na maioria das vezes. No Brasil, a estimativa é que a cada 20 mil pessoas, uma possui a galactose. É o segundo país que mais sofre com a doença, perdendo apenas para a África do Sul. E as pessoas podem identificar a doença a partir do nascimento.
A doença é hereditária, passando de pais para filhos, e essa é a sua causa principal.
Homens e mulheres podem sofrer da doença. Pessoas brancas possuem chance maior de ter a doença do que pessoas de outra raça.
Pela dificuldade de metabolizar o monossacarídeo, a galactose se acumula e acaba provocando problemas à saúde, que podem afetar o cérebro, rins e fígado.
A galactosemia se manifesta de diversas formas, elas são:
É a forma mais comum da doença e a que traz mais problemas à saúde. É conhecida também como galactose-1-P uridil transferase (GALT).
As pessoas que possuem esse problema precisam ser tratadas rapidamente, pois se isso não acontecer, problemas hepáticos, renais, oculares (catarata), neurológicos e até mesmo a insuficiência de ovários precoce (em mulheres) pode surgir.
Nesse tipo, há defeitos da enzima galactoquinase, fazendo com que a galactose acumule, causando problemas oculares ao paciente.
É a forma mais rara. É causada pelo defeito da enzima uridil difosfo galactose-4-epimerase.
É a atividade parcial da GALT e pode ocorrer em diversos variantes, mas a mais comum é a Duarte. Nesse caso, o paciente apresenta um alelo Duarte e um clássico, causando uma atividade enzimática que corresponde a 25% da normal.
Pacientes que possuem dois alelos Duarte aumentam para 50% da atividade enzimática normal.
Existem outros tipos que não possuem sintomas e são benignos, não trazendo problemas à saúde.
É muito comum que os sintomas surjam ainda quando o bebê for recém-nascido. Isso ocorre por conta do leite materno, ou pela alimentação que contenha leite bovino ou derivados dele.
Ao perceber os principais sintomas, é necessário fazer uma consulta ao médico, principalmente se já houver casos de galactosemia na família.
Os principais sintomas da doença são:
O único fator de risco existente na galactosemia são os fatores hereditários e genéticos. Se você possuir parentesco com pessoas que tem a doença, a chance de que você contraia são maiores.
Os médicos indicados para diagnosticar o problema são:
O médico consultado irá fazer perguntas de rotina e investigará os sintomas para determinar qual é a doença. Além disso, alguns exames podem ser solicitados para que haja precisão no diagnóstico:
Após a realização dos exames e da conversa com o doutor, ele poderá dar o diagnóstico correto. Logo após isso, o tratamento deve ter início para que os sintomas cessem.
Esses citado acima são procedimentos realizados com crianças e adultos, mas ainda há o diagnóstico que pode ser feito em recém-nascidos ou ainda em bebês que ainda não nasceram.
Durante o período pré-natal, pode ser realizado o exame de amniocentese. Ele consiste em retirar um líquido da barriga da mãe e, a partir desse líquido, o teste de galactosemia pode ser realizado.
Além disso, após o nascimento do bebê o teste do pezinho é realizado para detectar a galactosemia e outras diversas doenças que podem ocorrer no recém-nascido.
A principal forma de tratar a galactosemia é tirando alimentos que contenham galactose e lactose da dieta alimentar, como leite materno, bovino, em pó e derivados.
Restringir esses itens já melhora muito a vida do paciente mas, ainda assim, alguns efeitos colaterais podem surgir, como disfunções do ovário, distúrbios da fala e deficiência no aprendizado.
Se a galactosemia não for tratada corretamente, problemas graves de saúde podem surgir, como:
Pacientes que possuem a galactosemia devem ter uma alimentação restrita. Não ingerir leite e seus derivados, seja humano, bovino ou em pó. Nesses casos, é fundamental que o paciente e seus familiares fiquem sempre atentos aos rótulos dos alimentos, para evitar o consumo, visto que grande parte dos alimentos possui leite.
Para que os pacientes consigam ter uma alimentação boa, algumas alterações podem ser feitas, por exemplo: se alimentar de leite de soja ou então a base de carne. Suplementos de cálcio também serão recomendados ao paciente, pois o leite é uma das maiores fontes da substância.
Não há como prevenir a galactosemia, pois se trata de uma doença hereditária. O que pode ser feito é, sabendo de algum familiar que possui, realizar exames desde o nascimento para que o diagnóstico seja dado rapidamente para que o paciente não sofra com os sintomas.
É sempre importante estar atento aos sintomas, para que, ao primeiro sinal, você já possa contatar o seu médico e tratar logo o seu problema, seja qual for. Manter a saúde em dia é a melhor forma de viver mais!
Compartilhe com a sua família e seus amigos esse texto para que outras pessoas estejam cientes da doença e possam identificá-la desde o início para evitar possíveis problemas.
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Galactosemiahttp://www.minhavida.com.br/saude/temas/galactosemiahttp://galactosemia-biobio.blogspot.com.br/http://galactosemia-biobio.blogspot.com.br/2008/06/diagnstico.htmlhttp://www.infoescola.com/doencas/galactosemia/http://www.saudemedicina.com/galactosemia-sintomas-tratamento/http://www.hepcentro.com.br/galactosemia.htmhttp://www.portalctn.com.br/novo/testedopezinho36.phphttp://www.saudedicas.com.br/doencas/galactosemia-183084
Rafaela Sarturi Sitiniki
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