Nosso organismo possui inúmeros componentes essenciais para seu bom funcionamento, os quais desempenham as mais diversas funções. Entre eles, temos as células do sangue: plaquetas, glóbulos vermelhos e brancos.
Os glóbulos brancos são parte fundamental para o controle e manutenção de todo o organismo, já que atuam combatendo vírus, bactérias e outros elementos estranhos ao corpo.
Entretanto, algumas doenças, problemas genéticos ou tratamentos podem afetar a quantidade e o desempenho deles.
É o caso de pacientes que sofrem com patologias oncológicas e precisam fazer quimioterapia, pois ela tende a ser extremamente agressiva, destruindo as células saudáveis durante o combate às cancerígenas.
Por isso, o medicamento Neulastim é tão importante, visto que auxilia no controle dos glóbulos brancos e permite um desempenho correto do sistema imunológico. Confira, a seguir, algumas informações sobre este remédio:
Índice — Saiba o que tem neste artigo:
Neulastim é o nome comercial do medicamento que tem como princípio ativo a substância Pegfilgrastim. Sua principal função é reduzir o tempo de neutropenia (índice baixo de glóbulos brancos) e neutropenia febril (baixa taxa de glóbulos brancos com febre).
Atualmente, o remédio está regularizado pela ANVISA em uma versão injetável (injeção subcutânea 10mg/mL).
O uso seguro e comprovado do Neulastim é para tratamento de neutropenia em pacientes em processo de quimioterapia.
O medicamento Neulastim é recomendado, de acordo com a bula, para estimular a medula óssea (tecido interno do osso que produz células sanguíneas) a aumentar a produção de glóbulos brancos.
A redução deles pode ser causada por diferentes fatores. Entretanto, esse remédio é indicado para o tratamento de pacientes oncológicos (com câncer) — principalmente os que realizaram quimioterapia citotóxica.
Os glóbulos brancos são importantes pois são os principais responsáveis pelo controle de infecções no organismo. Mas são muito sensíveis às drogas quimioterápicas, o que faz com que sejam rapidamente destruídos — acarretando baixa imunidade.
Apesar de todas as pessoas que sofrem com a doença estarem suscetíveis à essa situação, não são todas que necessitam de medicamentos como o Neulastim. Sendo assim, é imprescindível seguir as orientações médicas quanto ao tratamento adequado para cada situação.
A aplicação do Neulastim é realizada através de uma injeção subcutânea (direto no tecido adiposo, situado abaixo da pele) de 6mg, em uma seringa preenchida.
De acordo com as indicações da bula, o medicamento deve ser administrado após no mínimo 24h da última quimioterapia realizada pelo paciente. A recomendação quanto à frequência é que seja utilizada uma dose ao final de cada ciclo de quimioterapia.
O preparo e a aplicação da medicação devem ser sempre realizados por profissionais capacitados(as), garantindo um uso seguro. Além disso, seguir as orientações médicas é imprescindível para um tratamento eficaz.
O Pegfilgrastim é o princípio ativo (fármaco) do medicamento Neulastim. Trata-se de uma proteína produzida através de biotecnologia na bactéria E. coli.
Essa substância faz parte do grupo das citocinas (um tipo de proteína) e se assemelha muito com uma proteína natural — ou seja, produzida pelo próprio corpo.
Esse fármaco atua reduzindo a duração da chamada “neutropenia”, caracterizada pela redução no número de glóbulos brancos no sangue. Também diminui o tempo da “neutropenia febril” — baixo número de glóbulos brancos + febre.
Considerando que o medicamento à base de Pegfilgrastim é utilizado em pacientes oncológicos, é mais fácil compreender a sua importância.
Os glóbulos brancos atuam combatendo infecções e, sendo assim, um baixo número deles pode deixar o(a) paciente vulnerável. Isso é muito arriscado em caso de pessoas portadoras de câncer, pois uma pequena infecção pode ser extremamente grave e até letal.
Sendo assim, a administração do Pegfilgrastim regula os glóbulos e, com isso, normaliza a ação das células de defesa.
O medicamento Neulastim, assim como qualquer outro, pode causar efeitos colaterais em pacientes que realizam seu uso.
É importante ter em mente que reações adversas são relativas, considerando que algumas pessoas não sofrem com nenhuma delas, mas outras podem apresentar até mais do que uma.
A bula indica como efeitos muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes):
Além desses, também há os efeitos comuns (acometem de 1% a 10% dos pacientes):
Vale destacar uma informação importante contida na bula: caso o(a) paciente apresente um ou mais dos sintomas a seguir, deve procurar um(a) médico(a) imediatamente:
Nesse caso, pode estar ocorrendo com uma condição rara chamada “Síndrome do Extravasamento Capilar”. Esse distúrbio faz com que o sangue vaze dos pequenos vasos sanguíneos para o interior do corpo — sendo necessários cuidados urgentes.
Além disso, para obter informações sobre complicações raras do Neulastim, o ideal é consultar a bula do medicamento ou buscar um(a) especialista.
O preço* do Neulastim (10mg/mL) pode variar conforme a região e disponibilidade do medicamento.
Em geral, a caixa com 1 seringa preenchida com 0,6mL de solução (uso subcutâneo) em embalagem hospitalar, pode custar de R$4.300 até quase R$6.000.
*Preços consultados em fevereiro de 2020. Os valores podem sofrer alterações.
Sim. O medicamento Neulastim possui o Registro nº 102440005 na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Sendo assim, é aprovado para uso e comercialização como um fármaco com segurança e eficácia comprovada a partir de testes.
No registro, esse remédio está vinculado à categoria regulatória de “Biológicos” e à classe terapêutica de “fatores estimulantes de colônias”.
Não. A substância Pegfilgrastim (princípio ativo do Neulastim) não está presente na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) de 2020. Também não está relacionada a nenhum medicamento de dispensa excepcional.
Dessa forma, atualmente não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Não. O Neulastim é um medicamento biológico do laboratório Amgen e ainda não tem uma outra versão. Por tratar-se de um remédio biológico, caso seja criada uma versão alternativa, também será biológica.
Assim como os medicamentos de referência, os biológicos têm um tempo de patente. Esse tempo é fornecido devido ao esforço, dinheiro e estudo necessários para a criação de um medicamento novo.
Por isso, o laboratório desenvolvedor ganha o direito de comercialização exclusiva por um período. Então, passado o tempo de patente, a fórmula pode ser disponibilizada.
A única diferença é que é mais fácil romper com o período estipulado, pois os remédios biológicos são criados para combater problemas muito específicos. Sendo assim, é bom que sejam produzidas diferentes versões, a fim de ter tratamentos diferentes para a doença.
O medicamento Lonquex, cujo princípio ativo é o Lipegfilgrastim, tem as indicações da bula muito similares às do Neulastim. Ou seja, também é recomendado para o tratamento de neutropenia (redução do número de glóbulos brancos) em pacientes oncológicos.
Entretanto, os medicamentos diferem quanto à substância ativa, de forma que não podem ser considerados iguais.
Sendo assim, a escolha da substância ativa depende exclusivamente da recomendação médica, com base no diagnóstico e quadro de cada paciente.
Quando um medicamento não é fornecido pelo Governo Federal, pacientes com laudo médico podem fazer um requerimento judicial a fim de receber o tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou Plano de Saúde – se for o caso.
Para isso, é necessário abrir um processo e seguir as requisições estipuladas. Entre elas está a entrega de documentos que incluem:
Considerando a infinidade de locais para comprar o medicamento, é possível contar com o auxílio da assessoria em cotações judiciais para aquisição de medicamentos, que fornece um orçamento personalizado de forma facilitada.
Ao acessar o link, basta realizar o seu cadastro, informando alguns dados pessoais e o medicamento em questão. Ao final, clique em “solicitar cotações” e aguarde o retorno.
Medicamentos como o Neulastim são muito importantes para pessoas portadoras de doenças oncológicas, considerando que uma simples infecção pode trazer complicações muito sérias.
Dessa forma, é bom poder contar com um remédio que permite um funcionamento correto dos sistemas de defesa e, consequentemente, colabora para uma imunidade mais alta. O que é essencial no tratamento contra o câncer.
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Dra. Francielle Mathias
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