É essencial conversar sobre a importância do acompanhamento regular da criança. A pediatria é a área da medicina dedicada a cuidar e promover a saúde infantil.
A puericultura é a ciência que estuda o desenvolvimento infantil como um todo, levando em conta aspectos emocionais, mentais, nutricionais, ambientais e físicos, como crescimento em peso e estatura.
É o acompanhamento geral da criança e a base para a prevenção. São nas consultas de rotina de puericultura que pode-se promover o desenvolvimento máximo de todo o potencial daquela criança.
Atualmente, há uma clareza muito maior sobre a importância de se promover saúde desde quando este indivíduo está dentro do útero de sua mãe ou até mesmo antes de ser concebido. O quanto esse primeiro lar impacta em toda a vida desse ser humano.
Afinal de contas, o que acontece na infância não fica somente na infância, com certeza...
Então, para entender mais sobre o assunto, ver qual o intervalo de tempo ideal entre consultas e mais, continue acompanhando este artigo!
Índice — Neste artigo, você encontrará:
O médico pediatra tem um papel essencial na promoção de saúde para esse indivíduo que está ainda no início de sua vida.
Mas esse profissional não pode, de maneira alguma, virar seus olhos somente para a criança. É preciso um olhar atento para toda a família, em especial à mãe.
Isso porque grande parte do que a criança viverá, seus hábitos alimentares, sua saúde emocional, seu desenvolvimento, entre outros fatores, são reflexos de tudo que acontece com a família no dia a dia.
Um bom pediatra precisa pedir licença para adentrar esse lar, saber de suas dores, conhecer seus costumes, seus desejos e suas crenças.
Só assim, com um olhar apurado para todo o contexto familiar, é que ele vai conseguir promover saúde para o seu paciente.
Crescer e se desenvolver bem exige um esforço imenso do nosso organismo. Para que os pequenos atinjam todo seu potencial genético, para várias áreas de sua vida, é preciso que se acompanhe de perto algumas características, como:
Uma boa consulta pediátrica engloba a investigação e promoção de todos estes aspectos. Não deve ser somente “pesar e medir”.
Atualmente fala-se muito sobre a importância dos primeiros 1000 dias de vida do ser humano e o quanto um olhar atento a todas estas demandas, nessa fase tão inicial, é importante para que o indivíduo cresça saudável, desenvolva todo seu potencial e diminua o risco de doenças crônicas na fase adulta.
Como falar sobre puericultura, sobre promoção de saúde na infância sem falar em epigenética e sobre os primeiros 1000 dias desta criança?
Esse período se refere aos 270 dias de gestação e aos 730 dias dos primeiros 2 anos da criança.
É uma época importante, talvez a mais importante de toda a vida de uma pessoa, no sentido do impacto no desenvolvimento físico, emocional e social dessa pessoa.
Indo mais longe, nos dias atuais fala-se sobre a importância dos primeiros 1100 dias para o bebê, incluindo nessa conta os 3 meses que antecedem a gestação. A mulher deve se preparar para a gravidez, procurar o(a) obstetra, fazer exames, se alimentar bem, se exercitar e cuidar da mente. Parece tanta coisa, né?
E é... mas são de extrema importância pro futuro desse bebê que está para vir.
Tudo isso se refere à epigenética e sobre como o ambiente pode influenciar nossa programação metabólica e como nossos hábitos de vida têm o poder de “ligar” ou “desligar” muitos genes no organismo.
As pessoas não são apenas os seus genes. Não são somente o que os genes trazem. As escolhas de vida podem determinar muito mais coisas.
E uma mulher pode passar todas essas informações para seu bebê que ainda nem foi gerado.
O desenvolvimento neurológico é muito intenso na vida intrauterina e pode sofrer influência de fumo, drogas e medicamentos ingeridos pela mãe.
Quando a gestante fuma, acontece um estreitamento do cordão umbilical e esse bebê acaba recebendo menos nutrientes, por isso, geralmente, essas crianças nascem pequenas e desnutridas. Todos os órgãos desse bebê podem sofrer pela falta de nutrientes.
A gestação tem grande impacto, também, no desenvolvimento emocional do feto. Sabemos que ele sente toda a emoção vinda dessa mãe. Emoções boas e ruins.
Ele ouve desde muito cedo, já nas primeiras semanas de vida, por isso a importância de falar e cantar para o bebê. Acariciar e conversar.
Então, cuidar da alimentação na gestação, fazer um bom pré-natal, se conectar ao seu bebezinho, ainda em seu útero, vai muito além de pensar em ter um bebê saudável. É preparar um ser humano saudável para o futuro. Tudo começa ali, no ventre da mãe. Isto é incrível!
Depois o bebê nasce e tem seus primeiros 2 anos de vida pela frente. Hoje sabemos que tanta coisa lá na frente pode vir daí, desse período.
Doenças crônicas como obesidade, hipertensão arterial, diabetes, entre outras condições de saúde. Investir nesses 2 anos é investir na vida desse indivíduo.
De extrema importância, também, além de pensar numa alimentação saudável, é promover um ambiente emocional saudável para a criança.
Um ambiente onde ela se sinta segura, amada e respeitada. Onde sinta-se acolhida, para poder desenvolver todo seu potencial.
Onde possa ser livre para brincar. Crianças precisam experimentar o pé no chão, a terra e a sujeira. Estes primeiros 1000 dias (ou 1100) são considerados o “intervalo de ouro”. Invista nele!
Por toda a complexidade desses primeiros 2 anos de vida do ser humano faz sentido que esta criança precise ser monitorada de perto, não é verdade?
Por isso que as consultas de rotina de puericultura precisam ser mais frequentes nesta época.
Leia mais: Cuidados com as crianças no verão: alimentação, pele e mais!
Quando se fala de infância, prevenção e promoção de saúde, pode haver o questionamento acerca de qual é a frequência ideal de visitas ao pediatra?
A primeira consulta da criança deve acontecer ainda durante a gestação. É a consulta pré-natal com o pediatra.
Momento de conexão com o profissional que irá seguir com a família, de abordar temas tão importantes como amamentação e primeiros cuidados com o bebê e de promover saúde para a gestante para que seu filho nasça saudável.
Também é o momento de orientar a família para os principais desafios nos primeiros dias com o bebê em casa, além de falar sobre blues puerperal e rede de apoio.
Após o nascimento do bebê, a frequência ideal de consultas, segundo orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria é:
O pediatra tem autonomia para pedir avaliações com mais frequência, dependendo de sua experiência e da necessidade familiar.
Esta é uma pergunta muito frequente. Quando se fala em pediatra imagina-se um médico simpático, brincalhão, um consultório colorido e cheio de brinquedos.
Mas a pediatria cuida do ser humano durante toda sua fase de maior transformação, incluindo a adolescência.
É comum que as famílias deixem de levar seus filhos ao pediatra quando eles atingem 12 ou 13 anos.
A adolescência é uma fase de grandes transformações, não somente corporais e sexuais, mas também mentais e emocionais, sendo preciso vigilância constante para cada um destes aspectos do desenvolvimento do adolescente.
O pediatra é o profissional mais capacitado para avaliar a adolescência. Existe uma subespecialidade, dentro da pediatria, que cuida do adolescente que é a hebiatria.
Mas, caso não haja acesso a um hebiatra, o adolescente pode ser acompanhado pelo pediatra, até por volta dos seus 18 anos.
Os profissionais de saúde que trabalham diretamente com crianças têm uma grande responsabilidade em mãos.
Quando se fala que as crianças são o futuro é porque elas são mesmo! Afinal, as crianças de hoje serão os governantes, os professores e os pesquisadores de amanhã. Vale a pena investir nelas, não?
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Dra. Maria Carolina de Paula e Silva
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