Saúde

Inteligência emocional: veja dicas para desenvolvê-la

Publicado em: 07/01/2021Última atualização: 07/01/2021
Publicado em: 07/01/2021Última atualização: 07/01/2021
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Nos últimos tempos, o tema inteligência emocional tem sido cada vez mais popular. Muitas pessoas têm investido em cursos, aperfeiçoamento e terapia para alcançá-la. Isso, porque ela pode, de fato, trazer mudanças positivas na vida pessoal e profissional.

Por isso, vale conhecer um pouco mais sobre o que ela de fato é e como desenvolvê-la!

O que é inteligência emocional?

A inteligência emocional é a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e de outras pessoas, bem como a habilidade de lidar com os sentimentos e emoções de forma saudável.

Alguém com uma boa inteligência emocional sabe usar as emoções a seu favor, sem deixar que elas controlem sua vida.

A primeira pessoa a perceber a importância das emoções para a sobrevivência foi Charles Darwin, o “pai da evolução”, biólogo que descreveu o processo de seleção natural que mudou completamente a maneira que encaramos a evolução das espécies.

O conceito, no entanto, surgiu apenas em 1966 a partir de um artigo publicado por Hanskare Leuner e, desde então, diversos psicólogos dedicaram estudos ao conceito, como Peter Salovey e John D. Mayer. Contudo, o termo só se tornou popular por conta do livro best-seller de Daniel Goleman, chamado “Inteligência Emocional”.

Segundo Goleman, os pilares da inteligência emocional são:

  • Autoconhecimento emocional: reconhecer as próprias emoções;
  • Autorregulação emocional: lidar com as emoções de forma adequada para a situação;
  • Automotivação: utilizar as emoções a serviço de objetivos e realizações pessoais;
  • Reconhecimento das emoções de outras pessoas: reconhecer o que os outros estão sentindo e ter empatia;
  • Habilidade em relacionamentos interpessoais: interagir com as pessoas utilizando competências sociais.

Em suma, a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e utilizar as emoções a seu favor, sem deixar que elas interfiram negativamente nas relações interpessoais.

Por se tratar de um conjunto de habilidades, a inteligência emocional pode ser desenvolvida, mesmo em indivíduos que não possuem um quoeficiente emocional (uma espécie de QI emocional) muito alto.

É importante lembrar que os traços de personalidade influenciam muito nesse sentido. Um dos principais traços que prejudica a inteligência emocional é o neuroticismo, caracterizado por uma propensão maior ao mau-humor, à ansiedade, preocupação, frustração, entre outros sintomas vistos como negativos.

Questões como temperamento também afetam o humor e, consequentemente, a inteligência emocional. Felizmente, nem os traços de personalidade, nem o temperamento são realmente determinantes ─ o cérebro humano é plástico e, portanto, é capaz de aprender uma série de habilidades ao longo da vida.

Ou seja, mesmo com todos esses fatores influenciando a maneira que uma pessoa processa e lida com as suas emoções, eles não são determinantes e a pessoa é capaz de desenvolver uma inteligência emocional mais alta.

Ela também está ligada a um maior bem-estar, melhores relações interpessoais e melhores habilidades de resolução de conflitos.

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Dicas de como desenvolver a inteligência emocional

Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, a inteligência emocional pode sim ser aprendida e aperfeiçoada. Por meio de atividades, práticas e compreensão de si, é possível trabalhar esse ponto. Algumas dicas de como desenvolver a inteligência emocional são:

Investir em autoconhecimento

Conhecer a si mesmo é o melhor caminho para entender como funcionam suas emoções.

Não é possível falar em autoconhecimento sem falar sobre vulnerabilidade. Para conhecer a si mesmo, é preciso estar vulnerável, permitir-se sentir todas as coisas boas e ruins, permitir-se assumir todas as suas qualidades e defeitos.

Pode ser um processo não muito tranquilo, mas certamente muito gratificante, pois, se você se conhece bem, você sabe quais são as situações que mexem com as suas emoções, e saber estabelecer limites nesses casos.

Da mesma forma, sabe como suas emoções funcionam e, com isso, pode aprender a como lidar com elas de maneira adequada.

Anotar seu estado emocional

Uma boa maneira de compreender as próprias emoções, como elas se manifestam e em que momentos elas surgem, é anotar.

Não precisa fazer uma anotação muito complexa. Basta, ao perceber uma emoção específica, anotar a emoção e o que estava acontecendo no momento em que ela surgiu: seus pensamentos, o que estava fazendo, em que ambiente estava etc.

Isso ajuda a identificar como as emoções surgem e, caso necessário, é possível evitar situações que fazem surgir emoções muito negativas. Claro, nem sempre é possível evitar ─ não podemos fugir dos nossos problemas ─, mas por meio desse conhecimento é possível diminuir a exposição a emoções negativas sem que haja necessidade.

Aprender novas maneiras de se expressar

Muitas vezes, emoções negativas podem surgir, e elas precisam ser expressadas. O “controle” emocional não se trata de não permitir a existência desse tipo de emoção, mas sim saber lidar com ela para que ela não prejudique sua vida.

Algumas maneiras saudáveis de expressar as emoções são através da arte, fazendo exercícios físicos, escrevendo, ouvindo música, dançando, entre outros.

Expressar as emoções, especialmente as negativas, é de extrema importância para a regulação emocional, pois reprimi-las na realidade só resulta no contrário: quanto mais uma emoção é reprimida, mas intensa ela se torna.

Trabalhe a empatia

A empatia é a capacidade de reconhecer as emoções em outras pessoas. Ao contrário do que pode parecer pela lógica, ter uma boa capacidade de compreender as próprias emoções não necessariamente aumenta a empatia.

É preciso aprender a ouvir o outro, deixá-lo se expressar, sem julgar ou invalidar aquilo que ele sente. Ou seja, é uma habilidade que não ocorre naturalmente e deve ser trabalhada.

Uma dica é, na próxima vez que uma pessoa querida vier desabafar, tente apenas ouvi-la ao invés de pensar e oferecer soluções. Enquanto estiver ouvindo o que a pessoa fala, evite ficar pensando no que vai responder, ou pensar que você entende exatamente o que ela está passando só porque já passou por algo parecido.

Lembre-se, as emoções se manifestam de maneiras diversas em pessoas diferentes, então a tua experiência emocional e a do outro sempre serão diferentes.

Fazer terapia

Às vezes, é possível ter bastante autoconhecimento, mas mesmo assim não ter as habilidades necessárias para se expressar adequadamente.

Por isso, vez ou outra, faz-se necessário uma psicoterapia. Se você sente que não consegue regular suas emoções, mesmo tentando novas maneiras de se expressar, talvez seja uma boa ideia entrar em contato com um profissional da saúde mental.

Isso não significa que você tem um transtorno mental, apenas que a regulação emocional é uma habilidade que precisa ser trabalhada.

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Por que é importante ter inteligência emocional no trabalho?

A inteligência emocional é extremamente importante para as relações interpessoais, e isso impacta no trabalho também.

Saber receber críticas construtivas, não se deixar levar por elogios, conseguir ter habilidades para solucionar conflitos quando estes surgem são apenas alguns exemplos de momentos em que a inteligência emocional é necessária no ambiente profissional.

A demonstração de emoções positivas no ambiente de trabalho também está relacionada a uma maior cooperação em equipes, bem como um aumento da performance do grupo. Há também uma preocupação maior com o que é justo, evitando que algum colega de equipe se sinta desamparado diante de situações adversas.

As habilidades interpessoais mais importantes no ambiente de trabalho são a comunicação, a cooperação e a capacidade de formar vínculos.

Uma boa inteligência emocional influencia positivamente em todas essas habilidades, pois permite que as emoções sejam usadas de maneira adequada aos contextos, evitando os prejuízos das emoções ruins e maximizando os benefícios das emoções positivas.


Trabalhar aspectos da inteligência emocional e desenvolvê-la pode ter impactos bastante positivos no dia a dia, seja no trabalho ou na vida pessoal. Por isso, cada vez mais a atenção está sendo voltada para ela.

Existem formas eficazes de desenvolver essa habilidade, e o Minuto Saudável te ajuda com informações para uma vida mais equilibrada!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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